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Pousadas de Bonito não resistem ao coronavírus e fecham as portas

Com faturamento zero desde março, setor amarga incertezas sobre retomada econômica neste ano

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A crise causada pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, atingiu em cheio o setor de turismo em Mato Grosso do Sul. O faturamento está zerado para quem trabalha com hospedagem e reservas, e em Bonito, principal destino turístico de MS, pousadas, comércios e agências não sobreviveram à crise.

No mês passado, 34% das empresas do setor tiveram faturamento zero, conforme pesquisa do Observatório do Turismo (ObservaturMS), da Fundação de Turismo do Estado (Fundtur-MS), e 8% delas tiveram de encerrar as atividades.

De acordo com o presidente da Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo (Abaetur), Gustavo Diniz Romeiro, são mais de 70 dias sem movimento. “Estamos todo esse período sem receita. De agência de turismo só sei de uma que fechou, mas pousadas tem seis que encerraram atividades, e no comércio, pelo menos uns 30 fechamentos”, disse.  

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Estado (Abav-MS), Ney Golçanvez, diz que há dois meses o setor não vende novos pacotes. “Em março, trabalhamos dez dias com cancelamento e remarcação”, afirmou o representante da entidade. As remarcações estão ficando principalmente para o próximo mês, e as empresas adotaram o regime de home office.

Gonçalvez reforça que com a falta de fluxo, as pousadas da região tiveram de fechar as portas. “Fomos muito afetados, mas é algo que foge do nosso controle. Não sabemos como ocorrerá, mas a retomada deve ser tímida”, informou.

A proprietária de uma pousada local, Fernanda Roda, explica que sem os passeios abertos as empresas ficam fechadas e, em muitos casos, precisam devolver o dinheiro das reservas. “Durante esse período só cancelamos as hospedagens, e em muitos casos quando os hóspedes já tinham depositado parte dos valores. A situação de todo mundo está igual; enquanto os turistas não voltarem, continuaremos assim”, explicou.

FLEXIBILIZAÇÃO

A flexibilização nas regras de isolamento na cidade foram anunciadas nesta semana. Conforme decreto, a partir do dia 1° de junho, hotéis, pousadas e atrativos estão autorizados a reabrir obedecendo aos protocolos de biossegurança. Segundo o presidente da Abaetur, a retomada da movimentação só deve acontecer no mês seguinte. “A gente espera a reabertura dos atrativos e das agências a partir de julho. Além dos protocolos a serem adotados, temos ainda o período que é de baixa temporada”, explicou Romeiro.

Em razão da crise, as tarifas de serviços e atrativos de Bonito não terão reajuste neste ano, enquanto alguns hotéis passaram a realizar promoções.  

O fluxo inicial deve ser apenas de turistas do Estado, reabrindo a partir de setembro para o público nacional. Estrangeiros só devem voltar em 2021. Até lá, as empresas tentam lidar com a situação.

Segundo a Abav, algumas agências aderiram à Medida Provisória 905, que autoriza a suspensão de contratos e redução de salários. “Como estamos sem faturamento desde março, vamos reestruturando e planejando. A retomada deve ser lenta, mas deve ser com força”, finalizou Gonçalves.

Como já noticiou o Correio do Estado, o turismo é essencial para a cidade. “É a atividade que mais emprega em Bonito: é o que mais investe e o maior empregador. São sete mil empregos diretos e dois mil indiretos. Durante a alta temporada, o turismo movimenta na cidade R$ 1 milhão por dia; na baixa temporada, 40% a 50% disso. Esse valor diz respeito a toda a cadeia do turismo”, disse o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Augusto Mariano.

PESQUISA

Levantamento do ObservaturMS aponta ainda que 17,8% dos empresários foram obrigados a buscar financiamentos e empréstimos e 15,7% tomaram medidas como conceder férias, licenças e até demitir. Maio seguirá com zero faturamento para 33%, mas permeado de muita incerteza por 29% dos entrevistados, que sinalizaram não ter como estimar as perdas.

Estudo ainda aponta que 31,6% dos empresários entrevistados conseguem trabalhar por um ou dois meses com o capital de giro. Foram 402 pessoas consultadas entre 8 e 27 de abril, em 39 municípios.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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