O início do ano pode ser o momento ideal para se planejar e liquidar as dívidas. Apesar do momento atípico da pandemia, que influenciou diretamente na renda de milhares de brasileiros, especialistas explicam que é necessário organização para sair do vermelho.
A economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Daniela Dias, destaca que primeiramente, é necessário entender o valor total da dívida e o quanto você conseguiria pagar.
“O primeiro passo para sair de uma situação de endividamento é reconhecer a dívida em atraso ou que faz a pessoa ficar inadimplente, é fundamental analisar todas as dívidas, para que se possa ter um processo de negociação, porém o consumidor deve estar alerta as taxas de juros e analisar as possibilidades de negócios", explica a especialista.
No topo do ranking de endividamentos de Campo Grande há mais de oito meses, o cartão de crédito segue liderando como o tipo de dívida mais comum entre a população, agora representando 76%, a economista explica que
“Existe uma necessidade de se controlar a utilização do cartão de crédito, porque é muito fácil virar uma bola de neve e diante de uma dívida, comparar as taxas de juros, pensar nas possibilidades de entradas para amenizar o máximo possível os impactos nas contas no final do mês”, pontua Daniela.
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O Correio do Estado conversou com o professor e economista, Eugênio Pavão que ressaltou que a população precisa repensar alguns gastos e ter organização e planejamento com as contas.
“A dica para sair do vermelho são um conjunto de atitudes que devem se guiar pela redução dos gastos supérfluos, gastos de lazer e diversão, viagens. É um esforço grande, pois significa uma mudança de hábitos, mas no atual momento é necessário termos planejamento para enfrentar os desafios da economia pós vacinação”, afirmou.
Confira algumas dicas para te ajudar a ter um ano sem débitos pendentes:
Tenha organização e planejamento
O primeiro passo é listar todas as contas que você está devendo e eleger quais são as prioridades. Para isso, o ideal é que entre em contato com os credores e atualize o valor da dívida, já considerando juros, multa e outros valores. Com esse dado em mãos, você poderá checar quais são aquelas que pesam mais em seu orçamento, ou seja, que diminuem mais o seu poder de compra.
"O planejamento é essencial para não entrar em vermelho, é importante fazer contas, ou seja, colocar no papel ou em uma planilha todas as receitas e despesas, as pessoas precisam analisar o que realmente cabe no bolso. Então, some esses valores aos gastos mensais que você já tem. Assim, poderá entender qual é o seu limite para a quitação dos débitos, descobrindo quanto pode prever em seu orçamento para a renegociação de dívidas", afirma a economista da Fecomércio.
Descubra o seu limite
Você deve saber exatamente quanto poderá pagar por mês para a quitação da dívida, antes de começar a negociação com os credores. Isso porque não poderá comprometer demais o seu orçamento, ao ponto de correr o risco de contrair novas dívidas não planejadas. Lembre-se de considerar a possibilidade de imprevistos acontecerem no meio do caminho. Então, mantenha uma reserva para eles.
Priorize as dívidas mais altas
Dívidas no cheque especial e rotativo do cartão de crédito cobram alguns dos juros mais altos do mercado. Por isso, é importante dar prioridade a elas na hora de renegociar com os credores a fim de evitar o famoso efeito bola de neve.
"Para vencer algumas dívidas é importante calcular, ter o controle do cartão de crédito e comparar as taxas de juros, às vezes um crédito consignado pode ter taxas bem mais acessível do que o cartão de crédito, quem deseja quitar seus débitos, deve estar alerta aos juros e ver as possibilidades de negociações", explica o economista.