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ELEIÇÕES 2018

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Com 41% dos votos no Rio, Witzel só ganhou página na Wikipedia após eleições

Com 41% dos votos no Rio, Witzel só ganhou página na Wikipedia após eleições

FOLHAPRESS

16/10/2018 - 22h30
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Com 41% dos votos no primeiro turno, o candidato ao governo do Rio Wilson Witzel (PSC) só ganhou uma página na Wikipedia (enciclopédia online colaborativa) cinco dias após as eleições, na última sexta (12).

Antes desconhecido do grande público, o ex-juiz federal surpreendeu ao ultrapassar todos os concorrentes na primeira votação, no dia 7. Na última pesquisa Datafolha antes do pleito, ele estava atrás de Eduardo Paes (DEM) -contra quem disputará o segundo turno- e empatado com Romário (Podemos), com 17% das intenções de voto.

Segundo confirmou um editor da Wikipedia, a página de Witzel vem recebendo uma média 2.000 acessos por dia, ante 1.400 de Paes nas últimas duas semanas. Ex-prefeito do Rio por dois mandatos e na vida política desde a década de 1990, Paes tem uma biografia publicada no site desde 2006.

Como comparação, o verbete do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem tido quase 100 mil visualizações únicas por dia no mesmo período, mais que o dobro das 47 mil de seu oponente Fernando Haddad (PT).

A página de Witzel havia sido inicialmente criada em 8 de outubro, um dia após o primeiro turno, mas foi eliminada por violar alguma regra do site (como direitos autorais). Foi então recriada no dia 12. A breve seção "carreira política" resume em seis parágrafos sua candidatura, seu crescimento nas pesquisas e o número de votos que recebeu. Não traz, porém, muitos detalhes sobre sua carreira anterior.

Witzel começou a crescer quando se colocou como candidato do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ao governo do Rio. Apesar de não ter conseguido apoio oficial do pai, se vinculou à campanha do filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), um dos fatores atribuídos por aliados à disparada final.

Hoje com 50 anos, o candidato nasceu em Jundiaí e se mudou para o Rio aos 19 anos, onde foi fuzileiro naval e defensor público. É mestre em processo civil, doutorando em ciência política e professor de direito penal econômico há mais de 20 anos, tendo atuado na FGV e UERJ.

Foi juiz federal por 17 anos, até fevereiro, quando teve que abandonar definitivamente a magistratura para se filiar ao PSC. Atuou principalmente em varas criminais, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, mas teve que mudar de área após receber ameaças de morte.

Ativo na política da magistratura, ele foi um dos organizadores de um evento em 2010 que ficou conhecido como a "farra dos juízes federais", em um resort de luxo em Comandatuba, sul da Bahia.

O encontro, que teve palestras, assembleia geral, oficinas de golfe, arco e flecha, jantares e shows, foi patrocinado por estatais como Caixa, Banco do Brasil e Eletrobras, além de empresas privadas como Souza Cruz.

LULA-MACRON

'Somos as potências que não querem ser os lacaios de outros', diz Macron ao lado de Lula no Rio

A visita do complexo naval faz parte de uma agenda de visitas de Macron de três dias ao país. Ele passará, no total, por quatro cidades, encerrando nesta quinta-feira (28), em Brasília

27/03/2024 18h00

A visita do complexo naval faz parte de uma agenda de visitas de Macron de três dias ao país Crédito: Ricardo Stuckert / Agência Brasil

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Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, defenderam nesta quarta-feira (27), em Itaguaí (RJ), a ampliação da cooperação militar entre os dois países para que, juntos, atuem na manutenção da paz mundial.

Macron fez um duro discurso crítico aos conflitos mais recentes no planeta, porém sem mencionar nenhum específico. Afirmou que Brasil e França devem fortalecer seu poderio militar para não serem "lacaios de outros" países.

"Nós rejeitamos o mundo que seja prisioneiro da conflituosidade entre duas grandes potências. Queremos defender nossa soberania, e juntos com isso o direito internacional em todo mundo. Acreditamos na paz porque ela constrói equilíbrios. Isso exige que sejamos fortes", disse Macron.

A fala ocorreu no Complexo Naval de Itaguaí (RJ) durante a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero, terceiro dos quatro submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica previstos no Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos).

O Prosub faz parte de um acordo de parceria estratégica assinado entre França e Brasil em 2008. Estimado em R$ 40 bilhões em valores atuais, prevê também a construção de um submarino convencional movido a propulsão nuclear, batizado de "Álvaro Alberto".

"As grande potencias pacíficas, como a França e o Brasil, devem reconhecer que, neste mundo cada vez mais organizado, temos que ser capazes de fazer uso de falar da firmeza e da força. Somos as potências que não querem ser os lacaios de outros. Temos que saber defender com credibilidade a ordem internacional", afirmou o presidente francês.

Lula defendeu a ampliação da cooperação internacional militar entre os dois países para ajudar o Brasil a "conquistar maior autonomia estratégica diante os múltiplos desafios que a humanidade se depara nesse século 21".

"O presidente Macron e eu concordamos em ampliar esse esforço com a comissão do Comitê Bilateral em armamentos, para promover maior equilíbrio no nosso comércio de produtos de defesa", disse Lula.

"É uma parceria que vai permitir que dois países importantes, cada um em um continente, se preparem para que a gente possa conseguir conviver com essa diversidade sem nos preocupar sem qualquer tipo de guerra porque somos defensores da paz."

O presidente também disse que é necessário "se preocupar com a tranquilidade de 203 milhões de brasileiros que moram nesse país". "Hoje nós sabemos que existe um problema muito sério de animosidade contra o processo democrático neste país e no planeta Terra."

A visita do complexo naval faz parte de uma agenda de visitas de Macron de três dias ao país. Ele passará, no total, por quatro cidades, encerrando nesta quinta-feira (28), em Brasília.

Na segunda-feira (26), Lula e Macron anunciaram em Belém um plano de investimentos em bioeconomia para a amazônia. O presidente francês deixa o Rio nesta tarde para participar de compromissos em São Paulo.

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Política

Novo projeto para instalação de estacionamento rotativo é enviado à Câmara Municipal

De acordo com a prefeita, o texto foi assinado hoje pela manhã e deverá tramitar pela Casa de Leis nesta quinta-feira (27)

27/03/2024 17h42

Parquímetros foram desligados em março de 2022 Gerson Oliveira

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Após dois anos sem o estacionamento rotativo na região central de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que enviou um novo projeto à Casa de Leis na manhã de hoje (27) para ser aprovado entre os vereadores. Em outubro do ano passado, o projeto de instalação de parquímetros saiu de pauta na Câmara Municipal após pedidos dos parlamentares para novas adaptações. 

"Possivelmente seria enviado hoje. O projeto já foi assinado pela manhã. As mudanças [no projeto] construímos com ajuda dos comerciantes e atendendo as necessidades. Enviamos o projeto à Câmara Municipal para que aconteça a aprovação num curto espaço de tempo", destacou.

O texto retorna à Casa de Leis cinco meses após os vereadores solicitarem alterações no projeto. De acordo com a prefeita, as adaptações necessárias foram realizadas e agora a aprovação do projeto está sob responsabilidade da Câmara Municipal.

Projeto é retirado de pauta

Previsto para ser decidido em outubro de 2023, o Executivo de Campo Grande retirou da pauta da Câmara Municipal o Projeto de Lei que visava o retorno dos parquímetros para a região central. Sem regras para a nova concessão, o PL caiu na mira dos parlamentares e gerou desconfiança. 

Durante a sessão ordinária, o presidente da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana, Prof. André Luis, inclusive parabenizou a prefeita Adriane Lopes pela retirada do projeto para andamento do Sistema de Estacionamento Rotativo (SER) por parte do executivo.

Favorável ao retorno dos parquímetros, ele frisou que muitos comerciantes têm reclamado que as vagas, em tese destinadas para compradores da região central, têm sido ocupadas pelos trabalhadores e deixado a clientela sem ter onde estacionar. 

"A concessão desse tipo de espaço tem de ser precedida de uma audiência pública e - fica a sugestão - da criação de um conselho quadripartite, formado por Executivo; Legislativo; moradores e comerciantes das áreas impactadas. Para não haver prejuízo para a cidade", argumentou.
 

*Colaborou Léo Ribeiro 

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