Economia

DECISÃO PROVISÓRIA

A+ A-

Nova decisão confirma Paper Excellence como majoritária da Eldorado Celulose

Irmãos Batista podem perder controle da empresa

Continue lendo...

Em nova decisão proferida na semana passada, o desembargador Nélio Stábile reforçou a garantia de voto do empresário Mário Celso Lopes, por meio de seu fundo, o MCL, no Conselho Diretivo da Eldorado Brasileiro Celulose. O magistrado – que no fim do mês passado deu decisão favorável ao MCL, concedendo 8,28% de participação na indústria de celulose, localizada em Três Lagoas –, em nova decisão do dia 6, entendeu que a participação deve ser retirada do quinhão de 51% das ações pertencentes à holding J&F, o que deixaria os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista com 42,72% de participação na empresa, enquanto a Paper Excellence ficaria com 49%, passando a ser a sócia majoritária. 

“Ao que consta, no colegiado de seis integrantes, três assentos estariam reservados ao quinhão de 49% e os outros três ao quinhão de 51% das ações da Eldorado. Como esse último, para fim de voto, está decomposto em 8,28% do MCL e 42,72% da J&F, ambos devem ser aquinhoados com direito a voto”, argumentou o desembargador.

INTERFERÊNCIA
Ainda na nova decisão, Stábile preferiu não dar determinações ao tribunal arbitral que julga a disputa pelo controle da empresa, sob pena de indevida interferência em competência. Tribunais arbitrais no Brasil e no exterior julgam a disputa pelo controle da empresa, travada entre a CA Investment Brasil – sociedade do grupo Paper Excellence, holding com sede na Holanda e controlada pelo bilionário indonésio Jackson Widjaja – e a J&F, dos irmãos Batista. O desembargador, porém, garante o direito de voto de Mário Celso, que deve ser obedecido nos termos de sua decisão, “sob pena de afronta à ordem judicial”, argumentou.

OUTRA DECISÃO
Também na semana passada, o desembargador Nélio Stábile indeferiu pedido da J&F para suspender os efeitos de sua decisão, uma liminar que assegurou 8,28% do capital ao MCL, fundo de Mário Celso Lopes. 
No agravo interno, a J&F anexou, inclusive, termos de depoimento de Mário Celso Lopes prestados à Polícia Federal e também à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Fundos de Pensão (CPI) do Congresso Nacional. 

Mário Celso Lopes foi denunciado, no dia 24 de outubro deste ano, pela prática dos crimes de gestão fraudulenta pelo Ministério Público Federal. A força-tarefa da Operação Greenfield alega que ele concorreu para atos de gestão fraudulenta nos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros). As fraudes teriam ocorrido no primeiro aporte de capital dos fundos no FIP Florestal (fundo composto por Funcef, Petros, MCL e J&F) e também pela gestão fraudulenta dos dirigentes do Petros e Funcef que autorizaram a “fusão/incorporação da Florestal S.A. pela Eldorado, em flagrante prejuízo aos fundos de pensão, que tiveram sua participação diluída na Eldorado”.

CERNE
“O cerne da questão, e é o que aqui interessa no presente passo processual, está na alegação da agravante MCL de que sua participação societária na Eldorado foi indevidamente reduzida por ocasião da incorporação da Florestal Brasil S.A.”, afirmou o desembargador. Para Stábile, tal acordo redundou em indevida redução da participação no capital social da MJ (empresa ligada à MCL) de 25% para 16,72%. “Motivo pelo qual reputo ser plausível, recomendável e mesmo necessário assegurar à recorrente, ao menos provisoriamente, o direito de voto, em proporção correspondente a 8,28% das ações representativas do capital social da empresa Eldorado”, afirmou.

O julgamento do mérito, do agravo de instrumento de Mário Celso que teve liminar favorável, ainda não foi pautado por Stábile, que é relator do recurso. Em primeira instância, em que o juiz da 4ª Vara Cível de Três Lagoas negou o mesmo pedido de liminar, a J&F ainda não foi citada nem sequer apresentou defesa. 

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

Continue Lendo...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).