O Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) divulgou nesta sexta-feira (18), o índice acumulado da inflação no período de 2018, em Campo Grande. O valor registrado somou 3,7%, ou seja, ficou 21,6% abaixo da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que foi 4,5%.
Conforme informado pelo Nepes que calcula também, o Índice de Preço aos Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), o resultado destacou ainda a inflação de dezembro, 0,14%, considerado o menor indicador para o período desde 2007 que foi de - 0,02%.
Segundo o coordenador da pesquisa, Celso Correia de Souza, vários motivos contribuíram para o resultado da inflação na capital de Mato Grosso do Sul.
" A estabilização do valor do dólar frente ao real após as eleições pode ter impactado em quedas de preços de alguns produtos importados como o trigo, máquinas de alta precisão, eletroeletrônicos, gasolina e produtos natalinos em geral. Outros fatores que influenciaram foram o alto desemprego no país, os juros ainda elevados e o grande endividamento da população", avalia.
Outro destaque que inibiu o crescimento da inflação durante o ano foram as frequentes quedas nos preços dos combustíveis, de acordo com o professor.
Em 12 meses, os grupos Habitação e Alimentação tiveram as variações mais altas: 6,42% e 4,66%, respectivamente. Nesse período, o grupo Transportes apresentou uma forte deflação, da ordem de -3,53% e os outros grupos, Educação, Despesas Pessoais, Saúde e Vestuário ficaram com taxas dentro da normalidade.
DEZEMBRO
Na análise apenas do último mês de 2018, os principais responsáveis pela inflação de dezembro foram os grupos: Habitação, com inflação de 0,91% e contribuição de 0,29% para o índice geral de inflação; Alimentação, com 0,90% e colaboração de 0,18%; e Saúde, com inflação de 0,09% e participação de 0,01%.
Com deflações ficaram: Transportes, com deflação de (-1,85%) e contribuição de (-0,28%), Educação com deflação de (-0,12%) e contribuição de (-0,01%), Despesas Pessoais, com deflação de (-0,61%) e contribuição de (-0,05%) e Vestuário, com deflação de (-0,10%) e contribuição de (-0,01%).
*Com informações da Ascom Uniderp