Economia

AUMENTO

A+ A-

Conselho vai recorrer sobre reajuste de 6,9% na conta de energia

Novo valor passa a valer em julho, conforme informações da Aneel

Continue lendo...

Os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinaram que o reajuste nas contas de energia elétrica na área de concessão da Energisa MS, assim como outras concessionárias que tiveram processos julgados nesta terça-feira (7), só chegará aos consumidores em julho. O Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS (Concen) não concordou com a composição do reajuste de 6,9% e vai recorrer.

A nova tarifa entra em vigor em 1º de julho. O reajuste homologado para a concessionária é de 6,9%, com impacto de 6,89% para consumidor de baixa tensão e 6,93% para os de alta tensão. A presidente do Concen, Rosimeire Costa, defende a redução de componente sobrestimado e ingressará com recurso contra o índice aprovado.

 “Recebemos a planilha, nosso consultor fez todos os cálculos e o que deveria ser homologado é uma tarifa de 4,9%. Então vamos a partir da publicação em Diário Oficial com uma homologação contra esse recurso porque a gente comprovou que houve uma queda de consumo de energia de 8% em fevereiro. E não temos o risco hidrológico que foi previsto lá, estamos com reservatórios cheios. Então não há porque o consumidor pagar esse reajuste”, disse a presidente do Concen.

Para compensar o período em que o reajuste não será validado, a concessionária pediu diferimento, ou seja, nos próximos três meses vai deixar de repassar R$ 42,1 milhões à Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE), valor que posteriormente será recomposto com aplicação da taxa Selic. “O diferimento é um adiamento, então quando chegar em abril de 2021 esse valor [R$ 42,1 milhões] vamos pagar a diferença efetivamente corrigida pela Selic, o que pode prejudicar o consumidor”, disse Rosimeire. 

O relator do processo, diretor Sandoval Feitosa, alegou que, diante da pandemia do Covid-19, uma das linhas de ação traçada pela Aneel é justamente verificar as coberturas dadas às empresas que hoje estariam sobrestimadas. “Ninguém poderia supor uma crise dessa magnitude, impacta o consumo e também tivemos registro de chuvas nos principais reservatórios favoráveis, também sobrestimou bandeiras e essas duas variáveis passarão por análise do conjunto de ações para enfrentamento da crise do Covid-19”.

Outros pontos sustentados pelo Concen são o uso do IGP-M, que embora previsto contratualmente prejudica o consumidor, uma vez que em 12 meses fechou em 6,81%, frente a 3,37% do IPCA. A compra de energia de termelétricas chega a R$ 1.279,87 o MWh, enquanto o valor médio é de R$ 215,00, contratos estes que representaram 18,6% das compras Energisa MS. E ainda questiona a diferença de 6% no custo de energia entre as classes A (alta tensão) e B (residencial e comercial).

Ainda em resposta ao questionamento do Concen, quanto à contratação de energia, Sandoval informou que há um planejamento do Ministério das Minas e Energia, subsidiado por estudos da Aneel, para que térmicas mais caras não sejam recontratadas e, talvez, seja feita antecipação dos contratos de forma consensual. Porém, pontuou que o momento é turbulento para que continue, mas esse é o foco. Quanto à diferença de preços de energia para classes A e B, orientou que o Conselho protocole recurso administrativo para que avalie o tema.

O Concen é composto de representantes das principais classes de consumo de MS, por meio de indicações das entidades constituídas: Fecomércio MS, poder público, Famasul, Fiems e ABCCON/MS. Hoje é presidido pela representante da Fecomércio MS.

A Energisa MS atende um milhão de unidades consumidoras, somando 2,8 milhões de consumidores de 74 municípios de MS.

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Continue Lendo...

Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).