Economia

APONTA FIRJAN

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Deficit da previdência custa R$ 483 para cada sul-mato-grossense

Com um rombo de R$ 1,2 bilhão, governo do Estado precisa tirar dinheiro do tesouro para cobrir o desequilíbrio

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Cada sul-mato-grossense paga, em média, R$ 483 para cobrir o deficit da previdência estadual. A estimativa foi feita pela Federação da Indústria do Rio do Janeiro (Firjan). De acordo com o levantamento, publicado hoje, Mato Grosso do Sul tem o nono menor deficit entre os estados brasileiros. Mesmo assim, o rombo chega a R$ 1,2 bilhão. Para equilibrar as contas, o governo estadual precisa fazer aportes, que saem dos cofres públicos. 

O estudo apontou que, das 27 unidades da federação, somente quatro não tem deficit na previdência. A situação é mais grave, porém, em estados como São Paulo (R$ 18 bilhões de deficit), Rio Grande do Sul (R$ 11,1 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 10,6 bilhões). Os dados utilizados de base para a análise são da Secretaria de Previdência, do Ministério da Economia e são de 2017. No Rio Grande do Sul, por exemplo, esse custo por habitante chega a R$ 1.038 por ano.

O levantamento alertou também para a discrepância no gasto com pessoal entre ativos  e inativos. Em 14 estados, incluindo Mato Grosso do Sul, os servidores inativos e pensionistas custam mais que servidores ativos. No Estado, por exemplo, o gasto com servidor ativo gira em média de R$ 5 mil. Já com aposentados, é de quase R$ 7 mil. A Firjan também alertou para o aumento do gasto com pessoal em todas as unidades da federação. Mato Grosso do Sul, embora tenha baixado em comparação a 2018, continua próximo de atingir o limite máximo de comprometimento das receitas com folha de pagamento, acima dos 55%. Em 2016, o comprometimento da folha era de 50%.

Ao todo, o déficit da previdência dos estados chega a R$ 77,8 bilhões, de acordo com dados de 2017, últimos disponibilizados pela Secretaria de Previdência, do Ministério da Economia, que oferece uniformidade na declaração dos estados. “A situação é de total insolvência”, alertou Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da federação, sobre a situação fiscal e a necessidade da aplicação direta da reforma da previdência nos estados.

Das 27 unidades federativas, somente quatro estados que apresentaram equilíbrio no regime de previdência. Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins foram na contramão do País e tiveram sobra no caixa da previdência.

*matéria editada às 20h18.

Fábrica de Fertilizantes

Três Lagoas se prepara para visita do presidente da Petrobras a canteiro da UFN3 na sexta-feira

Correio do Estado noticiou visita de Prates em fevereiro; caso a viagem se confirme, ele virá acompanhado da ministra Simone Tebet

23/04/2024 17h05

Durante evento de lançamento do Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro, Jean Paul Prates anunciou que viria ao Estado em abril Alanis Netto

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deve vir a Três Lagoas na próxima sexta-feira. Na ocasião ele deve estar acompanhado da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do prefeito da cidade, Ângelo Guerreiro (PSDB). Eles visitarão a estrutura da UFN3. 

Ainda não há a confirmação da visita, mas os cerimoniais do governo federal e da Petrobras já comunicaram a prefeitura de Três Lagoas de que o evento poderá ocorrer na próxima sexta-feira. “Quando há este tipo de comunicado, é muito difícil que a agenda seja cancelada, só se for por um imprevisto muito sério”, explicou uma fonte ao Correio do Estado. 

O Correio do Estado, aliás, noticiou a vinda de Prates a Mato Grosso do Sul em primeira mão em 24 de fevereiro. Nossa equipe perguntou a Prates, em evento no Rio de Janeiro (RJ) sobre a conclusão da Fábrica de Fertilizantes, e ele disse: “Nós estamos articulando formas de isso ser agilizado, de terminarmos essa planta e ela começar a produzir”, disse ele na ocasião. 

“A planta está exatamente no meio do mercado demandador. Ela vai ser feita e vai voltar a operar, e nós vamos [a Mato Grosso do Sul] em abril. Vamos lá visitar e vamos anunciar algumas coisas legais”, complementou o presidente da estatal, depois de ter sido perguntado sobre os planos de retomada da obra.

De fevereiro para cá, porém, Prates teve a crise envolvendo o possível pagamento de dividendos extraordinários pela estatal para administrar. Até mesmo sua saída do comando da empresa, chegou a ser noticiada pela imprensa, algo que não ocorreu. 

Prates virá a Três Lagoas para ver in loco a situação da fábrica. Ele acredita que há muito mais por fazer, do que apontam as estatísticas da obra, que em 2015, na época em que ela foi paralisada, indicavam que o índice de conclusão era de 80%. “Uma obra dessa tem de ‘estar viva o tempo todo’, é como um carro antigo. Na verdade, é um 80% que deve cair para 70%”, comentou.

Quando estiver concluída, a fábrica terá capacidade para produzir 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia, além de dobrar a produção nacional de fertilizantes.

Para que a construção da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas seja retomada, porém, não basta uma decisão unilateral de Prates, ou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É preciso a aprovação do Conselho de Administração da estatal, o mesmo que se dividiu sobre o pagamento de dividendos extras aos acionistas. 

A disputa maior em torno da estatal, aliás, tem sido em torno da aplicação de recursos excedentes da estatal para investimentos ou para distribuição para acionistas.

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Economia

Governo estabelece cotas de importação de aço e imposto de 25% sobre o excedente

Medida atende a pleito de fabricantes nacionais, que afirmam haver invasão chines.

23/04/2024 17h00

Fotos/ Agência Brasil

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (23) que decidiu estabelecer cotas para a importação de aço e aumento de Imposto de Importação de 25% sobre o volume excedente.

A decisão atende a um pleito das siderúrgicas brasileiras, que afirmam haver uma invasão do aço chinês. Os produtos alvo dos pedidos originais têm tarifas que variam de 9% a 14,4%.

A medida valerá por um ano para 11 produtos ligados ao aço. Também serão avaliados outros quatro que poderão receber o mesmo tratamento.

De acordo com o governo, estudos técnicos mostraram que a medida não trará impacto nos preços ao consumidor ou a produtos de derivados da cadeia produtiva.

Durante os 12 meses, será monitorado o comportamento do mercado e a expectativa oficial é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional.

Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, uma coalizão de 16 entidades de segmentos da indústria intensivos no uso de aço reagiu à demanda das siderúrgicas nacionais e chegou a deflagrar uma mobilização em Brasília na tentativa de barrar uma sobretaxa. O grupo argumenta que o aço do Brasil já é o mais caro do mundo quando comparado aos preços no mercado interno de vários países.

O aço é um insumo essencial usado na produção da indústria de produtos de maior valor agregado e tecnologia, como máquinas e equipamentos, automóveis, ônibus, caminhões, eletrodomésticos, autopeças e construção civil.

A disputa começou porque as siderúrgicas protocolaram pedido na secretaria-executiva da Camex (Câmara de Comércio Exterior) para aumentar a alíquota do Imposto de Importação de diversos produtos para até 25%. O patamar atual está em 10,8%, segundo dados da coalizão.

A decisão foi tomada nesta terça pelo Gecex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior), colegiado do governo federal que reúne dez ministérios.

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