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Queda dos juros estimula crescimento do mercado imobiliário

Especialistas apontam que momento é bom para aquisição de bens duráveis

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou, nesta semana, a redução os juros básicos da economia (Selic) de 4,50% para 4,25% ano. A  redução aqueceu o mercado imobiliário, tanto para quem deseja realizar o sonho do seu imóvel próprio ou investir na aquisição de unidades de empreendimentos em construção.

Conforme dados da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), cada queda de 1% nos juros de financiamento de imóveis mais de 2,5 milhões de famílias entram no mercado imobiliário. Portanto, a cada ponto percentual na variação da taxa de juros, em média o mercado aumenta em 16%.  

De acordo com o economista Sérgio Torres, as últimas decisões do Copom mostram que o governo está sinalizando a retomada da economia de forma lenta, mas consistente. “Vejo com bons olhos essa iniciativa da redução da taxa básica. Para o segmento imobiliário, sinaliza para que o setor privado possa regular os seus preços e as pessoas busquem créditos mais baratos”, explica.

Para a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, a partir da Selic que se baseiam as taxas da habitação, crédito consignado, de financiamentos de casas e carros. “Temos os dois lados da moeda: se por um lado o investimento em um novo negócio pode ser facilitado diante dessa queda, por outro lado, os investimentos em ações, poupança, tesouro e títulos, eles ficam mais prejudicados com uma rentabilidade menor. Qual é a ideia? É uma política monetária expansionista; quero colocar dinheiro na economia, estimular investimentos em imóveis, propriedades, carros, casas, etc. Aí tira um pouco dessa questão da poupança, investimentos no sentido retorno financeiro, aquele dinheiro que fica parado ganhando rentabilidade”, explicou.  

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto, vários fatores estão contribuindo para Campo Grande ter uma movimentação positiva, tanto para investidores, construtoras, incorporadoras quanto para o consumidor.

“Um item é a taxa de juros que nunca esteve tão baixa. Já estávamos com a expectativa da queda em 0,25%. Outro item é possibilidade de investimentos, desde quem busca um imóvel para morar ou para investir. A consolidação da Lei de Distrato também trouxe uma maior segurança jurídica para quem constrói. O crescimento do índice de confiança em 2,1% de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) das construtoras, incorporadoras e imobiliárias, aumentam os investimentos em construções e aquele investidor mais conservador não corre riscos ao investir na compra de um imóvel”, explica Netto.

Segmentos

Dados da Abrainc mostram que os empreendimentos de Médio e Alto Padrão (MAP) foram responsáveis por 21,2% das unidades lançadas e 30,2% das unidades vendidas no período. Os lançamentos do segmento cresceram 20,6%.

O economista Sérgio Torres, diz que no segmento de imóveis de alto padrão esse é um ótimo momento para investimentos. “Para imóveis da faixa A e B é muito bom porque há uma facilidade de juros de financiamento, poder de negociação com as empresas tende a ser mais flexível, e para quem é investidor relativamente agressivo com juros e inflação controlada, o investimento é muito bom”.

De acordo com o gerente regional da Plaenge Campo Grande, Luiz Octávio Pinho, a construtora acompanha de perto a evolução da economia, sempre trazendo novidades para quem deseja realizar seus sonhos ou mesmo para quem procura por investimentos em imóveis.

“Nosso setor de inteligência de mercado sempre está atento as movimentações da economia. O crescimento gradual da economia nos faz sempre pensar em nossos clientes, trazer soluções, atender seus desejos, anseios na procura pelo imóvel desejado e no momento certo. Como temos uma história consolidada de 50 anos, trabalhando de forma consistente, entregando novas edificações em 2020 nos segmentos residencial e comercial, uma delas inclusive este mês, além de lançamentos de novos empreendimentos e o primeiro deles já no próximo mês”, finaliza.

Geração de empregos será fomentada

Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estimam um crescimento na casa de 3% para o setor da construção civil, com a criação de 150 a 200 mil novas vagas de trabalho até o final do ano. Em Mato Grosso do Sul, o setor estima crescimento próximo ao nacional e criação de mais de 5 mil empregos.

O presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), Amarildo Miranda Melo, estima que a construção civil cresça 2,7% no Estado. “Acreditamos que os setores público e privado investirão este ano. Se o cenário continuar igual, MS deve  crescer 2,7%. Estamos otimistas principalmente por causa das reformas já aprovadas, Trabalhista e Previdenciária e das que ainda serão aprovadas como a Tributária e Administrativa. Acredito que com isso teremos um crescimento sustentável”, explicou.

Segundo o representante do Sinduscon-MS, no ano passado o setor criou 2 mil vagas em Mato Grosso do Sul.  “Foi um ano para esquecer, mas neste ano vamos mais que dobrar o número de empregos”, afirmou Melo.  

Para o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Adão Castilho, o ano será de crescimento e o setor da construção deve gerar mais de 5 mil empregos diretos. “Nós, os pequenos construtores, representamos 40% da cadeia da construção civil aqui no Estado. Tenho certeza que depois de ensaiar nos últimos anos, em 2020 vamos decolar. O cenário no País está favorável, no Brasil serão geradas de 150 a 200 mil empregos e aqui em MS teremos pelo menos 5 mil empregos diretos”.  

 

 

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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