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Petrobrás e Caixa vão movimentar R$ 15 bi na Bolsa

Ações serão vendidas no Brasil e exterior

ESTADÃO CONTEÚDO

11/06/2019 - 09h23
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A venda de ativos de empresas e bancos públicos via Bolsa começa a trazer para o mercado a movimentação de uma quantia significativa de recursos. Após a Petrobrás anunciar na sexta-feira que a venda de sua participação na BR Distribuidora colocará R$ 8 bilhões em seus cofres, a petrolífera divulgou ontem que a Caixa quer vender suas ações da empresa, por R$ 7,2 bilhões. Anteriormente, a Caixa já havia vendido seus papéis da IRB Brasil Re, por R$ 2,5 bilhões. Todas operações aconteceram ou serão feitas pela Bolsa.

No anúncio de ontem, a Petrobrás informou que a Caixa levará a mercado sua participação de 3,24% na petroleira por meio de uma oferta pública de papéis. As ações ordinárias (com direito a voto) serão vendidas no Brasil e no exterior.

Pelo prospecto, cerca de 30% das ações serão destinadas aos investidores pessoa física, que terão entre 17 e 24 de junho para fazer as reservas. O valor mínimo de investimento será de R$ 3 mil e o máximo de R$ 1 milhão. Funcionários da Petrobrás e da Caixa terão prioridade para comprar até 2% do valor total. O início das negociações das ações vendidas no pregão da bolsa está previsto para o dia 27.

Apesar de a economia brasileira passar por um momento delicado, a operação deverá contar com demanda forte de investidores estrangeiros, segundo fontes, por se tratar de uma empresa global e de alta liquidez. Ontem, as ações da Petrobrás caíram 1,94%.

A venda das ações da Petrobrás é a segunda saída da nova gestão da Caixa, presidida por Pedro Guimarães, de áreas que fogem de seu foco principal de atuação. É esse o mandato da gestão Guimarães, bem como tornar o banco mais eficiente. No início do ano, a instituição - que não quis comentar a operação - já havia emplacado uma oferta de papéis da resseguradora IRB Brasil Re, que somou R$ 2,5 bilhões.

Na fila do plano de desinvestimento, estão ações da Alupar, de energia elétrica, e do Banco do Brasil - ambas detidas pelo FI-FGTS e para as quais a Caixa está selecionando assessores financeiros para vendê-las por meio de uma oferta na bolsa.

Devolução. Com o dinheiro obtido, além de investir mais no negócio bancário, a Caixa quer devolver recursos recebidos pelo governo para reforçar seu capital por meio da emissão dos chamados instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD). A Caixa tem saldo de R$ 40 bilhões, que já começou a devolver e quer zerar o quanto antes.

A venda das ações da Petrobrás deve ter efeito positivo no banco estatal, gerando lucro líquido não recorrente no segundo trimestre. O impacto, porém, vai depender do preço dos papéis na oferta, que será definido em 25 de junho.

A expectativa inicial era fazer a oferta de ações em maio, mas alguns fatores fizeram a Caixa adiar a transação. Em abril, com falas do presidente Jair Bolsonaro sobre o preço do diesel, os papéis da Petrobrás caíram na Bolsa, o que fez a instituição rever o cronograma de vendas. 

Em seguida, uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin questionou a venda de estatais sem autorização do Congresso. Na semana passada, porém, o STF decidiu que subsidiárias de estatais podem ser vendidas sem o crivo de deputados e senadores. 

No mesmo dia em que STF decidiu pela liberação, a Petrobrás anunciou a venda de parte de suas ações na BR Distribuidora - que deve ser a maior oferta pública secundária de ações do País neste ano. Com a venda, a petroleira deverá reduzir de cerca de 70% para menos de 50% de participação na distribuidora de combustíveis. O mercado acredita que seja possível concluir a operação em julho. 

O mercado ainda conta com outras operações em andamento, como CPFL e Light.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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