Economia

NOVO NORMAL

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Reskilling será a chave do mercado de trabalho pós-pandemia

Serão necessárias requalificações técnicas e nas habilidades pessoais

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Não é segredo para ninguém que o mercado de trabalho pós-pandemia vai mudar. Isso torna latente a necessidade dos profissionais se reinventarem e desenvolverem novas habilidades e competências para lidar com uma realidade que vai exigir mais independência, o que em linguagem técnica dá-se o nome de reskilling. Isso se aplica especialmente àqueles que perderam seus empregos e terão que ter um diferencial para se recolocar no mercado de trabalho.

“O mercado já vinha sinalizando grandes transformações pelo uso da tecnologia e a Covid-19 acelerou várias práticas que nós achávamos que iriam demorar um tempo maior para serem implementadas, como home office”, disse ao Correio do Estado Lidiane Miquilini, especialista em gestão estratégica de RH..

O mercado vai esperar o que ela chama de “senso de dono”, ou seja, um nível maior de auto gerenciamento. 

“Não tenho mais que ter alguém cuidando dos meus afazeres. Os níveis de liderança provavelmente serão reduzidos e acreditamos que os profissionais terão mais clareza dos seus papéis e responsabilidades, das suas entregas, e vão assumir mais responsabilidades”, diz a especialista. 

Quando Lidiane fala a respeito das novas habilidades, ela não se refere apenas à formação técnica. Durante muito tempo, afirma, as pessoas focaram em cursos profissionalizantes, faculdades, especializações e pós-graduações, mas nesse novo cenário essas qualificações são importantes, mas é preciso ir além.

“Nós deixamos de cuidar do comportamento, do nosso processo de comunicação ,de negociação, inteligência emocional. A partir de agora, tudo isso ganha ainda mais força: essa habilidade de coordenar pessoas para entregar aquilo que precisamos toma o protagonismo”, afirma.

REALIDADE

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) aponta que houve 72.927 desligamentos em Mato Grosso do Sul nos quatro primeiros meses de 2020. No Brasil, foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões, resultado negativo de 763.232.

Mato Grosso do Sul teve saldo positivo graças às 73.661 no período, mas há que se ter em conta que muitas pessoas continuam sem renda em razão da pandemia.

A reinvenção da qual fala Lidiane não se aplica apenas ao mundo dos negócios. Pessoas simples também tiveram que se recriar para continuar sobrevivendo. É o caso de Viviane. Ela trabalhava como diarista, fazia puffs e camas para animais de estimação com pneus antes da Covid-19. Quando a doença começou a se alastrar, ela ficou sem nenhuma das atividades. 

“E meu marido, deram férias para ele e no outro mês já não tinha salário. Fiquei apenas na casa de uma senhora fazendo diárias. Ela me paga mensalmente, ia a cada 15 dias. Então resolvemos começar a fazer máscaras. No começo doávamos para a igreja, mas começaram a aparecer encomendas”, conta ao Correio do Estado.

A diarista não sabia sequer mexer em uma máquina de costura. “E eu aprendi. Com as vendas, compramos uma overlock, aprendi a mexer e até a consertar. Nessa pandemia, meu maior aprendizado foi lidar com algo que imaginava que pudesse. Foi desenvolver nova habilidade. Se ficar parado em um único oficio, chega em uma época dessa você não consegue suprir”, completa.

Hoje, além das máscaras ela também começou a pegar serviços de confecção, e tem feito até mesmo lembrancinhas sob encomenda.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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