Economia

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Informalidade chega a 25%
em Mato Grosso do Sul

Universo do setor é de 40 mil trabalhadores

DANIELLA ARRUDA

28/07/2017 - 06h00
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Informalidade alcança 25% dos trabalhadores na construção civil em Mato Grosso do Sul. A projeção, que equivale a 10 mil pessoas num universo de 40 mil trabalhadores, só não é maior porque indicadores econômicos como inflação dentro da meta, reduções seguidas da taxa Selic (sinalizando queda dos juros até o fim do ano) e gradativa recuperação dos índices de confiança do empresariado apontam para uma estabilização do setor no Estado, após dois anos seguidos de retração.

Entre janeiro de 2015 e junho deste ano, a construção civil sul-mato-grossense perdeu 2.079 postos de trabalho: foram 57.584 admissões e 59.663 desligamentos, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. 

No entanto, a não retomada de investimentos por parte do poder público preocupa o setor.

“Há uma característica muito grande de informalidade no nosso mercado. Mas enquanto houver instabilidade política e jurídica, é muito difícil entabular uma base de crescimento. A meta já se fez, há um teto de gastos aprovado, aprovou-se a reforma trabalhista, mas não se alinha produtividade e eficiência com instabilidade econômica. Se o custo da máquina pública permanecer como está e não houver investimento, não se recupera o setor. O governo não pode se limitar apenas a pagar funcionário, tem que fazer investimento”, alerta o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul, Amarildo Melo, entidade que tem 297 empresas associadas no Estado. Em Mato Grosso do Sul, são ao todo 1.800 empresas atuando no ramo da construção.

Presidente do Sindicato da Habitação do Estado (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto aposta numa redução da margem de informalidade da construção civil a partir do ano que vem em decorrência de uma outra situação de mercado — a entrada em vigor das novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida.

 “Pelo MCMV, só poderá vender (imóveis) quem tiver CNPJ”, explicou.  Pela normatização, que entrou em vigor em novembro do ano passado, pessoas físicas podem participar do programa desde que as unidades habitacionais sejam vendidas até 31 de dezembro de 2018.

QUALIFICAÇÃO

Outro gargalo do setor, a falta de qualificação, começa a ser combatido neste ano por meio da oferta de cursos na Escola Senai da Construção, inaugurada ontem em Campo Grande.

Com 2.100 vagas em 81 cursos, 70% deles gratuitos, o espaço fica situado no cruzamento da Avenida Rachid Neder com a Rua Caxias do Sul, no Bairro Coronel Antonino e vai oferecer no primeiro ano de funcionamento cursos de pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, encanador, gesseiro, técnico em edificações, tecnólogo em construção, técnico em móveis, marceneiro, desenhista em CAD e técnico em segurança do trabalho, nos períodos matutino, vespertino e noturno.

O foco de atendimento é a indústria da construção e o setor moveleiro.

DATA COMEMORATIVA

Dia das Mães tem mais adeptos, mas gasto menor previsto para 2024

Pouco criativo, grande parte do sul-mato-grossense deve presentear pela "escolha da mãe", com foco em roupas e perfumaria

15/04/2024 12h37

Há uma preferência de 77% do público considerando o desconto à vista como principal atrativo na hora da compra Marcelo Victor/ Correio do Estado

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Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS) e o Sebrae MS mostram que para o próximo 12 de maio, - quando é celebrado o Dia das Mães - o campo-grandense pretende gastar menos com as matriarcas neste ano, enquanto o número de adeptos às celebrações registra alta. 

Ou seja, ainda que os percentuais de quem deve comemorar e aqueles que vão às compras para o Dia das Mães tenham crescido neste ano (4,17 e 6,51%, respectivamente), a movimentação total tem previsão de queda estimada em 7%. 

Dos R$ 478,82 milhões previstos a serem movimentados no total, as comemorações representam maior parte desse volume (R$ 254,93 mi), enquanto os gastos com presentes devem movimentar quase 224 milhões de reais em 2024. 

Além da Capital, essa pesquisa da Fecomércio teve coleta nos municípios de Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá-Ladário e Três Lagoas, realizada na primeira semana de abril com 1994 pessoas, revelando algumas características do perfil de gastos do sul-mato-grossense para com as matriarcas. 

Economista do Instituto, Regina Dedé de Oliveira esclarece que, entre os motivos dessa retração, aparece principalmente a previsão dos gastos médios com presentes e comemorações menores, considerando o valor real.

Gastando em média R$ 211,79 com presentes e R$ 219,22 nas celebrações, há uma preferência de 77% considerando o desconto à vista como principal atrativo na hora da compra, que sinaliza uma tendência para o setor do comércio. 

“O comerciante precisa ficar atento à tendência de pagamento à vista, mediante descontos e também levar em conta em suas estratégias que o bom atendimento, condições de parcelamento e variedade são itens importantes para a decisão de compra”, explica Regina Dedé. 

Criatividade em falta? 

Apesar do aumento entre quem já demonstrou que deve valorizar sua matriarca nesse 12 de maio, alguns pontos indicam quase um "cumprimento de protocolo" por parte dos consumidores, com a maioria se resumindo a presentear pela "escolha da mãe" (39,97%), em uma loja física (87,26%) do centro (65,10%), tendo "roupas" como o principal alvo de compras (29%). 

Fechando o "Top 5" produtos na mira de compra para o Dia das Mães, aparecem os seguintes itens: 

  • Perfumes e cosméticos - 26%
  • Calçados - 18%
  • Bolsas e acessórios - 12%
  • Flores - 10% 

Com o comércio dos bairros figurando como o segundo mais visado por quem pretende comprar para o Dia das Mães (15,72%), sendo que a aquisição virtual de produtos inclusive de lojas físicas (6,76%) aparece logo após a presencial, a preferência por compras online aparece até mesmo na frente das escolhas pelos shoppings. 

Reprodução/IPF-Fecomércio

Parte dessa "falta de criatividade" ainda fica sinalizada no indicador de que pouco mais de um porcento dos entrevistados demonstrou apreço para além do dinheiro gasto e indicou que pretende fazer o presenta a ser dado nesse dia das Mães. 

Considerada como uma das principais datas que impulsionam o comércio, até mesmo o movimento dos supermercados deve sentir a vontade do sul-mato-grossense em celebrar as mães, já que 80,85% das comemorações são descritas como "um dia reunido em família, comprando ingredientes para uma refeição". 

Analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel comenta a chance dos comerciantes em "prospectar novos clientes", justamente pelo apelo emocional que vem junto do Dia das Mães.

"É uma oportunidade das pessoas expressarem o seu o reconhecimento pelas suas mães... e isso foi refletido nos resultados da pesquisa de intenção de consumo. Então, essa data acaba sendo uma grande oportunidade para o empresário fortalecer os seus laços com seus clientes e adquirir novos clientes também", complementa o profissional em nota. 

Enquanto quase onze porcento não possui o hábito e 7,65% está sem dinheiro, há quem destaca que "acha uma data inventada pelo comércio" (5,91%), mas a maioria esmagadora entre quem não deve presentar nessa data (71,13%) já passou pelo falecimento da própria mãe. 

 

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TRÊS LAGOAS

Petrobras anuncia retomada das obras da UFN3 para o fim do ano

Na última sexta-feira, Eduardo Riedel pediu ajuda ao presidente Lula para a conclusão da obra

15/04/2024 12h00

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas Reprodução

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As etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano, segundo a Petrobras. A estatal anunciou que o processo licitatório para o reinício das obras deve ser aberto em dezembro de 2024.

A expectativa é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na última sexta-feira (12), o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, em entrevista a CNN, que as obras serão retomadas. 

Na entrevista, ele rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia a realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano”, disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.

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