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Governo do Estado garante meio bilhão
de reais com renegociação da dívida

Objetivo que era reduzir valor devido em até 74% fica longe de ser aceito

RODOLFO CÉSAR

20/06/2016 - 19h00
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Mato Grosso do Sul vai garantir R$ 640 milhões em seu caixa com a negociação definida entre os Estados e o governo federal. A proposta foi acertada hoje, em reunião entre governadores e o presidente interino Michel Temer (PMDB) sobre a dívida das federações com a União.

O acerto ficou longe do que o Estado tentava obter que era a efetiva diminuição da dívida, com a mudança do modo de cobrança de juros. O modelo atual é a taxa Selic composta, que levou o valor devido ao patamar de R$ 7,1 bilhões. A negociação tentava transferir o juro para taxa Selic simples, que reduziria essa quantia para R$ 1,9 bilhão.

Como o governo estadual já pagou R$ 2,4 bilhões, sobraria um crédito de R$ 485 milhões. 

Um dos principais parâmetros da renegociação foi que as federações só voltarão a pagar seus débitos a partir de 2017, recebendo carência de seis meses.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que viajou para Brasília hoje, informou que o pagamento mensal estava em R$ 108 milhões. Ao menos para este ano, esse total permanecerá no Estado e deve engordar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 para R$ 14,540 bilhões em receitas.

"Esse recurso vai ajudar o Estado a ter o equilíbrio fiscal porque nós vínhamos tendo cumulativamente um deficit devido a queda da atividade fiscal", disse o governador.

Ainda haverá uma carência de 24 meses para a volta da quitação integral. Essa medida foi determinada para dar fôlego aos cofres estaduais e possibilidade de usar os recursos em outras áreas.

Em nota, o governo do Estado informou que usará o recurso extra para equilibrar deficit cumulativo gerado pela queda na atividade econômica. Também será montado um plano de trabalho para investir o dinheiro em serviços essenciais.

"Do não pagamento até dezembro nós vamos ter o equilíbrio e principalmente garantir alguns serviços essenciais que estavam sendo prejudicados com essa retração da economia, queda da receita e o pagamento da dívida", explicou Reinaldo Azambuja.

PRAZO ALONGADO

A partir de janeiro de 2017, o desconto de 100% será reduzido gradualmente até junho de 2018. Quem tem liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendia o pagamento precisará retirar a ação e pagar o resíduo do período que ficou beneficiado em 24 meses.

A renegociação alongou para 20 anos o pagamento dos débitos com o governo federal. Esses descontos dados agora serão cobrados no final da carência.

OUTROS ESTADOS

São Paulo e Rio de Janeiro terão negociação diferenciada porque o montante devido é maior que o das demais federações. 

Já as dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) serão alongadas em mais dez anos, com quatro anos de carência. Os valores contraídos por conta da Copa do Mundo ficaram de fora desse acordo. O impacto fiscal para o governo federal ficou em torno de R$ 28 bilhões.

CONTRAPARTIDAS

Para fechar a negociação, os entes federativos precisam incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teto ao crescimento de gastos à inflação do ano anterior. Haverá também restrição a aumentos salariais ao servidores pelos próximos dois anos. O máximo será a inflação do período.

Os Estados também precisarão facilitar a entrega de ativos estaduais para União em troca da quitação ou abatimento da dívida.

CALENDÁRIO  DE REDUÇÃO DAS PARCELAS

2016
Julho - 100% da parcela
Agosto e setembro - 90%
Outubro e novembro - 80%
Dezembro e janeiro (2017) - 70%

2017
Fevereiro e março - 60%
Abril e maio - 50%
Junho a dezembro - 40%

2018
Janeiro e fevereiro - 30%
Março e abril - 20%
Maio e junho - 10%
Julho - 0%

*Colaborou Folhapress

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

Divulgação

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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