Economia

RANKING DOS MUNICÍPIOS

A+ A-

Selvíria tem o segundo maior
PIB per capita do Brasil

Cinco cidades sul-mato-grossenses estão entre os 100 municípios com maior riqueza per capita

Continue lendo...

Cinco municípios de Mato Grosso do Sul, todos situados na Costa Leste do Estado, estão entre os 100 com maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do País, segundo a pesquisa PIB dos Municípios 2016, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque da lista é Selvíria, com população estimada em 6.469 habitantes. A localidade ocupava a segunda posição em PIB per capita no Brasil em 2016, com montante de R$ 306.138,63, em razão dageração e do recebimento de royalties de energia hidrelétrica por conta da usina de Ilha Solteira.  

Também integram a lista de maiores PIB per capita do País (indicador que corresponde à soma das riquezas produzidas dividida pelo número de habitantes) os municípios de Paraíso das Águas (65º), com R$ 92.163,92; Três Lagoas (85º lugar), com PIB per capita de R$ 79.911,85; Água Clara (96º lugar), com PIB per capita de R$ 75.878,35; e Costa Rica (97º), com PIB per capita de R$ 75.311,86.

No Estado, o menor PIB per capita em 2016 foi o de Japorã, com R$ 11.836,64. Já quando considerado o cenário nacional, o município no topo dos 100 maiores PIB per capita é Paulínia (SP), com R$ 314.637,69 e população estimada em 100.128 habitantes.

Ainda conforme a pesquisa, Três Lagoas e Campo Grande ficaram entre os 100 do País que detêm os maiores PIB do país. A Capital ocupa o 28º lugar na lista, com um PIB a preços correntes de R$ 25,4 bilhões, o que representa uma participação de 0,41% no PIB nacional. O município de Três Lagoas ficou em 99º lugar nesta base de comparação, com PIB de R$ 9,2 bilhões.

Quando considerados apenas os números para o Estado, o maior PIB entre os 79 municípios é o de Campo Grande, com R$ 25,4 bilhões. É da Capital também o maior valor adicionado bruto do setor de serviços (R$ 12,9 bilhões) –; administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (R$ 4,89 bilhões); e o segundo maior da indústria (R$ 3,79 bilhões), atrás somente de Três Lagoas, que teve valor adicionado bruto para a indústria de R$ 5,23 bilhões. 

Atividades

Em relação à agropecuária, segundo o IBGE, quatorze municípios do Estado estão entre os 100 do País com maiores valores adicionados brutos para a atividade. O mais bem posicionado nesta lista foi Rio Brilhante (10º), com R$ 857,5 milhões. Na sequência, estão Maracaju (R$ 726,9 milhões), Ponta Porã (R$ 701,3 milhões), Três Lagoas (R$ 655,5 milhões), Costa Rica (R$ 620,8 milhões), Dourados (R$ 603,6 milhões), Nova Alvorada do Sul (R$ 562,6 milhões), Ribas do Rio Pardo (R$ 529,2 milhões), Sidrolândia (R$ 498,8 milhões), Chapadão do Sul (R$ 420,5 milhões), Água Clara (R$ 413,7 milhões), Ivinhema (R$ 394,5 milhões), Nova Andradina (R$ 369 milhões) e Corumbá (R$ 352,8 milhões). O município de Sapezal (MT) ocupa a primeira posição na lista, com R$ 1,40 bilhão de valor adicionado bruto da agropecuária.

Quanto à indústria, os destaques são Três Lagoas, com valor adicionado bruto de cerca de R$ 5,23 bilhões; e Campo Grande, com cerca de R$ 3,79 bilhões. Os dois municípios figuram no ranking dos 100 com maior valor adicionado bruto da indústria, respectivamente na 35ª e 50ª posições.

Quando considerado o valor adicionado bruto dos serviços, apenas Campo Grande entrou na lista dos 100 maiores municípios, ocupando o 28º lugar, com R$ 12,9 bilhões. O município de São Paulo (SP) está no topo da lista, com valor adicionado bruto de cerca de R$ 464 bilhões.

Já no setor administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social, dois municípios sul-mato-grossenses estão no ranking de 100 municípios com maiores valores adicionados brutos dessas atividades: Campo Grande (em 14 º lugar), com de R$ 4,89 bilhões, e Dourados (89º lugar), com R$ 1,23 bilhão. O município de Brasília (DF) ocupa o primeiro lugar da lista, com valor adicionado bruto de cerca de R$ 92 bilhões.

"leão"

Em 4 dias, Receita Federal recebe 5% das declarações de Imposto de Renda em MS

Ao todo, 35.250 de 623.365 declarações foram entregues até segunda-feira (18)

18/03/2024 12h00

Aplicativo da Receita Federal DIVULGAÇÃO

Continue Lendo...

Dados divulgados pela Receita Federal apontam que 35.250 Declarações de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPFs) foram entregues, entre 15 e 18 de março de 2024, em Mato Grosso do Sul.

A Receita Federal estima que 623.365 declarações sejam entregues até 31 de maio. Portanto, até o momento, 5,6% dos documentos foram declarados. No Brasil, o número é de 2,2 milhões.

Na sexta-feira (15), delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, avaliou o ritmo de entrega como positivo, e, que isso se dá por conta da facilidade no preenchimento e envio da declaração.

“O programa é amigável e oferece todas as condições para que todos prestem contas com rapidez e segurança, uma vez que a Receita Federal oferece até mesmo a possibilidade de o contribuinte utilizar a declaração pré-preenchida”, detalhou o delegado.

O Imposto de Renda, ano-base 2023, pode ser declarado de 15 de março a 31 de maio de 2024, por meio deste site ou pelo aplicativo da Receita Federal. Quem perder o prazo pagará multa de 1% sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74, ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

O governo federal publicou, em fevereiro, a Medida Provisória (MP) nº 1.206/2024, que isenta do Imposto de Renda aqueles que tiveram renda de até dois salários mínimos (R$ 2.824).

Segundo o Ministério da Fazenda, 15,8 milhões de brasileiros serão beneficiados. A nova tabela teve efeito imediato e entrou em vigor a partir de sua publicação. A partir de agora, o contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824,00 mensais já será beneficiado com a isenção.

OBRIGATORIEDADE E CONSEQUÊNCIA

É obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 o contribuinte que:

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90, o que inclui salário, aposentadoria e pensão do INSS ou de órgãos públicos
  • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (como rendimento de poupança ou FGTS) acima de R$ 200 mil
  • Teve ganho de capital (ou seja, lucro) na alienação (transferência de propriedade) de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto; é o caso, por exemplo, da venda de carro com valor maior do que o pago na compra
  • Teve isenção do IR sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguida de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias
  • Realizou vendas na Bolsa de Valores que, no total, superaram R$ 40 mil, inclusive se isentas. E quem obteve lucro com a venda de ações, sujeito à incidência do imposto. Valores até R$ 20 mil são isentos
  • Tinha, em 31 de dezembro, posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 800 mil
  • Obteve receita bruta na atividade rural em valor superior a R$ 153.199,50
  • Quer compensar prejuízos da atividade rural de 2023 ou anos anteriores
  • Passou a morar no Brasil em 2023 e encontrava-se nessa condição em 31 de dezembro

Quem deixar de declarar imposto de renda está sujeito as seguintes penalidades:

  • Pagamento de multa de no mínimo R$ 165,74
  • CPF irregular
  • Cair na Malha Fina
  • Ser acusado de sonegação fiscal

TABELA

A tabela mensal ou anual de desconto do Imposto de Renda é uma orientação para que os contribuintes saibam a partir de que valor há obrigatoriedade de fazer o recolhimento do tributo e quem está isento do IR.

Base de Cálculo

Alíquota (em %)

Dedução (em R$)

Até R$ 2.112,00

isento

R$ 0,00

de R$ 2.112,00 até R$ 2.826,65

7,5%

R$ 158,40

de 2.826,66 até 3.751,05

15,0%

R$ 370,40

de 3.751,06 até 4.664,68

22,5%

R$ 651,73

Acima de 4.664,68

27,5%

R$ 884,96

* Colaborou Glaucea Vaccari 

Mato Grosso do Sul

Financiamento de imóveis começa ano com queda de 42%

Juros altos, com taxas próximas à Selic, e metro quadrado com preço caro têm afastado compradores

18/03/2024 08h30

GERSON OLIVEIRA

Continue Lendo...

Levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registra queda de 41,89% na quantidade de imóveis financiados em Mato Grosso do Sul no primeiro mês deste ano. No mesmo período de 2023, foram negociadas 487 unidades habitacionais. Agora, em janeiro deste ano, 283 negócios foram acordados.

Ao se analisar os valores, a diferença resulta em uma perda porcentual de 29,99%, uma vez que, em janeiro do ano passado, foram disponibilizados R$ 161,620 milhões (contra R$ 113,143 milhões no primeiro mês deste ano). 

Ou seja, R$ 48,477 milhões a menos foram liberados para a comercialização de imóveis.
Segundo a análise de especialistas, a redução do volume aplicado na poupança teve influência direta no cenário de Mato Grosso do Sul. 

E o principal motivo para a queda de financiamento imobiliário são os altos juros dos financiamentos imobiliários praticado pelos bancos. As taxas ainda estão muito parecidas com a Selic, fazendo que 
o valor contratado do financiamento quase dobre ao fim do período.

Nas simulações feitas pelo Correio do Estado, por exemplo, as taxas de juros em financiamentos imobiliários no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que utiliza os recursos do sistema brasileiro de poupança, variaram entre 9,5% e 12,5% ao ano, a depender do relacionamento que o cliente tenha com o banco.
Nessas simulações, ao fim de prazos comuns em financiamentos, como 180 ou 240 meses, o valor pago aos bancos durante os contratos praticamente dobraram: em crédito de R$ 100 mil, a somatória das parcelas se aproxima dos R$ 200 mil no período, por exemplo.

Como já publicado pelo Correio do Estado, segundo dados da Abecip, no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou queda de 34,71% na quantidade de imóveis financiados. Em 2023, foram 5.944 moradias financiadas, enquanto em 2022, 9.104.

Em relação aos valores, a diferença ocasionou uma perda porcentual de 29,94%, tendo em vista que no ano passado foram R$ 1,826 bilhão de recursos disponibilizados, contra R$ 2,606 bilhões em 2022. Ou seja, R$ 780 milhões a menos foram liberados para a comercialização de imóveis.

Análise

Para o economista Eduardo Matos, o cenário surgiu como resultado do ocorrido em 2020, quando houve o estouro da pandemia de Covid-19, fato que interferiu no movimento econômico mundial.

“Em primeiro lugar, a recessão global, ao mesmo tempo a alta dos preços. Ninguém estava comprando nada, ninguém estava financiando nada”, opina.

Já em 2022 houve a retomada da economia. A partir do fim da reclusão das pessoas, com uma volta gradual à normalidade, a roda da economia voltou a girar.

“Contudo, no período pós-pandêmico, [com relação às] famílias de renda média, algumas voltaram para a classe baixa. Essas pessoas eram aquelas que utilizavam o sistema de poupança e empréstimos e deixaram de ser o público desse serviço, passando a ser o público do [programa] Minha Casa, Minha Vida [MCMV]”, relata.

Matos salienta que muitas famílias ainda preferem o aluguel, tendo ainda a questão dos juros que seguem em alta, como uma das justificativas para o movimento de queda nos financiamentos imobiliários no Estado.
“Em resumo, há todo um contexto, e não só um fator único, mas diversos, que seguraram um pouco os contratos, o founding de poupança”, analisa.

FINANCIAMENTO 

Sobre a modalidade, o mestre em Economia Lucas Mikael esclarece que o financiamento imobiliário com recursos da poupança é um tipo de empréstimo voltado para a compra ou para a construção de imóveis, utilizando os depósitos feitos na caderneta de poupança como fonte de financiamento.

“Normalmente oferecido por instituições financeiras, esse modelo visa proporcionar aos clientes uma maneira acessível de conquistar a moradia própria”, detalha.

Já para Matos os financiamentos imobiliários podem ser feitos de duas formas. “Pelo MCMV, programa social que visa beneficiar as famílias de baixa renda, e pelo financiamento em questão feito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos [SBPE]”, comenta.

Em relação a essas modalidades, os bancos acessam os recursos das cadernetas de poupança, pagando um juro de aproximadamente 0,6% (ou até menos) do que paga a Selic a seus clientes, e financiam aos próprios clientes em taxas maiores que a remuneração entregue na caderneta. É de operações como essa que vem parte da lucratividade dos bancos.

Mas também as operações de crédito, que permitem que famílias que não têm imóvel nenhum levantem dinheiro suficiente para a aquisição da casa própria. Normalmente nesse modelo, o próprio imóvel adquirido é dado em garantia em caso de não pagamento do empréstimo.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).