O saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício foi negativo em Mato Grosso do Sul, com 31 empresas fechadas a mais do que as empresas abertas no primeiro semestre deste ano. Dados foram divulgados hoje pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar do resultado negativo, os números representam uma recuperação, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Economista da Fecomércio/MS, Daniela Dias, disse ao Correio do Estado que muitas empresas continuam fechando, mas em ritmo menor do que em 2017.
"O que a gente tem percebido, enquanto compartamento e atá analisando dados da Jucems [Junta Comercial], é que estava tendo uma abertura grande de empresas e fechamento grande. Um dos fatos que ocasiona isso está relacionado ao surgimento de Microempreendorres Individuais (MEIs), que as vezes surgem como alternativa de renda, mas não tem visão empreendedora de longo prazo e a sobrevivência é volátil", disse a economista.
Ainda segundo Daniela, outro fato que contribui para o fechamento de empresas é a instabilidade econômica, que está em lenta recuperação e os investimentos exigem cautela.
"A gente observa que ano passado a velocidade de fechamento de empresa foi maior. Empresas continuam fechando, mas a velocidade está tendo redução e faz parte do processo de recuperação", avaliou.
Conforme a economista, no primeiro trimestre de 2016, foram fechados 633 estabelecimentos comerciais. No mesmo período do ano passado, o número de empresas fechadas foi de 113. Já em 2018, o fechamento 5% menor do que em 2017, com fechamento inferior de 100 lojas até o fim do ano.
"A greve dos caminhoneiros impactou significativamente e o consumo caiu. Agora, tem os impactos das eleições e a projeção é que a trejetória continue e o fechamenbto de lojas deve ser menor", concluiu Daniela.
No Brasil, o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais voltou a crescer entre janeiro e junho deste ano, com um incremento de 2.252 pontos de venda.