Economia

MUDANÇA

Empresas poderão escolher de onde comprar energia elétrica

Livre captação de energia por parte dos consumidores amplia acesso ao mercado

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O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no dia 16 deste mês no Diário Oficial da União a Portaria n° 465/2019, que trata das possibilidades de livre contratação de energia elétrica por parte dos consumidores. A medida amplia o número de consumidores que podem ter acesso ao mercado livre, ou seja, podem escolher de qual concessionária comprar a energia elétrica.

O limite mínimo atual de carga é de 2.500 quilowatts (kW). Hoje, consumidores com carga entre 500 kW e 2.500 kW podem comprar energia do Ambiente de Contratação Livre (ACL) excepcionalmente, desde que seja de projetos de fontes renováveis complementares (eólica, solar, pequenas hidrelétricas ou térmicas a biomassa).

De acordo com o engenheiro eletricista, projetista e consultor em energia Ricardo Campos, a principal mudança é que antes o limite era estipulado por consumo e agora por carga instalada. 

“Na prática, teremos acesso de mais empresas ao mercado livre. Funciona assim, a concessionária local compra energia nos leilões de energia elétrica e revende para o consumidor. As indústrias já tinham a possibilidade de ir comprar direto desse fornecedor, só que o limite atual para entrar no mercado livre é de 500 kW de demanda, significa 500 kW funcionando ao mesmo tempo pelo menos15 minutos em um mês. Isso vai mudar para carga instalada, independente da demanda que a empresa tenha em um único empreendimento ou em vários do mesmo dono”, explicou. 

Campos exemplificou a diferença entre carga instalada e demanda comparando com uma casa de cinco cômodos. “Em cada peça tem uma lâmpada de 100 Watts e você mora sozinho. Sua carga instalada é de 500 watts [considerando os cinco cômodos], mas você acendeu apenas uma lâmpada, então sua demanda é de 100 Watts”.

Para o engenheiro, a medida efetivamente amplia as possibilidades de qualquer empresa comprar energia do mercado livre. Ele explica que o sistema de energia elétrica é um só, a concessionária compra do sistema, e esse consumidor de alta tensão também. “Mesmo comprando de outra concessionária, por exemplo, aqui em MS quem distribui é a Energisa, então, mesmo que essa empresa compre de outro lugar, vai pagar ‘o aluguel’ do transporte para eles. Acredito que compensa para todas as empresas. O que o empresário vai verificar é se vale ou não o investimento para instalar. Para ter acesso a isso, a indústria precisa ter o próprio transformador e um relógio que transmite via radiofrequência. Para instalar o sistema, o empresário investe entre R$ 70 e R$ 100 mil. Principalmente para grandes empresas o retorno será rápido”.
 
MUDANÇAS

A portaria nº 465/2019 ainda informa que a partir de 1° de janeiro de 2021 os consumidores com carga igual ou superior a 1.500 kW, atendidos em qualquer tensão poderão optar pela compra de energia elétrica de qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional.

Já em 1° de janeiro de 2022, os consumidores com carga igual ou superior a 1.000 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão comprar energia elétrica de qualquer autorizado. Em janeiro de 2023, os que consomem carga igual ou superior a 500 kW poderão optar pela compra do ACL.

Conforme o Ministério de Minas e Energia, a portaria é fruto do amadurecimento desse tema ao longo dos últimos meses, por meio das análises que vêm sendo realizadas pelo Ministério, no âmbito do grupo de Modernização do Setor Elétrico. 
“O objetivo almejado para esta decisão é o de conferir maior eficiência e competitividade ao mercado, além de estar alinhada aos padrões internacionais de liberdade de escolha do consumidor”, informou em nota.

ESTUDO

A portaria ainda determina que até 31 de janeiro de 2022 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) devem apresentar estudo das medidas regulatórias necessárias para abertura do mercado livre para os consumidores com carga inferior a 500 kW, incluindo o comercializador regulado de energia, e a proposta de cronograma de abertura iniciando em 1° de janeiro de 2024

 

 

Economia

Etanol fica quase 2% mais caro na primeira quinzena de dezembro, aponta IPTL

O preço médio do etanol nos postos brasileiros na primeira quinzena de dezembro foi de R$ 4,50

15/12/2025 19h00

Foto: Arquivo

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O preço médio do etanol nos postos brasileiros na primeira quinzena de dezembro foi de R$ 4,50, o que representa uma alta de 1,81%, ou R$ 0,08, na comparação com o mesmo período de novembro, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). A gasolina, por sua vez, inicia dezembro estável.

No caso do etanol, a maioria das regiões apresentou alta, com destaque para o Sudeste, com aumento de 2,31% (média de R$ 4,42, menor média do País).

Já o Nordeste apresentou a maior queda para o etanol do período, de 1,04% (R$ 4,75). O Norte seguiu com o etanol mais caro do Brasil, com média de R$ 5,20 (-0,19%).

A alta reflete um movimento comum dessa época, quando o produto começa a ficar menos disponível e o valor acaba subindo, explica em relatório o diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas.

Considerando as médias por Estados, a maior alta do País no período ocorreu em Minas Gerais, de 2,90%, alcançando o preço médio de R$ 4,61.

Já a maior redução do biocombustível foi registrada no Rio Grande do Norte, de 5,56%, que fez com que o preço médio do biocombustível neste Estado recuasse a R$ 4,59.

O levantamento, com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados, aponta que o preço médio da gasolina na primeira quinzena de dezembro foi de R$ 6,33.

Nas análises regionais do mesmo período, o IPTL registrou que, apesar da estabilidade nacional, a maioria das regiões apresentou queda no preço médio da gasolina, com destaque para o Norte, com queda de 0,44% (R$ 6,79, maior média do País entre as regiões).

O Sudeste teve a gasolina mais competitiva, com média de R$ 6,22, apesar de ter registrado a maior alta do período, de 0,48%.

Considerando as médias por Estados, a maior alta para a gasolina foi verificada em Minas Gerais, onde o combustível chegou a R$ 6,26 após aumento de 0,64%.

Já o Estado com a maior redução no preço médio da gasolina foi o Rio Grande do Norte, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,10, após queda de 3,02%.

Na primeira quinzena de dezembro, o menor preço médio da gasolina foi registrado na Paraíba, a R$ 6,08 (estável). A gasolina com o maior preço médio do País foi registrada em Roraima: de R$ 7,41(estável).

Já o etanol mais caro do País na primeira quinzena de dezembro foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,45 (-0,37%).

A Paraíba foi o Estado com o etanol mais barato, com preço médio de R$ 4,29, um recuo de 2,28% em relação à primeira quinzena de novembro, de acordo com o IPTL.

Economia

Multas do Procon podem ser pagas com desconto até 23 de dezembro

Os 45% de desconto estão previstos no programa Refis 2025, e cumpre as normativas publicadas na Lei nº 6.495/25

15/12/2025 16h30

O valor de cada parcela não pode ser inferior a R$ 529,20

O valor de cada parcela não pode ser inferior a R$ 529,20 Divulgação/Procon/MS

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O programa de recuperação de débitos, Refis 2025, permite o pagamento de multas administrativas aplicadas pelo Procon de Mato Grosso do Sul com até 45% de desconto. A medida está prevista em lei e o prazo para adesão vai até 23 de dezembro.

De acordo com o secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti, a medida integra o Refis 2025, do Governo do Estado, e cumpre as normativas publicadas na Lei nº 6.495/25.

“Trata-se de uma oportunidade para a regularização de débitos, mediante a aplicação de desconto de até 45% nos pagamentos à vista, assim como parcelamento em até 60 vezes, com percentuais progressivos entre 20% e 30%”, pontua Motti.

Em caso de parcelamento, conforme a lei, o valor de cada parcela não pode ser inferior a 10 Uferms, o que representa, em dezembro, R$ 529,20.

Como funciona

Interessados em aderir ao programa devem preencher um “requerimento de adesão” e protocolar o documento junto ao Procon Mato Grosso do Sul até o dia 23 de dezembro, a fim de garantir tempo hábil para o processamento da documentação.

A entrega do requerimento pode ser realizada de forma presencial na sede da instituição, localizada na Rua Padre João Crippa, nº 3115, em Campo Grande. Uma outra forma é enviar a documentação ao e-mail [email protected], com cópias para [email protected] e [email protected].

Ficam de fora do processo apenas os débitos não tributários inscritos em dívida ativa, ajuizados ou não, cuja adesão deve ser encaminhada diretamente à Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Mais informações sobre o Refis do Procon Mato Grosso do Sul podem ser obtidas pelos telefones (67) 3316-9845 e 3316-9855.

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