A Semana Santa aqueceu o mercado de piscicultura em Mato Grosso do Sul. Ao todo, 67,9% dos sul-mato-grossenses irão consumir peixe nessa sexta-feira (15), de acordo com levantamento da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio).
E nas peixarias de Campo Grande, a manhã dessa quinta-feira (14) foi de grande movimentação. Na peixaria Moura, o aumento das vendas em relação ao ano passado, foi de 20%. Fernando Moura, proprietário do estabelecimento, acredita que a diminuição dos casos de COVID, influenciaram nas compras.
“Por causa da pandemia, tinha limite das pessoas, de atendimento, e esse ano está mais tranquilo”, informa Fernando.
O consumidor tem se preparado para o feriado, na Peixaria Moura, desde sábado (9) houve um aumento no fluxo de clientes. Na Peixaria Rio Sul, o aumento no movimento foi notado desde a segunda-feira (11), informou Fernando de Souza, funcionário do local.
Em outro estabelecimento, na Peixaria do Beto, o movimento também cresceu desde segunda-feira, e a expectativa, é de que seja maior ainda, no feriado. “Ano passado, as famílias vieram, compravam um pouquinho, e levavam pra casa. Esse ano, vieram em grupo”, informou Ana Carolina, funcionária do estabelecimento.
A dona de casa Magali Inês Loch, foi uma consumidora que foi ao Mercadão, comprar o peixe fresco para a Sexta Feira Santa. Ela comprou filé de tilápia e costela de pacu, assim como boa parte da população.
A Fecomércio realizou uma pesquisa da intenção de consumo dos cidadãos do estado, e apenas 14,70% dos consumidores não irão comer peixe nesse feriado.
Entre os pescados mais consumidos, o pintado assume a primeira colocação, com 19,10% das intenções de compra. Logo depois, o pacu tem 18,20%, e a tilápia 14,40% de intenção de consumo. Outros seis tipos de peixes têm 16,20% das intenções de compra, e 17,40% das pessoas não sabiam se iriam comer peixe na Páscoa.
Entre os pescados mais comprados nas três peixarias ouvidas pela reportagem, está a tilápia, posta de pintado e costelinha de pacu.
Já a também dona de casa Maria Ossuna, comprou o pescado antes da Semana Santa. “Esses dias atrás fui comprar peixe, e aproveitei pra comprar pro feriado, porque geralmente o povo aproveita pra deixar mais caro”, disse Maria.
A dona de casa e os familiares, comem peixe apenas na Sexta-Feira Santa, mas outras, como a família Loch, come peixe toda sexta-feira, desde a quarta-feira de cinzas, até o término da quaresma.
A expectativa de aumento do movimento também é esperada por esta restaurantes que tem o peixe como carro chefe.
A empresária e dona do Oshent Sushi, Francisca Estevam, se preparou para essa sexta-feira de feriado. Francisca tem fornecedor de salmão e tilápia, peixes que o estabelecimento oferece, e não teve problemas quanto ao preço, mas sim quanto a oferta. “O salmão o fornecedor já se prepara pra caso o sushi queria pedir mais, mas a tilápia tivemos que ir procurar em outros lugares”, informa.
A data é celebrada em diversos países, principalmente de maioria cristã. A Sexta-Feira Santa foi o dia do sofrimento de Jesus, de sua crucificação. Foi o Imperador Constantino, em 325 d.C., no Concílio de Niceia, que a doutrina da Igreja Católica foi consolidada e as datas religiosas escolhidas para serem comemoradas.