Economia

BICHINHOS

Com donos gastando mais, mercado de pets cresce 45%

Campo Grande tem cerca de 400 estabelecimentos

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O amor pelos bichinhos de estimação, os chamados pets, supera as barreiras da falta de dinheiro. Com apenas uma voltinha na principal avenida de Campo Grande, é possível confirmar isso. Na Capital, o setor de comércio varejista, artigos e alimentos para animais de estimação cresceu 45%, em formalização de empresas, seguido por alojamentos para animais (20%). Isso num período de cinco anos. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Atualmente, a estimativa é de que existam cerca de 400 estabelecimentos desse tipo na Capital.  

Tratados como membros da família, cães, gatos, roedores, aves e répteis recebem alimentação adequada, roupas e acessórios, cuidados veterinários, diversão e, em alguns casos, até pequenos luxos. Na outra ponta do mercado, os empreendedores geralmente ingressam na área por gostarem muito dos bichinhos, um ingrediente imprescindível para o sucesso. Conforme levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o faturamento nacional chegou a R$ 20,3 bilhões, com destaque para o segmento de pet food (alimentação), que cresceu 9,9%, seguido do pet vet, com 7,5% (clínica), e pet care, 5,5% (banho, tosa e embelezamento). O desenvolvimento acompanha o perfil da população brasileira, apaixonada por animais de estimação, e se reflete no levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Brasil é o 2º país do mundo em população de pequenos animais e ocupa a 4ª posição quando considerado o total de pessoas que criam animais domésticos.

NOVAS OPORTUNIDADES

A médica-veterinária Bárbara Bastos de Albuquerque, 34 anos, encarou o desafio de ser empreendedora há quase quatro anos e conta que não se arrepende. Sua loja oferece serviços de banho e tosa, venda de acessórios, alimentação e consultas (sem internamento). No entanto, ela destaca que atualmente o carro-chefe da empresa é o serviço de hotel personalizado, que lhe rendeu novos clientes.

“Preparei um espaço bem aconchegante para gatos e cachorros, com brinquedos e o conforto necessário aos animais. Os clientes ficaram satisfeitos, pois, reclamavam de deixar seus animais em locais que trabalham com gaiolas, aqui não temos isso”, pontua.

Na opinião da profissional e empresária, o mercado local se mantém estável e ainda é uma oportunidade para quem sonha com o negócio próprio. “É difícil em alguns momentos, mas o importante é focar o planejamento e o bom atendimento. Afinal, quanto mais a empresa crescer, melhor para o dono, certo?”, comenta bem-humorada.

CLIENTE CAMPO-GRANDENSE

Outro profissional de Ciências Agrárias que investiu no empresariado para pet shop é Benjamin Bernardi, 30 anos. Com formação em medicina veterinária, iniciou o primeiro negócio a dois anos e meio, com clínica médica e cirúrgica. A segunda unidade foi aberta há pouco mais de um ano, com acessórios, banho e tosa, além de uma linha alimentar diversificada.

“O perfil do consumidor campo-grandense é o cliente que prefere o atendimento personalizado, com explicações e indicações de produtos. O sistema de autoatendimento já é realidade na Capital, mas ainda temos espaço para crescer no setor varejista”, argumenta.

Com relação ao cenário de vendas, Bernardi é cauteloso em avaliar, mas acredita que se manteve neutro. “Entre setembro e janeiro, tivemos bons resultados, mas em fevereiro as vendas ficaram abaixo das expectativas. Nada que preocupe, visto que é um mercado que oscila bastante, então o segredo é foco na gestão para se manter equilibrado”, acrescenta.

VAGAS DE TRABALHO

A ampliação de lojas no segmento veterinário ajudou a puxar as contratações no grupo de serviços no mês passado, no Estado. De 6.094 novas vagas de trabalho, o segmento veterinário, médico e odontológico trouxe 4.483 empregos em janeiro. Na Capital desde o fim do ano, pelo menos quatro megalojas do setor abriram as portas, sendo duas apenas na Afonso Pena. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgadas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério, de acordo com o Sebrae-MS.

FISCALIZAÇÃO

O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) é responsável pelo recebimento de denúncias de empresas irregulares, visto que é obrigatório que os pet shops tenham um médico-veterinário responsável, segundo Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969. A resolução exige a responsabilidade técnica para os estabelecimentos que fabriquem, fracionem, comercializem ou armazenem produtos de uso veterinário, conforme a natureza do produto.

A informação divulgada pelo conselho é de que, dos 498 estabelecimentos pets em atividade no estado de Mato Grosso do Sul, 259 possuem responsável técnico (RT), enquanto em Campo Grande, de 244 estabelecimentos em atividade, 112 estão regulares.

Na avaliação do presidente do CRMV/MS, Rodrigo Bordin Piva, o setor apresenta alguns problemas que ainda precisam de mais atenção. “É importante o crescimento do mercado pet e que isso reflete na classe dos médicos-veterinários e tem contribuído com o aquecimento da economia brasileira. Também ressaltamos que a presença do médico-veterinário nos estabelecimentos que se dedicam a prestar serviços ou a comercializar medicamentos e produtos de uso veterinário é imprescindível para o bem-estar dos animais e para a saúde pública”, argumenta.

Piva acrescenta que, sem o profissional, a saúde humana e ambiental também é ameaçada, pois não há forma de certificar que o estabelecimento cumpre com os devidos cuidados para o descarte de resíduos, para o controle de zoonoses e para evitar a venda indevida de medicamentos de uso veterinário. 

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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