Política

ELEIÇÕES 2018

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"A Caravana da Saúde precisa ser revista", diz Junior Mochi

Segundo ele, programa consumiu muito dinheiro e não resolveu problema

Renata Volpe Haddad

24/09/2018 - 11h41
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O candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi (MDB) foi questionado sobre a Caravana da Saúde, durante a rodada de entrevistas do Correio do Estado, nesta segunda-feira (24) e disse que o programa precisa ser revisto.

Criado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Mochi analisou que a Caravana consumiu muito dinheiro e não resolveu o problema da saúde no Estado. “Com relação à questão o oftalmológica, não precisa gastar tanto dinheiro, investir nessa grande estrutura e deixar a saúde como está”, considerou.

O candidato citou os problemas encontrados nas regiões de Mato Grosso do Sul. “Em Corumbá, os médicos estão em greve porque não recebem em dia, não estão fazendo cirurgias eletivas. Há problemas também nos hospitais de Dourados. Não adianta focar na Caravana e deixar a rede de saúde toda desestruturada”.

Caso seja eleito, Mochi citou o que vai fazer para amenizar os problemas na rede estadual de saúde. “Vou fortalecer as redes de saúde das microrregiões, criar consórcio intermunicipal, e através disso, o cidadão passará a ser tratado mais próximo da residência. As estruturas estão inchadas e não dão conta de atender a demanda que têm”.

RODADA DE ENTREVISTAS

Começou na terça-feira (18) a Rodada de Entrevistas do Correio do Estado com os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul. Com a ordem das sabatinas tendo sido definida por sorteio, o estreante foi candidato Juiz Odilon de Oliveira (PDT), seguido de Humberto Amaducci (PT). Tudo é publicado nas redes sociais (Youtube - correioestado, Facebook - @correiodoestado e Instagram @correioestado), em parceria com a Rádio Mega 94 (Facebook - @mega94fm).

As entrevistas tem 40 minutos cronometrados de forma corrida e sem intervalos. O candidato terá direito a uma apresentação de um minuto e, em seguida, responderá a 12 perguntas, sendo seis delas consideradas livres, baseadas em reportagens sobre Mato Grosso do Sul já publicadas pelo Correio do Estado; quatro baseadas no plano de governo do candidato; e duas encaminhadas por internautas, que serão selecionadas por sorteio.

A iniciativa tem objetivo de atender ao interesse da população em conhecer melhor cada plano de governo, atuando na interlocução de eleitores e representantes das coligações partidárias.

Após Odilon, Amaducci e Azambuja, os candidatos que vão participar da rodada de entrevistas serão: Marcelo Bluma (PV) no dia 21, Junior Mochi (MDB) no dia 24 e João Alfredo (PSOL) no dia 25.

Com a proposta da Rodada de Entrevistas, a equipe jornalística do Correio do Estado convida os leitores e internautas a participarem pelo e-mail: [email protected] ou no WhatsApp: (67) 9-9922-6705, com o assunto: "Pergunte aos Candidatos ao Governo do Estado".

As perguntas podem ser enviadas pelas redes sociais do Correio do Estado, pelo Facebook e Instagram (@CorreiodoEstado). Elas deverão conter o nome do leitor e para qual candidato o questionamento será feito. É importante destacar que textos contendo qualquer tipo de ofensas serão excluídos.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: 

 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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