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Número de empresas e organizações ativas no Brasil cai 0,4% em 2017

Número de empresas e organizações ativas no Brasil cai 0,4% em 2017

AGÊNCIA BRASIL

26/06/2019 - 13h02
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O número de empresas e outras organizações formais ativas no país chegou a 5 milhões em 2017, que ocuparam 51,9 milhões de pessoas, das quais 45,1 milhões eram assalariadas. Em comparação a 2016, houve queda de 0,4% no número de empresas e organizações formais brasileiras em atividade.

O pessoal ocupado total cresceu 1% em 2017 frente a 2016, o que significou mais 528,1 mil pessoas, enquanto o pessoal ocupado assalariado evoluiu 1,2% (550,7 mil pessoas).

Os dados constam do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As organizações formais ativas incluem administração pública e entidades sem fins lucrativos. Os sócios e proprietários, que somavam 6,9 milhões de pessoas em 31 de dezembro de 2017, experimentaram redução de 0,3% em relação ao ano anterior.

Segundo explicou a analista da pesquisa do Cempre, Denise Guichard Freire, o aumento observado no pessoal ocupado total e no pessoal ocupado assalariado reverteu a tendência de queda ocorrida nos dois anos anteriores.

A sondagem mostra que de 2016 para 2017, tanto o total de salários e outras remunerações quanto o salário médio mensal subiram, respectivamente, 2,4%, e 4,9%, em termos reais, isto é, descontada a inflação do período. Os salários e outras remunerações pagos em 2017 atingiram quase R$ 1,7 trilhão, e o salário médio mensal ficou em R$ 2.848,77, ou o equivalente a três salários mínimos.

Atividades

Por atividade econômica, o comércio, no recorte reparação de veículos automotores e motocicletas, liderou em 2017, em termos de número de empresas e outras organizações (37,5%), pessoal ocupado total (21,9%), com 11,37 milhões, e pessoal ocupado assalariado (19,5%), com 8,8 milhões, caindo para a terceira posição em termos de salários e outras remunerações (12,7%).

As entidades de administração pública, defesa e seguridade social lideraram em massa salarial, com 24,4% do total, ocupando a segunda posição em pessoal assalariado (17,1%). As indústrias de transformação ocupam a segunda colocação em pessoal ocupado total (15%) e salários e outras remunerações (16,9%), detendo a terceira classificação no total de empresas (7,9%) e pessoal ocupado assalariado (16%). As atividades administrativas e serviços complementares mostraram o segundo maior percentual de empresas (9,4%).

Os maiores aumentos de pessoal assalariado foram observados em saúde humana e serviços sociais (16,6%) e em educação (8,2%), enquanto construção e outras atividades de serviço apresentaram as maiores quedas (-7,5% e -7,1%, respectivamente). Denise destacou que "houve avanço importante nas áreas de saúde e educação, onde a mão de obra feminina é mais preponderante que a masculina".

Salários médios

Em termos salariais, a pesquisa registra que os maiores salários médios mensais foram pagos pelas áreas de eletricidade e gás (R$ 7.643,38) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 6.299,76). Esses valores ficaram 168,3% e 121,1% acima da média, segundo o Cempre. "São poucas empresas, têm um contingente de pessoas com nível (de ensino) superior e boa formação, o que acaba puxando a média para cima", disse Denise.

No outro extremo, com os menores salários médios mensais pagos em 2017, aparecem alojamento e alimentação (R$ 1.476,34), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.769,79) e comércio, na seção reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.871,15). "O comércio apresenta o maior contingente de pessoas ocupadas, mas é o terceiro menor salário", comentou a analista.

A pesquisa mostra também que do total de 5 milhões de empresas e organizações formais ativas existentes no Brasil em 2017, a maior parte, ou o correspondente a 4,40 milhões, tinha até 9 pessoas ocupadas, com o menor salário médio mensal (R$ 1.544,97). Por outro lado, as empresas e organizações de maior porte, com 250 empregados ou mais, somavam apenas 19.475, mas apresentavam o maior salário médio mensal, de R$ 3.651,18. "As menores empresas estão tendo mais dificuldades de manter empregos e salários".

Sexo e escolaridade

A pesquisa revela expansão no número de homens e mulheres assalariados em 2017 (0,9% e 1,7%, respectivamente). Entretanto, o sexo masculino prevaleceu, com 55,4% do pessoal ocupado assalariado, contra 44,6% de representantes do sexo feminino. Isso se reflete nos salários médios mensais: os homens receberam R$ 3.086,00 por mês, enquanto para as mulheres o salário médio foi R$ 2.555,84 por mês, ou o correspondente, respectivamente, a 3,3 e 2,7 salários mínimos por mês.

"Por nível de escolaridade, predomina a mão de obra sem nível superior", informou Denise Guichard Freire. Observou-se que 77,4% do pessoal ocupado assalariado em 2017 não tinham nível de ensino superior e recebiam 53,5% do total de salários e outras remunerações pagas, ganhando salário médio mensal de R$ 1.971,82, equivalente a 2,1 salários mínimos/mês. Em contrapartida, somente 22,6% dos trabalhadores assalariados tinham nível superior, recebiam 46,5% do total de salários pagos, mas tinham salário médio mensal da ordem de R$ 5.832,38, que equivalia a 6,2 mínimos.

Na análise por sexo, percebe-se incremento de 5,7% nos salários das mulheres de 2016 (R$ 2.418,00) para 2017 (R$ 2.555,80) e de 4,4% nos salários dos homens (de R$ 2.955,40 para R$ 3.086,00). Por nível de escolaridade, foi apurado avanço de 3,7% para o pessoal assalariado com nível superior (de R$ 5.561,68 para R$ 5.832,38) e de 3,5% para o pessoal assalariado sem nível superior (de R$ 1.905,50 para R$ 1.971,82).

Natureza jurídica

Tomando por base a natureza jurídica das empresas e organizações formais ativas no país em 2017, constatou-se que a administração pública mostrou maiores ganhos no que se refere ao total de organizações, que cresceu 3,8%, pessoal ocupado total e pessoal assalariado (+7,3% cada), e total de salários e outras remunerações (+5,2%).

A sondagem revela ainda que o salário médio mensal em 2017, segundo a natureza jurídica, se situou em R$ 4.088,04 na administração pública, R$ 2.469,54 nas entidades empresariais e R$ 2.716,54 nas entidades sem fins lucrativos. Em todos os tipos de organizações por natureza jurídica, o salário médio mensal dos homens superou o das mulheres, sendo a maior diferença encontrada na administração pública: R$ 4.778,32 para o sexo masculino e R$ 3.606,65 para sexo feminino.

A abordagem por nível de escolaridade mostrou que o maior salário médio mensal (R$ 6.132,56) foi encontrado nos empregados das entidades empresariais com nível superior, seguindo-se a administração pública (R$ 5.764,67) e entidades sem fins lucrativos (R$ 4.780,88).

Por regiões

Os maiores salários médios foram encontrados no Distrito Federal (5,4 salários mínimos), Amapá (3,8 salários mínimos), Rio de Janeiro e São Paulo (3,5 salários mínimos cada). Os menores salários médios ficaram com a Paraíba e Alagoas (2,2 salários mínimos cada), seguidos do Ceará (2,3 mínimos).

Entre as regiões, o Sudeste se destacou em relação ao maior percentual de unidades locais (50,5%), pessoal ocupado em 31 de dezembro de 2017 (49,6% do total), pessoal ocupado assalariado (49,3%) e massa salarial (52,7%).

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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