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DEMONSTRATIVO

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MS arrecadou R$ 1,354 bilhão com impostos, maior resultado da história

Maior fonte de arrecadação do Estado, assim como nos outros meses, o ICMS liderou a receita

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Mato Grosso do Sul alcançou a maior arrecadação com impostos da história em janeiro deste ano. Foram recolhidos R$ 1,354 bilhão em impostos no primeiro mês de 2020; o número é 20,67% maior que o angariado em janeiro do ano passado, quando a receita com tributos chegou a R$ 1,122 bilhão. As informações constam no demonstrativo da receita corrente líquida (RCL), publicado no Diário Oficial do Estado.

Quando comparado a dezembro de 2019, o montante com recolhimento de impostos de janeiro também foi 20% maior que o mês imediatamente anterior, quando foram recolhidos R$ 1,225 bilhão em impostos no Estado.  

Algumas ações do governo foram pontuais para o aumento da arrecadação estadual, como o Refis (programa de regularização tributária) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o aquecimento da economia e também o programa Nota MS Premiada.

O ICMS é a maior fonte de arrecadação do Estado e, assim como nos outros meses, liderou como maior receita tributária do primeiro mês do ano. Somente com o imposto, a gestão estadual recolheu R$ 816,521 milhões aos cofres do Estado em janeiro. O número foi 15,30% maior que o do mesmo mês no ano anterior (R$ 708,120 milhões).  

IPVA

Na sequência, vem o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujo montante chegou a R$ 356,732 milhões em janeiro; o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que injetou R$ 143,443 milhões; o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), R$ 19,712 milhões; e R$ 18,255 milhões com outras receitas tributárias não especificadas.

Em fevereiro, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) havia adiantado, em coletiva de imprensa, o crescimento da receita estadual. “Este ano, com a volta da atividade econômica, a gente espera que cresça mais. Em janeiro deste ano nós tivemos um resultado 12% maior que janeiro de 2019. Mas não significa que no fechamento em dezembro você terá 12% de crescimento”, disse Azambuja.

O governador disse na ocasião que a adoção do CPF na nota ajudou no aumento da receita mensal. “Não tenho dúvidas que a Nota MS Premiada estimula um segmento, que é a pequena venda do varejo, a ser mais assídua naquilo que já é obrigação, que é pedir nota fiscal, mas não acho que foi só a nota que estimulou esse aumento”, explicou.

REFIS

Uma das medidas adotadas pelo governo estadual para aumentar a receita com o ICMS foi a adoção do Refis. De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), até o fim de janeiro foram negociados R$ 192 milhões, e R$ 24 milhões já foram recuperados para os cofres do Estado. Até o fim de fevereiro as negociações chegaram ao montante de R$ 220 milhões, com R$ 60 milhões que já retornaram ao Tesouro Estadual, sendo R$ 54 milhões em pendências e R$ 6 milhões em dívidas ajuizadas.

O secretário Estadual de Fazenda, Felipe Mattos, explicou que estar em dia com o fisco permite que, além de regularização tributária, esses contribuintes participem de licitações, processos de compra do governo e tenham certidão negativa em relação aos débitos devidos ao Estado.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, a dívida ativa do ICMS atualmente é de cerca de R$ 14 bilhões, e a intenção da gestão estadual é amortizar o montante e aumentar a arrecadação. As condições para negociar dívidas com o fisco estadual começaram a valer no dia 18 de dezembro e valem até o dia 17 de março. Os descontos podem chegar a 95% e são válidos para débitos gerados até 31 de dezembro de 2018, inscritos na dívida ativa ou não.

Vale destacar que 25% do valor arrecadado será repartido com os municípios, obedecendo ao critério do Índice de Participação dos Municípios (IPM). A última edição do programa de recuperação de crédito estadual foi encerrada em março deste ano. Na oportunidade, o governo arrecadou cerca de R$ 100 milhões.

NOTA PREMIADA

Outra ação da gestão estadual para aumentar a arredação do ICMS foi a instituição da Nota MS premiada. A campanha da gestão estadual passou a valer no dia 1° de janeiro; desde essa data, a cada compra a partir de R$ 1, o consumidor tem direito de exigir o CPF na nota fiscal. Com a ação, além de evitar a sonegação de impostos, o consumidor concorre a R$ 300 mil em prêmios.

O titular da Sefaz afirmou que o programa teve sua parcela de contribuição nos resultados. Também foi registrado incremento na quantidade de notas fiscais com CPF. O número, que em certas ocasiões não passou de 9%, chegou a 17,5%. A meta do governo é bater o recorde de 30%, tornando Mato Grosso do Sul o estado com mais cadastros de pessoas físicas nos cupons. “É uma mudança de cultura. Creio que, com o tempo, o programa que já deu certo vai superar ainda mais as nossas expectativas”, completou Mattos.

De acordo com o chefe da Unidade de Educação Fiscal da Sefaz, Amarildo Cruz, foram mais de 5,227 milhões de notas fiscais com CPF no mês de janeiro. Sobre a participação no aumento da arrecadação, o fiscal disse que nenhuma previsão neste momento é segura. “Depende dos valores das notas, ainda não temos esses números fechados. A previsão é de aumento [da arrecadação], mas por enquanto não dá para mensurar. Teremos números seguros entre março/abril”, contextualizou.

Receita corrente líquida

A receita corrente líquida – quando consideradas receitas e despesas – de janeiro de 2020 ficou 23% maior que a registrada em 2019. Neste ano, a gestão estadual registrou R$ 1,205 bilhão contra R$ 974,495 milhões em janeiro de 2019.  

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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