A Petrobras divulgou nesta quinta (21) seu plano de negócios para o período entre 2018 e 2022, que prevê investimentos de US$ 74,5 bilhões, praticamente o mesmo nível do plano anterior, que previa aportes de US$ 74,1 bilhões.
Contrariando o histórico recente, o plano será lançado em cerimônia no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer, na tarde desta quinta. Normalmente, a divulgação dos planos de negócios da estatal é feita na sede da companhia, no Rio.
O plano permanecerá focado em reduzir o endividamento e colocar em produção reservas já descobertas, sem grandes alterações em relação à estratégia para o período entre 2017 e 2021. No documento, a empresa reforça a política de "preços de mercado" para os combustíveis.
A companhia manteve a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até 2018, apesar de ter fechado apenas US$ 4,5 bilhões em negociações até agora, e diz que não dependerá de captações líquidas para concluir os investimentos projetados no período.
Do total de investimentos, US$ 60,3 bilhões serão destinados à área de Exploração e Produção -77% desse volume voltado ao desenvolvimento de reservas já descobertas.
A meta é atingir, em 2022, a produção de 3,5 milhões de barris de óleo e gás, crescimento de cerca de 30% com relação à produção atual. Deste total, 3,4 milhões de barris de óleo equivalente serão produzidos no Brasil.
Outros US$ 13,1 bilhões vão para a área de Refino e Gás Natural. A companhia não detalhou, porém, quais os projetos beneficiados.
A empresa projeta gerar US$ 141,5 bilhões entre 2018 e 2022. Somando o volume de venda de ativos, terá uma geração total de US$ 162,5 bilhões, que seria suficiente, segundo comunicado distribuído nesta segunda, para cumprir com todas as obrigações e investimentos no período.
O plano considera que o preço do petróleo ficará em US$ 53 por barril e 2018 e subirá gradualmente até atingir US$ 73 por barril em 2022. O câmbio também terá trajetória ascendente, passando de R$ 3,44 por dólar em 2018 a R$ 3,80 por dólar em 2022.