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Estado tenta empréstimo internacional de R$ 1 bilhão para equilibrar contas

Arrecadação de MS em 2020 tem estimativa de prejuízo de R$ 1,4 bilhão

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O governo de Mato Grosso do Sul projeta um rombo de R$ 1,4 bilhão na receita com impostos prevista para este ano, por causa da desaceleração econômica do Estado causada pelas medidas de isolamento para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Já prevendo perder o montante significativo, o governador Reinaldo Azambuja negocia empréstimo de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) com bancos internacionais.  

Para isso, dependerá da aprovação da medida de socorro aos Estados, o Plano Mansueto, em pauta desde o ano passado e que deve ser votado nesta terça-feira no Congresso Nacional.  

Em alguns setores da economia, essenciais para a receita de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a queda na receita chega a 40%. “É o caso de setores como combustíveis, energia elétrica”, disse o governador Reinaldo Azambuja em entrevista ao telejornal MS1, da TV Morena.

Durante a entrevista, Azambuja disse que o Estado depende 90% da arrecadação do ICMS para sobreviver.  

“Estamos analisando a prorrogação do ICMS para o microempreendedor e para as pequenas empresas. O governo federal garantiu o fundo de participação dos estados, tem estado que depende 70% do fundo, MS não. O Estado sobrevive de ICMS, 90% da nossa receita é com esse imposto”.

Apesar da projeção de perdas, conforme as informações do Portal da Transparência, a arrecadação estadual em março, contabilizando apenas as receitas, foi maior que no mês imediatamente anterior.  

Em fevereiro, Mato Grosso do Sul arrecadou um total de R$ 1,275 bilhão. Enquanto em março, quando começaram as medidas de isolamento social, a receita total teve R$ 232 milhões a mais, somando R$ 1,507 bilhão.

O ICMS arrecadado pelo Estado também foi maior no comparativo mensal. Em fevereiro, foram R$ 478, 740 milhões com a principal receita de MS, já em março o montante chegou a R$ 536,758 milhões.

EMPRÉSTIMOS

Outros estados já fazem movimentações semelhantes neste sentido. São Paulo, por exemplo, já articula empréstimo de US$ 100 milhões com o Banco Mundial. O dinheiro, caso liberado, será utilizado para investimentos na área da saúde.

Já o estado de Santa Catarina, informa o jornal O Globo, articula crédito de US$ 344 milhões com o Bank of America.

Pará, Ceará e Rio Grande do Norte também têm projetos para crédito internacional.  

Todos eles dependem do Plano Mansueto. No caso de novos financiamentos, o gargalo é a exigência de aval do Tesouro Nacional, que não pode ser concedido hoje por causa da fragilidade fiscal de muitos governos estaduais. A expectativa é de que a aprovação do chamado Plano Mansueto, que flexibiliza essas regras e deve ser votado na Câmara nesta terça-feira, permita um reforço nos recursos para fazer frente à pandemia.

Governo e Assembleia liberam R$ 20 milhões a municípios 

Os Fundos Municipais de Saúde dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul vão receber R$ 20 milhões dos R$ 36 milhões destinados aos deputados estaduais por meio de emendas parlamentares.  

Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), os recursos poderão ser usados livremente pelos prefeitos para as ações de combate à pandemia da Covid-19.  

A medida foi possível por meio de um acordo firmado entre Azambuja e o deputado estadual Paulo Corrêa, presidente da Assembleia.  

Reinaldo Azambuja destacou que a iniciativa é dos próprios parlamentares e que não existe burocracia envolvendo o uso dos recursos, os quais serão depositados e automaticamente os prefeitos poderão utilizá-los na gestão da Saúde.

“Eu fui procurado pelo presidente da Casa (Paulo Corrêa), pelos líderes e por todos os deputados. Nós acordamos com a Assembleia Legislativa em destinar mais de R$ 20 milhões para os 79 municípios. É um ato dos deputados que destinaram grande parte das emendas [para os fundos municipais de saúde]”, disse Azambuja durante entrevista. 

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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