Política

ELEIÇÕES 2018

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Bolsonaro diz que já está 'com a mão na faixa' presidencial

Bolsonaro diz que já está 'com a mão na faixa' presidencial

FOLHAPRESS

17/10/2018 - 23h00
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O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quarta-feira (17) já estar com a "mão na faixa", em referência à sua grande liderança nas pesquisas de intenção de voto.

"Nós estamos com a mão na faixa. É verdade, pode até não chegar lá. Nós estamos com a mão na faixa. Ele [Haddad] não vai tirar 18 milhões de votos até daqui dois domingos."

A fala foi feita na saída da visita à Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro aparece com 59% dos votos válidos de acordo com a última pesquisa Ibope, conta 41% de Fernando Haddad (PT).

Esta foi a afirmação mais contundente do candidato sobre a possibilidade de vitória desde que passou para o segundo turno.

Ele visitou na manhã desta quarta-feira a Arquidiocese do Rio de Janeiro, onde firmou um compromisso pela defesa da família e da liberdade de religião com o cardeal Dom Orani Tempesta.

Na sequência, foi à Superintendência da Polícia Federal, na região portuária.

Ao sair do prédio, disse apenas que foi agradecer ao trabalho dos policiais, responsáveis por sua escolta.
"Eu tenho profunda admiração por eles", afirmou. Questionado se havia firmado algum compromisso com a instituição, disse que isso já está "no sangue".

"É o compromisso é que está no sangue nosso. É defender a pátria, combater à corrupção e querer um Brasil melhor para todo mundo. Eu vim agradecer o apoio que eles estão dando para mim na segurança. Está em lei [a escolta], mas o reconhecimento é muito importante."

O candidato mudou a fala em relação ao papel da PF na investigação do atentado do qual foi alvo no início de setembro. Durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro, ele levou uma facada.

"Confio neles [na Polícia Federal]. Eles vão chegar a uma solução no final do inquérito. Não estou aqui fazendo papel de vítima. Eu não levei um cascudo na rua, foi uma facada. (...) Tenho muita vontade de viver, estou com ainda mais vontade de disputar a eleição."

A afirmação de confiança diverge de declaração feita no fim do mês passado. Ainda no Hospital Albert Einstein, Bolsonaro concedeu entrevista para a Rádio Jovem Pan e sugeriu que o delegado que conduz o caso agia com motivação política.

O presidenciável criticou o PT e disse que seus adversários estão desesperados e perdidos. "Primeiro eles têm que conversar com o Cid Gomes para saber o que vai fazer com a campanha daqui para frente", disse, lembrando das críticas feitas pelo senador eleito pelo PDT.

"Façam o mea culpa pelo menos como o Cid Gomes. Mas não admitem, acham que o Lula é um preso político."

O candidato voltou a dar informações contraditórias sobre sua participação em debates e comparou-se ao ex-presidente Lula, que faltou a encontros quando era candidato.

Bolsonaro deixou o prédio demonstrando empolgação e bom humor e se dirigiu aos jornalistas, pedindo que eles completassem a frase: "Vamos ver se estão doutrinados, dia 28 é ....". Como não foi respondido, ele mesmo completou: 17, seu número nas urnas.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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