Economia

ACORDO

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Estatal boliviana de gás natural
vira sócia da russa Acron na UFN3

O principal reflexo desse acordo é a retomada da fábrica de fertilizantes inacabada em Três Lagoas

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A YPFB, empresa estatal de energia da Bolívia, selou acordo com a gigante russa de fertilizantes Acron para fornecer gás às unidades da empresa no Brasil, entre elas a fábrica de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul (UFN3).

O acerto foi divulgado pelas duas partes nesta semana e possibilitará a venda de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia pela empresa pública boliviana para o grupo russo por um período de 20 anos, válido a partir de 2023.  

De acordo com informações da agência Reuters, além de se tornar fornecedora da Acron no Brasil, a YPFB também será sócia da empresa russa na UFN3 em Três Lagoas, com uma fatia de 12% na fábrica e a opção de ampliar a participação para 30%. “Hoje, consolidamos um novo mercado para o gás boliviano”, disse o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez.

Para Mato Grosso do Sul, o principal reflexo desse acordo é a retomada da fábrica de fertilizantes inacabada em Três Lagoas desde dezembro de 2014 e com 83% das obras já concluídas. 

“A matéria-prima da UFN3 é gás, já que ela é uma separadora e são três produtos separados: ureia, amônia e CO2. Não existe UFN3 sem o gás natural. Do ponto de vista do fornecimento de longo prazo, é fundamental porque resolve o problema de matéria-prima. Mato Grosso do Sul ganha, porque são 2,2 milhões de metros cúbicos que passarão pelo gasoduto, gerando arrecadação em ICMS”, destacou o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

Ainda segundo o titular da Semagro, o acordo selado entre YPFB e Acron implica que a Bolívia terá de reduzir preço. 
“Foi fechado o volume, o prazo, que é de 20 anos, e o valor, que não foi divulgado. A validade é a partir de 2023, portanto, é um prazo condizente com o que vem sendo tratado até agora pelos russos com o governo do Estado”, comentou. 

Outra sinalização importante é que a empresa ingressou com pedido na Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), com a intenção de abrir escritório de representação em Campo Grande.

Incerteza

Porém, se existe um cenário positivo para a redução de preços do gás em função do acordo Bolívia-Rússia, incertezas relacionadas à desregulamentação do mercado trazem preocupação. Na última semana, por exemplo, a Petrobras assinou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no qual se comprometeu a vender ativos de gás no país, entre eles a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG, com participação da Petrobras de 51%). 

Além disso, vence no fim deste ano o prazo de contrato da Petrobras para importação de gás por meio do Gasbol. O gasoduto passa por cinco estados, tem capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia e começou a operar em 1999.

Essa conjuntura deve ser objeto de reunião das equipes de governo em breve. “Estamos com um conjunto de variáveis e ainda não conseguimos definir quais serão os impactos. Temos um gasoduto de 30 milhões de metros cúbicos e isso impacta sobre a arrecadação. Haverá o vencimento do contrato da Petrobras com a Bolívia, que hoje é de 24 milhões de m³ e termina agora [fim de 2019]. Nosso ponto de vista é acerca do volume de gás que será comprado da Bolívia. O que se tem sinalizado até agora são 6,5 milhões de m³ e a MSGás lançou um edital para 3 milhões de m³, do qual a Bolívia está participando. Então, existe um cenário positivo, que é a redução de preços do gás, mas temos a questão do ICMS. Em junho, passaram pelo gasoduto 13 milhões de m³ e isso reflete sobre o ICMS”, completou.

Fornecimento

O ministro boliviano Luis Alberto Sánchez disse ainda que a YPFB e a russa Gazprom concluíram a negociação de contrato para exploração da área de Vitiacua, um reservatório de gás natural com fontes renováveis estimadas em 2,13 trilhões de pés cúbicos.

De acordo com a autoridade da Bolívia, o projeto necessitaria de um investimento de cerca de US$ 1,1 bilhão e poderia produzir ao redor de 12 milhões de metros cúbicos diários de gás até 2028.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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