Economia

EM MARACAJU

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Indústria chinesa de processamento de milho começa a operar em outubro

Fábrica vai gerar 300 empregos diretos com o início da produção

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As obras da fábrica chinesa, BBCA, de processamento de milho em Maracaju seguem aceleradas. A produção de amido e farelo de milho já deve ser iniciada em outubro deste ano. As informações foram confirmadas nesta quarta-feira (22) em visita do governador ao estande da BBCA na Showtec.

De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a notícia é positiva para a economia estadual. “A BBCA nos apresentou uma série de produtos que a empresa já fabrica na China, como tecidos e produtos biodegradáveis. Também foram apresentados os produtos que serão feitos na fábrica em Maracaju, iniciando pelo amido. Eles informaram que as obras da indústria estão em ritmo forte e, em outubro, inicia a produção de amido e farelo de milho. Essa é uma notícia positiva, pois consolida mais um investimento em Mato Grosso do Sul, o que é fundamental na geração de mais empregos no Estado”, informou Verruck.

Segundo o diretor-geral da BBCA no Brasil, Hailong Huang, nessa fase da obra estão sendo gerados 64 empregos brasileiros. Quando a indústria iniciar a produção serão gerados 300 empregos diretos. Atualmente, 104 pessoas trabalham nos escritórios da empresa no Brasil, em Maracaju e São Paulo.

A unidade da BBCA em Maracaju vai processar 200 mil toneladas de milho por ano na produção de amido e farelo de milho. Esta primeira unidade consumiu US$ 100 milhões de dólares em investimentos.

Conforme informado ao Correio do Estado, o grupo começou a compra do cereal produzido na última safrinha na região. “São dois silos, de 60 mil toneladas cada um, que vamos encher, para a nossa produção”, afirmou Leo Yan, engenheiro sênior da BBCA, durante encontro entre empresários chineses e brasileiros em Campo Grande, em junho do ano passado. 

Diferente do que foi especulado quando a BBCA anunciou sua vinda ao Estado, os produtos da esmagadora de milho serão comercializados em território brasileiro. “Na China, a BBCA tem grandes plantas e lidera o mercado. Nosso investimento é uma aposta no Brasil”, revelou Yan.

Outros produtos

O projeto de instalação da indústria teve início em 2013, com a promessa de investimento de US$ 1,2 bilhão (R$ 4,4 bilhões). Para o futuro, de acordo com as informações de Huang, o plano é que a indústria produza produzir o plástico PLA (ácido polilático). Para que isso ocorra o investimento será superior a US$ 1 bilhão  serão aplicados na fabricação de produtos químicos voltados à indústria alimentícia e de embalagens. 

A BBCA em Maracaju será a primeira unidade do Brasil a produzir o plástico PLA em escala industrial. A resina é praticamente idêntica ao plástico produzido a partir de combustíveis fósseis, com a diferença de que é biodegradável. Os executivos da BBCA informaram que o plástico PLA feito em Maracaju será exclusivamente para abastecer o mercado brasileiro e latino-americano. 

A planta ainda atuará na cogeração de energia. O projeto – que no auge deve processar 1,2 milhão de toneladas de milho – também terá a capacidade de produção anual de 150 mil toneladas de ácido cítrico, 60 mil toneladas de xarope de maltose, 300 mil toneladas de amido de milho, 60 mil toneladas de dextrose cristalina, 150 mil toneladas de lisina e outros subprodutos relacionados.

A capacidade levará a chinesa ao topo da produção mundial de ácido cítrico, além de consolidar o grupo como um dos maiores produtores de vitaminas A, B, C e E.

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

Economia

Bolsa sobe com impulso da Petrobras; dólar passa a cair

Investidores aguardam divulgação de índice de inflação acompanhado pelo Fed

22/04/2024 17h00

Arquivo/Agência Brasil

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A Bolsa brasileira engatou alta no início da tarde desta segunda-feira (22) com apoio das ações da Petrobras, que avançavam quase 2%.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos sobre o pagamento dos dividendos da petroleira. Na sexta (19), a Folha noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.

A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.

Em comunicado ao mercado, a estatal disse que a maioria do conselho considera satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da empresa no curto, médio e longo prazo de modo que a eventual distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

"Eventual distribuição dos 50% remanescentes pela companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do exercício corrente", disse a Petrobras.


No câmbio, o dólar registrou alta durante a manhã, mas passou a registrar queda ante o real, num movimento de correção após forte alta na última semana.

Investidores estão à espera dos dados do índice de inflação americano PCE, o preferido do Federal Reserve (banco central americano), na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Às 13h50, o Ibovespa subia 0,61%, aos 125.88 pontos, enquanto o dólar recuava 0,32%, cotado a R$ 5,182. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras subiam 1,87%.
Investidores também seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.
No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

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