Economia

FRONTEIRA

A+ A-

Comerciantes acreditam em recuperação com aumento da cota para compras no Paraguai

Limite de compras livres de impostos passa de US$ 300 para US$ 500 à partir de janeiro

Continue lendo...

Comerciantes da região da fronteira do Brasil com o Paraguai estão otimistas com o aumento do limite de compras isentas de impostos para quem cruza a fronteira do Brasil por via terrestre ou por rio. Publicada nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial da União, a portaria n° 601 aumenta o limite de compras, que era de US$ 300 para US$ 500 por pessoa, a partir de 1° de janeiro de 2020. Para os comerciantes da região fronteiriça a medida é positiva para os dois lados.

De acordo com o diretor da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP), Amauri Ozório Nunes, a notícia é positiva para o comércio da região. “Se aumenta a cota, o número de turistas aumenta. E eles dormem nos hoteis, se alimentam em Ponta Porã. Com o aumento do número de vendas no Paraguai, os vendedores ganham mais e consequentemente gastam mais em Ponta Porã. Os paraguaios compram roupas, calçados e eletrodomésticas em Mato Grosso do Sul, eles acabam girando o comércio da fronteira. Os dois lados ganham”, comemorou o empresário que tem lojas dos dois lados da fronteira.

Para o presidente da Câmara de Indústria, Comércio Turismo e Serviços de Pedro Juan Caballero, Alejandro Benitez Aranha, a notícia é muito boa. “Levando em conta que a cota será de US$ 500 por pessoa, se vierem quatro, por exemplo, podem comprar US$ 2.000, e aumenta a confiança em poder levar esses produtos. Eu acho que é positivo, estamos ansiosos que chegue logo janeiro. Porque em janeiro as pessoas geralmente viajam e visitam a fronteira para fazer compras. Estamos na expectativa, acreditamos que o dólar fique mais estável em relação ao real até lá”.

No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) já havia informado que ampliaria o limite, o que deve beneficiar quem cruza a fronteira do Brasil com o Paraguai. O governo também vai ampliar, a partir do próximo ano, o limite para compras em free shops, que vai passar dos atuais US$ 500 para US$ 1.000.

CONTRÁRIOS

Os representantes do comércio de Campo Grande e Dourados reforçam quanto a concorrência desleal. Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), Nilson Aparecido dos Santos, o problema não é o aumento da cota. “Quanto ao valor em si não é uma grande mudança porque o valor não é exorbitante. O que nós percebemos é a questão tributária. A gente precisa ter as mesmas condições que eles têm no Paraguai. Precisamos de uma solução definitiva para sermos competitivos. Quem sabe a criação de uma zona de livre comércio, por exemplo”.

O economista-chefe da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Normann Kalmus, diz que a preocupação é com o contrabando. “Muitas lojas de eletrônicos daqui não conseguem competir com as que trazem os produtos, muitas vezes de forma ilegal, da região de fronteira. O problema não está naqueles que viajam à passeio e compram, mas sim com essa venda ilegal. O que falta é a fiscalização quanto a essas mercadorias ilegais. Porque com a nossa moeda se valorizando frente ao dólar vai ser menos atrativo comprar na fronteira”, afirmou.

OUTRAS MUDANÇAS

O governo também vai ampliar, a partir do próximo ano, o limite para compras em free shops, que vai passar dos atuais US$ 500 para US$ 1.000. Os free shops ou duty free shops são lojas localizadas em salas de embarque e desembarque de aeroportos brasileiros onde os produtos são vendidos sem encargos e tributos. Além desse limite para os free shops, há também o limite para compras no exterior, que é US$ 500. Assim, quem viaja ao exterior de avião poderá somar os limites, que totalizam US$ 1.500. Os valores acima das cotas de isenção podem ser tributados pela Receita Federal.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

Divulgação

Continue Lendo...

O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).