A Prefeitura de Campo Grande quer investir cerca de R$ 40 milhões nos polos industriais e empresariais da Capital. O objetivo é viabilizar obras de infraestrutura, como asfaltamento de vias e implantação de rede de esgoto. As informações são do novo titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedesc), Abrahão Malulei, que assumiu a posição há duas semanas, após pedido de exoneração do ex-secretário Luiz Fernando Buainain.
Com pouco tempo à frente do órgão, Malulei, que é formado em Engenharia Agronômica, diz que está preparando um “diagnóstico das potencialidades do município”, para melhor definir suas metas e planos de ação nos próximos dois anos. Contudo, a necessidade de investimentos nos polos já é algo estabelecido no departamento, e as negociações “já estão acontecendo”.
“Os polos da Capital precisam de melhorias se quisermos atrair mais indústrias e investimentos de fora. Temos que ‘vender’ melhor as vantagens do município”, afirma o secretário da Sedesc. Para conseguir os recursos necessários ao investimento, Malulei relata que já está se reunindo com o governo estadual, com a intenção de debater as alternativas viáveis.
“Estamos estudando as possibilidades com o governo do Estado, para ver se existem fundos que podem nos ajudar, como o próprio fundo de amparo a empresas. Até porque, o município está passando por dificuldades [financeiras]. Também vamos ver se esse projeto de melhorias dos polos industriais é elegível para conseguir recursos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. O governo federal cortou inúmeros recursos nos últimos meses, precisamos ser criativos”, explica.
PROJETOS
Segundo o titular da Sedesc, em razão da crise econômica, muitas empresas fecharam as portas, nos últimos anos, nos polos industriais e empresariais de Campo Grande. “Cheguei a ver empresário chorando”, revela. Apesar disso, Malulei acredita em uma retomada do setor. “Também teve um pouco de má gestão [no caso de empresas e indústrias que encerraram as atividades]. Nossa missão agora é melhorar as condições e atrair mais empreendimentos. Já temos 21 projetos aprovados este ano, com investimentos previstos de R$ 60 milhões e geração de 470 empregos”, pontua.
Os números se referem ao Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande (Prodes), que concede benefícios fiscais e extrafiscais a empresas e indústrias que queiram se instalar na Capital. Os 21 projetos foram aprovados, neste ano, no Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande (Codecon) e agora precisam passar por aprovação também na Câmara Municipal.
No ano passado, foram 86 projetos aprovados, com investimentos previstos em R$ 563,5 milhões e geração de empregos prevista em 2,7 mil vagas. “São números satisfatórios se considerarmos a crise”, avalia.