O setor supermercadista espera um crescimento de 20% nas vendas de matéria-prima utilizadas pelos microempreendedores na confecção de ovos de páscoa, bombons e trufas. Uma comprovação deste cenário foi o levantamento publicado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) no mês de janeiro, apontando que este ano, a indústria deve apresentar 130 lançamentos de chocolate, número 10% maior que em 2017.
Uma das redes atacadistas de Campo Grande já disponibilizou os produtos para comercialização como forma de fidelizar as pessoas que se dedicam a produção artesanal de chocolates para páscoa. "Adiantamos o ofertamento do material, com intuito de atender o cliente que transforma a matéria-prima 'chocolate' e também os mini mercados que revendem nossas opções de ovo de páscoa", explica o gerente comercial, Claudius Costa.
Questionado sobre os preços praticados, o representante afirma que a empresa também é boa de negociação. "Temos equipe de televendas, descontos e condições de pagamento diferenciados para quem comprar em atacado. Então, aliamos fatores importantes do mercado: preço, estoque e opções de pagamento", argumenta.
PESQUISA DE MERCADO
Daniela Santos trabalha no setor alimentício há 20 anos e uma de suas especialidades são os ovos de páscoa. Ela destaca que trabalha com produtos importados e investe na qualidade, para fidelizar os clientes. "Muitas pessoas compram matéria-prima inferior e não conseguem manter a clientela, então prefiro adquirir produtos um pouco mais caros, porém, que conquistem o paladar do consumidor", explica.
A culinarista revela que apesar do preço do chocolate ter aumentado um pouco, pretende manter os preços, reduzindo assim, a margem de lucro. "Tenho clientes fidelizados e importo a maior parte da matéria-prima de São Paulo, porém, vou tentar manter os preços e assim, deixar meus clientes satisfeitos", observa Daniela que também produz bolos, salgados e doces.
A microempreendedora, Gabriele Ferrarezi, 24 anos, vai produzir ovos de páscoa e chocolates diferenciados pelo segundo ano consecutivo. Ela já fez uma pesquisa de preços e relata que o preço do chocolate em barra e leite condensado, por exemplo, tiveram aumento que varia entre 10% e 30%. "Tem que planejar e fazer muita conta, pois, não dá para repassar integralmente ao cliente", reforça.
Questionada sobre a viabilidade do negócio, Gabriele é enfática: "Valeu muito a pena, tanto que continuamos com o negócio e cada um da minha família fica responsável por uma parte do negócio, somos um empreendimento familiar. No entanto, é fundamental investir em matéria-prima de boa qualidade e estética na apresentação dos produtos", aconselha.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
Não basta apenas fidelizar clientes, por isso, Costa explica que a rede que tem sede em São paulo apoia a capacitação dos pequenos empreendedores, por meio de uma plataforma virtual que oferece cursos de venda por encomenda.
"É uma forma dos microempreendedores aperfeiçoarem os conhecimentos ou atualizarem as ferramentas de vendas ou mesmo produtos utilizados no mercado. Temos várias opções de treinamento e uma delas ajudará as pessoas que trabalham com produção de ovos de páscoa", conclui.
Interessados em saber mais sobre os treinamento podem acessar o site da empresa e escolherem a opção mais adequada para o negócio que desenvolve. Os cursos são gratuitos e com foco no ramo alimentício.