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Dilma recebe prefeitos e diz que cortes no Orçamento de 2015 serão grandes

Os prefeitos apresentaram as demandas dos municípios

AGÊNCIA BRASIL

08/04/2015 - 16h52
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (8) a prefeitos, em reunião no Palácio do Planalto, que os cortes no Orçamento de 2105 serão grandes e que os municípios devem se preparar para a redução de recursos do governo federal. A informação é do presidente da Frente Nacional de Prefeitos e prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.

“A presidente disse que temos que nos preparar. O Brasil de 2015 tem que ser olhado com muita atenção em função da contingência internacional, do momento que o Brasil atravessa e que certamente o contingenciamento será grande; nisso ela foi muito explícita”, disse Fortunati em entrevista após o encontro com Dilma, que durou quase três horas.

“[Ela] Não falou em percentuais, não deu dados, simplesmente disse para nos prepararmos, mas que o governo é parceiro para que, junto com os municípios, a gente possa encontrar caminhos para atender as demandas mais prementes do povo brasileiro”.

Além de Dilma, também participaram da reunião o vice-presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do Planejamento, Nelson Barbosa.

Os prefeitos apresentaram as demandas dos municípios e ouviram de Dilma que o governo federal está aberto ao diálogo com as prefeituras. Segundo Fortunati, reuniões como a de hoje deverão se repetir periodicamente.

Um dos pontos discutidos nessa terça-feira foi a renegociação da dívida dos municípios com a União. De acordo com Fortunati, o ministro Joaquim Levy pediu prazo de 15 dias para que o governo consiga um acordo no Congresso sobre o projeto que altera o indexador da dívida de estados e municípios com o governo federal.

A lei foi sancionada pela presidente Dilma, mas ainda não foi regulamentada. Um projeto em tramitação no Senado quer retirar a necessidade de regulamentação e fazer a lei entrar em vigor. A votação da proposta foi adiada ontem (7), mas pode voltar à pauta ainda esta semana.

Segundo Fortunati, Levy concordou que os municípios devem recorrer à Justiça pela renegociação da dívida caso não haja acordo sobre a regulamentação da lei que muda o indexador dos débitos.

“Se esse prazo se estender, o governo concorda que os municípios devem entrar na Justiça para se resguardarem em relação ao cumprimento da dívida. Tem a concordância do ministro Levy de que, caso não haja um acordo no Congresso Nacional em um prazo diminuto, os municípios busquem o Judiciário para se resguardar. O ministro concordou, mas pediu prazo de 15 dias [para negociar]”.

O prefeito disse que os representantes concordaram com o prazo, mas esperam uma definição sobre a aplicação da lei que muda o cálculo das dívidas. “O que não podemos é ficar nesse período nebuloso onde não exista definição. Não podemos chegar ao ponto de postergarmos de forma indefinida ou termos todos que fazer como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e apelar à Justiça para garantir que não haja asfixiamento dos municípios por causa da dívida”.

Ainda segundo Fortunati, durante a reunião, Dilma se comprometeu a apoiar os prefeitos na discussão no Congresso Nacional de um novo indexador para o reajuste do piso salarial dos professores.

“A presidente Dilma declarou que é favorável a uma renegociação no Congresso Nacional para que possamos buscar não o que gostaríamos – que é pelo índice de inflação – mas alguma medida intermediária que possibilite que os professores tenham um ganho salarial, mas que isso não venha a asfixiar os orçamentos dos municípios”, argumentou. Fortunati disse que, pelo atual cálculo atual, o reajuste pode chegar a 20%, com forte impacto nas contas de algumas prefeituras.

Além do prefeito de Porto Alegre, a Frente foi representada na reunião por mais onze gestores municipais, entre eles os prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad, e de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.

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Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

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Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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