Política

ELEIÇÕES 2018

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Contra Bolsonaro, ativistas cobram apoio de FHC, Ciro e Barbosa a Haddad

Contra Bolsonaro, ativistas cobram apoio de FHC, Ciro e Barbosa a Haddad

FOLHAPRESS

23/10/2018 - 20h45
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Dez ativistas de direitos humanos e ambientais produziram um apelo público direcionado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ao ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa (PSB) e aos candidatos derrotados à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) para que somem forças e se engajem em prol da candidatura de Fernando Haddad (PT). 

O texto destaca os políticos como "grandes lideranças, com trajetórias comprometidas com a construção democrática de nosso país" e cobra um posicionamento explícito a favor do candidato para mudar o rumo das eleições, citando os riscos de uma vitória de Jair Bolsonaro (PSL).

"A vitória do candidato do PSL aprofundará ainda mais a destruição ambiental, o desmatamento de nossas florestas, a destruição dos ecossistemas e dos bens comuns. A vitória de Bolsonaro estimulará ainda mais o ódio, o racismo, o preconceito, as perseguições, a violência: do cotidiano às instituições públicas. Neste exato momento, os ataques contra pessoas que discordam do candidato se multiplicam em vários lugares do país."

Integrante da Ação Educativa e defensora do direito à educação de meninas e mulheres da Rede Internacional Gulmakai a convite de Malala Yousafzai, Denise Carreira conta que o manifesto começou a ser elaborado na quinta (18) diante da necessidade de fazer um apelo direto e com foco em pouco tempo. Segundo pesquisa Datafolha, Bolsonaro tem 59% das intenções de voto contra 41% de Haddad.

Carreira considera a declaração de voto de Marina Silva em Haddad nesta segunda (22) importante, mas diz que o gesto não é suficiente. Ela afirma que entende que as diferenças partidárias entre os líderes pode ser uma barreira, mas que o momento é "dramático e requer gestos ousados". 

Haddad telefonou nesta segunda para o ex-presidente e disse, em entrevista ao Roda Viva, que o tucano só não declarava apoio público a ele por questões partidárias.

"Estamos vivendo a multiplicação de ataques e precisamos que essas lideranças deem esses passos a mais", diz.

Também assinam o apelo público os ativistas de direitos humanos Margarida Genevois, Djamila Ribeiro, Ivo Herzog, Eloisa Machado, Maria Victória Benevides, Silvia Pimentel e Flávia Schilling, e os ambientalistas Marcos Sorrentino e Nilo d´Ávila.

Além do pedido de apoio, os ativistas também se comprometem a exigir que Haddad e o PT priorizem em sua agenda de governo uma profunda reforma política.

"Um apelo público pela democracia a FHC, Ciro Gomes, Marina Silva e Joaquim Barbosa
Margarida Genevois, Djamila Ribeiro, Ivo Herzog, Denise Carreira, Eloisa Machado, Maria Victória Benevides, Silvia Pimentel, Flávia Schilling, Marcos Sorrentino e Nilo d´Ávila

Estamos aqui para apelar a vocês pelo futuro do nosso país, pelo nosso povo, pelas nossas crianças, adolescentes e jovens. Como ativistas de direitos humanos e ambientalistas reconhecidos no Brasil e internacionalmente, que contribuíram para o fortalecimento da sociedade civil nas últimas décadas e que votaram no primeiro turno em diferentes partidos, estamos aqui para pedir que, neste momento extremamente dramático da democracia brasileira, vocês coloquem as diferenças partidárias de lado. Pedimos que somem forças, de forma engajada, em prol da candidatura de Fernando Haddad. Temos pouco tempo!

Vocês são grandes lideranças do nosso povo, com trajetórias comprometidas com a construção democrática de nosso país. Este é o momento de se posicionar mais explicitamente e agir. O engajamento de vocês pode mudar o rumo deste momento histórico.

Vocês sabem: a vitória de Jair Bolsonaro levará o país a um gigantesco retrocesso e quem mais sofrerá será a população mais pobre, negra, do campo e das periferias, as pessoas LGBT, as mulheres -em especial, as mulheres negras e indígenas- e o meio ambiente.

A vitória do candidato do PSL aprofundará ainda mais a destruição ambiental, o desmatamento de nossas florestas, a destruição dos ecossistemas e dos bens comuns. A vitória de Bolsonaro estimulará ainda mais o ódio, o racismo, o preconceito, as perseguições, a violência: do cotidiano às instituições públicas. Neste exato momento, os ataques contra pessoas que discordam do candidato se multiplicam em vários lugares do país.

Sabemos que o que está em jogo não é a disputa entre dois candidatos comprometidos com a ordem democrática e com a Constituição Federal de 1988. Por isso, precisamos ativamente do poder de convocatória de vocês para barrar essa ameaça, para alertar o nosso povo -mulheres e homens- das manipulações que estão sendo promovidas por meio das chamadas fake news (para as quais, nossa democracia tem se mostrado tão despreparada) e selar um voto de confiança em Fernando Haddad.
Ao mesmo tempo estaremos juntos exigindo de Haddad e do Partido dos Trabalhadores o compromisso público de promover ativamente essa aliança política do campo democrático e de priorizar em sua agenda de governo uma profunda reforma política, considerando propostas já amplamente discutidas na sociedade brasileira, como a da Plataforma pela Reforma do Sistema Político.

Precisamos de vocês juntos neste momento político! Precisamos de gestos grandiosos e ousados, em prol de algo muito maior e que vai fazer toda a diferença na vida de milhões e milhões de crianças, adolescentes, jovens a adultos e no futuro do país. É isso o que importa!

Margarida Genevois, integrante histórica da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo;Djamila Ribeiro, filósofa, feminista negra e acadêmica brasileira. É pesquisadora e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo.

Ivo Herzog, presidente do Conselho do Instituto Wladimir Herzog;
Denise Carreira, feminista, integrante da coordenação da Ação Educativa e da Plataforma DHESCA e defensora do direito à educação de meninas e mulheres da Rede Internacional Gulmakai a convite da Prêmio Nobel Malala Yousafzai;
Eloisa Machado, professora, advogada do Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (CADHU), ganhadora do Prêmio Outstanding International Woman Lawyer 2018, da International Bar Association IBA;  
Maria Victória Benevides, professora da Faculdade de Educação da USP e diretora da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Direitos Humanos;
Silvia Pimentel, advogada, professora da Pontifícia Universidade Católica (SP), cofundadora do Comitê Latino-americano e do Caribe em Defesa dos Direitos da Mulher e ex-presidente do Comitê da ONU sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW);
Flávia Schilling, escritora, socióloga e professora livre-docente da Universidade de São Paulo. Foi integrante do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos e da Cátedra Unesco de Educação para a Paz, Democracia, Direitos Humanos e Tolerância;
Marcos Sorrentino, ambientalista, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, fundador da Rede Brasileira e da Rede Lusófona de Educação Ambiental.
Nilo d'Avila, ambientalista, engenheiro florestal. Foi integrante do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais."

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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