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Empresários pedem mais segurança
jurídica em novo Código Comercial

Especialista apontou que atual lei emperra desenvolvimento

Renata Volpe Haddad

11/05/2018 - 15h11
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O relator da Comissão Temporária para a Reforma do Código Comercial no Senado, Pedro Chaves, esteve presente na manhã desta sexta-feira (11) em audiência pública na Assembleia Legislativa para ouvir especialistas dos segmentos do setor comercial de Mato Grosso do Sul para incluir propostas no texto. O projeto de lei do Senado (PLS) nº 487, de 2013, é de autoria do senador Renan Calheiros.

O código atual foi elaborado em 1850. A realização dessa audiência aconteceu na Assembleia Legislativa e tratou sobre a atualização e sistematização das normas comerciais e empresariais brasileiras, principalmente das normas referentes ao agronegócio. 

Os participantes do seminário fizeram sugestões e todos citaram algo que é fundamental para ser colocado no novo código: tecnologia e segurança jurídica. 

Chaves esclareceu que só a legislação em relação à Marinha foi atualizada. “Essa atualização vai ser importante porque hoje, com o agronegócio, vamos dar segurança jurídica ao produtor rural, aquele também que faz a comercialização do produto, o integrador e integrado”, comentou. 

O senador citou que hoje o empresário tem dificuldade dentro da empresa. “Vamos diminuir o custo Brasil para dar mais emprego e renda à população e aumentar o número de investimentos”, apontou.

O advogado e professor titular de direito comercial da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fábio Ulhoa Coelho, esteve presente. Ele explicou que Dom Pedro II foi quem editou esse código comercial. “De lá para cá tivemos obviamente várias edições nas leis, mas estava faltando uma reunião novamente das leis de direito comercial, numa lei abrangente, lógica e sistematizada”, alega.

Coelho informou que o novo Código Comercial possui quatro eixos. O primeiro é modernizar a legislação empresarial. “Um dos exemplos é documentação toda em papel. Hoje toda documentação é em banco de dados. Esse ponto será mudado”, detalhou.

O segundo eixo é simplificar as normas de burocracia excessiva. O terceiro ponto comentado por Coelho, trata sobre a melhoria do ambiente de negócio brasileiro. “Precisamos atrair mais investidores, abrir nossa economia globalmente. Os investidores de fora precisam encontrar uma norma em que já estejam familiarizados”, disse. O quarto e último eixo do novo código se refere ao aumento da segurança jurídica. “Os empresários precisam de previsibilidade para poder organizar as atividades e negócios”, finalizou.

O presidente da ALMS, Junior Mochi (MDB), também participou da reunião e segundo ele a discussão é extremamente importante tanto para Mato Grosso do Sul, quanto para o Brasil. “É um novo regramento das atividades comerciais no país e com uma novidade para gente do Estado, porque inclui no texto a questão relacionada ao agronegócio”, afirma. 

CRIPTOMOEDA

Para Mochi, é necessário que o código seja ampliado em alguns aspectos, e um deles é sobre a criptomoeda. “É um assunto que não está sendo tratado. O mercado acaba sendo mais ágil, ele se adequa às realidades, mas é preciso que o legislador esteja atento e passe a ter regramento sobre essas atividades em linhas gerais para permitir que tenhamos segurança jurídica e atrair investimentos”, opinou. 

Representando o governo, o presidente da Junta Comercial e Empresarial de Mato Grosso do Sul (Jucems), Augusto Ferreira, relembrou que para abrir uma empresa em 2015 eram necessários 35 dias. “Diminuímos para oito dias. A partir de agosto, só aceitaremos processos digitais. Vamos facilitar para os empresários, pois agora não há mais a necessidade de ir até um prédio da Junta abrir a empresa”, informou. 

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), João Carlos Polidoro, deu a sugestão de alterar o nome de Código Comercial para Código Empresarial. “Acho que o nome atual não é tão amplo como o empresarial, que se torna mais abrangente”, sugeriu.

PEQUENOS E MICROS

Polidoro ainda disse que é preciso também olhar para os pequenos comerciantes. “A questão do emprego e renda não fica mais apenas no grande e médio empresário. Precisamos nos voltar para os pequenos, para que não cresça a ilegalidade”, cita. 

O senador ouviu as sugestões e explicou que o material colhido servirá de subsídio para elaborar o texto do código, que ainda será apresentado na Comissão Temporária para a Reforma do Código Comercial do Senado. O grupo foi montado em 6 de dezembro de 2017. É possível acompanhar audiências e textos pelo site do Senado.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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