Economia

UNIDADE DE FERTILIZANTES

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Grupo da Rússia investirá
R$ 8,2 bilhões em fábrica de fertilizantes

Conglomerado Acron vai desembolsar R$ 3,2 bi pela planta da Petrobras e aplicar mais R$ 5 bi

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O conglomerado russo Acron Group vai investir R$ 5 bilhões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras (UFN-3), em Três Lagoas, e pagar R$ 3,2 bilhões à Petrobras pelas obras executadas, além dos R$ 40 milhões a 178 fornecedores que levaram o calote da estatal brasileira. Esse é o compromisso a ser firmado com a assinatura do contrato até setembro deste ano, que sacramenta a transferência integral da unidade para a empresa russa.

Este processo de venda, anunciado em outubro do ano passado e que teve seis empresas interessadas –,  caminhou para a finalização quando, no dia 9 de maio deste ano, a Petrobras divulgou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fato relevante no qual dava-se início às negociações, em regime de concessão de exclusividade com o grupo Acron, por um período de 90 dias.

Um mês antes, em abril, o Correio do Estado divulgou, após ouvir o senador Pedro Chaves (PRB-MS), que o conglomerado russo teria fechado o pré-acordo para adquirir o controle acionário da UFN-3.

Antes de colocar à venda a fábrica de fertilizantes, a Petrobras investiu R$ 3,2 bilhões para executar 83% das obras – a estimativa era de o comprador ter de investir mais US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) para que a obra fosse concluída. Este valor, contudo, deve ter aumentado com o passar dos anos, já que a construção está parada desde 2014, o que acarreta desgaste natural.

Esta semana o senador Pedro Chaves, que acompanha todo o processo de negociação desde o início e chegou a fazer ingerências no Tribunal de Contas da União – que estava fiscalizando a gestão da estatal em relação à UFN-3 – para viabilizar a negociação, disse que o grupo russo já bateu o martelo sobre a aquisição.


Para tanto, o Acron “vai ressarcir a Petrobras em R$ 3,2 bilhões (valor que a estatal investiu no empreendimento) e aplicar mais R$ 5 bilhões, além de pagar os R$ 40 milhões que a Petrobras ficou devendo para as empresas de Três Lagoas”.

“Tenho convicção de que dentro do prazo de 90 dias vai estar tudo sacramentado”, afirmou o parlamentar. Ele destacou que a efetivação da venda só foi possível após a Petrobras passar a seguir a Lei das Licitações (Lei 8.666/93).

Para a senadora Simone Tebet (PMDB/MS), que também acompanha todo o processo de perto, esta negociação não será afetada pela decisão da Petrobras de suspender  os processos para a formação de parcerias na área de refino e de desinvestimentos na fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados e na Transportadora Associada de Gás (TAG).

Esta decisão foi tomada após concessão de liminar, na semana passada, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, na qual determinou ser obrigatório o Congresso aprovar a privatização de estatais. “Só falta a assinatura do contrato, que deve acontecer dentro de 60 dias”, ressaltou a senadora sul-mato-grossense.  

Se os dois parlamentares não falaram em data para assinatura do contrato, o  senador Waldemir Moka (PMDB/MS) complementou a informação de Chaves e Tebet ao afirmar que já haveria uma data, sim, mas que não pode divulgá-la por questões do mercado de ações.

“A informação que eu tenho é de que está se ultimando, tem até data para acertar isso, mas não estou autorizado a falar, não posso especular porque pode influenciar na negociação entre o grupo russo e a Petrobras. Não estou autorizado a falar oficialmente, todas as informações nos levam a crer que estão sendo concluídas as negociações”, afirmou o parlamentar, deixando mistério sobre a data.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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