Economia

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Geração de emprego foi a maior em seis anos

No período de janeiro a dezembro do ano passado foram 12.599 colocações a mais

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Mato Grosso do Sul apresentou o melhor resultado na geração de empregos em 2019. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, apontam que de janeiro a dezembro de 2019 foram admitidas 253.278 pessoas contra 240.679 demitidas, ou seja, 12.599 empregos a mais no período. 

A última vez em que o Estado gerou mais empregos que no ano passado foi em 2013,  quando 19.422 trabalhadores terminaram o ano empregados. Em 2014 foi registrado o último saldo positivo (2.043). De 2015 a 2018 foram anotadas mais demissões do que contratações em MS, ou seja, quatro anos de saldos negativos na geração de emprego formal. 

O setor de serviços figura com o maior saldo positivo do ano, com 7.950 novas vagas, saldo de 93.092 admissões e 85.142 desligamentos. O comércio vem na sequência com 3.557 novos contratos assinados em 2019, resultado de 65.292 trabalhadores contratados contra 61.735 demitidos no ano. De acordo com a economista da Federação do Comércio de Bens, de Serviços e de Turismo (Fecomércio-MS), Daniela Dias, o ano passado foi finalizado de uma forma mais otimista.

“O desemprego teve uma redução, não se pode dizer que a economia tenha tido a recuperação plena, mas houve sim uma evolução desse cenário. Na questão da empregabilidade a gente percebe que 2019 foi marcado por mais admissões do que demissões e um dos fatores que contribuiram para isso foi o comércio de bens e serviços. Um dos motivos que podem justificar esse comportamento é a característica de MS, por ter uma dependência do comércio de bens, serviços e turismo. Para o Estado mais de 60% dos empregos e das empresas são oriundos do setor, além de ser responsável por mais 50% do PIB”, explicou Daniela. 

A economista ainda reforça que outros fatores também contribuíram, como o aumento da expectativa do empresariado. “Se o empresário tem expectativas mais positivas quanto ao cenário de vendas, tem mais propensão a contratar. Foi esse o cenário em 2019 e já começamos 2020 com o índice de confiança do empresário sendo o maior registrado desde 2010. Então o ano tem tudo para ter um resultado melhor que do ano passado, claro se o cenário permanecer como está”, afirmou Daniela. 

Além de comércio e de serviços também registraram saldo positivo no ano o setor da agropecuária (537), a indústria de transformação (504), extrativa mineral (98) e serviço industrial de utilidade pública (4). Apenas dois setores tiveram resultados negativos em 2019, a construção civil com 43 vagas de emprego a menos, com 16.909 admissões e 16.952 demissões; e o setor da administração pública, que apresentou saldo negativo em 8 vagas.

MUNICÍPIOS

Entre os municípios de Mato Grosso do Sul, Dourados foi a cidade que mais gerou empregos no ano passado com 6.208 postos de trabalho, resultado de 29.560 contratações e 23.352 desligamentos, seguida de Campo Grande, que acumulou saldo positivo em 1.657 empregos, resultado de 99.544 admissões e 97.887 desligamentos. 

Ainda entre os resultados positivos na geração de empregos, estão Três Lagoas (753), Sidrolândia (403), Nova Andradina (293), Coxim (232), Maracaju (159), Aquidauana (137), Naviraí (134) e Amambai (102). 

Já entre os que demitiram mais que contrataram em 2019, Rio Brilhante lidera o ranking com saldo de 461 vagas perdidas, resultado de 3.186 admissões e 3.647 demissões. Também registraram saldos negativos Paranaíba (-202), Ponta Porã (-145) e Corumbá (-41).

DEZEMBRO

Em dezembro o saldo de empregos foi negativo, repetindo o desempenho de novembro. Dados da pesquisa apontam que em dezembro de 2019 foram admitidas 13.300 pessoas contra 19.628 demitidas, ou seja, 6.328 empregos a menos no período. Conforme o levantamento, o setor de serviços puxou o movimento negativo e fechou o mês com 2.611 demissões, resultado de 4.659 contratações e 7.270 desligamentos. Também operou com saldo negativo, com 1.612 empregos a menos, o setor da agropecuária, resultado de 1.626 contratações e 3.238. O terceiro setor que mais teve demissões foi a indústria de transformação, que admitiu 1.701 trabalhadores e demitiu 2.912, saldo de -1.211.

Ainda apresentaram diminuição no número de trabalhadores os setores da construção civil (-819), comércio (-38), extrativa mineral (-33), administração pública (-4) e o serviço industrial de utilidade pública, que apresentou saldo zerado com 64 admissões e 64 demissões. Nenhum setor registrou geração de empregos positiva em dezembro.

PAÍS

O Brasil fechou 2019 com o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde 2013. Dados do Caged de dezembro mostram que houve a geração de 644.079 vagas de emprego formal no País em 2019, o que significa 115 mil postos a mais do que o registrado em 2018. Com isso, o estoque de empregos com carteira assinada chegou a 39 milhões de vínculos – em 2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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