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Celulose sustenta exportações
de Mato Grosso do Sul

Crescimento nas vendas externas ficou em 37% no primeiro trimestre do ano

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Indústrias da cadeia de celulose e papel de Mato Grosso do Sul foram responsáveis por uma receita de exportações de US$ 561,4 milhões nos primeiros meses deste ano (ou pouco mais de R$ 2,1 bilhões), um aumento de 37%, de acordo com levantamento do Radar Industrial, da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems). Quase que a totalidade desse montante foi obtido com a venda de celulose (US$ 553,3 milhões), tendo como principais compradores China, com US$ 298,7 milhões, Estados Unidos, com US$ 83,6 milhões, Itália, com US$ 52,4 milhões, Holanda, com US$ 49,4 milhões, e Espanha, com US$ 13 milhões.

“Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre de 2019 como o maior exportador brasileiro em volume de celulose de fibra curta. Dados do Ministério da Economia apontam que, nesses três meses, o Estado vendeu para o mercado internacional 1,202 milhão de toneladas do material, obtendo uma receita de US$ 553,336 milhões”, analisou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ao todo, a receita obtida com as exportações de produtos industrializados do Estado entre janeiro e março de 2019 apresenta alta de 9% em relação ao mesmo período de 2018 e já soma US$ 923 milhões, contra US$ 844,5 milhões dos três primeiros meses do ano passado.

Segundo Ezequiel Resende, em março, a receita com a exportação de produtos industriais de MS alcançou US$ 331,1 milhões, aumento de 20% em relação ao mesmo mês de 2018, quando o valor ficou em US$ 276,3 milhões. “Esse foi o melhor resultado para o mês de março da série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 67% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação está em 78%. Os principais destaques ficaram por conta dos grupos celulose e papel, complexo frigorífico, óleos vegetais, extrativo mineral, couros e peles e siderurgia e metalurgia, que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

DESTAQUE

De acordo com o analista de comércio exterior Aldo Barrigosse, a celulose de MS é muito bem-aceita no mercado internacional. “Nosso produto é bastante demandado pelo mundo inteiro. Tanto para fabricação de papel como na indústria de fraldas e até de alguns alimentos que utilizam a celulose”, destaca o analista.

Assim como ocorre com a soja, o mercado chinês é que dá a grande sustentação de preços. “Temos o preço internacional em alta desde 2018. Isso faz com que projetos que temos em Três Lagoas sigam cada vez mais fortes, até mesmo com possibilidade de ampliar a capacidade produtiva”, destacou Barrigosse.

Com o preço da celulose em alta, as empresas vão investir porque tem demanda internacional. Outro ponto enfatizado pelo analista é a competitividade do produto sul-mato-grossense. “Nosso custo de produção é menor, diante de países produtores como a Finlândia. Por isso, somos bem mais competitivos”, finalizou.

QUEDA

Por outro lado, o complexo frigorífico contabilizou receita de US$ 230,2 milhões no primeiro trimestre, uma redução de 8% em relação ao mesmo período de 2018, e 41,6% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 95,8 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 40,3 milhões, Chile, com US$ 30,4 milhões, Emirados Árabes Unidos, com US$ 25,9 milhões, China, com US$ 15,3 milhões, e Arábia Saudita, com US$ 14,1 milhões. “A abertura de mercado dos EUA terá pouco impacto nas exportações de carne brasileiras. Analistas estimam reabertura do mercado norte-americano a partir de agosto, e a missão desembarca no Brasil em junho para auditar o sistema de inspeção de estabelecimentos de carnes bovinas e suínas. No entanto, pelo menos neste ano, o Brasil terá poucas chances de tirar proveito de uma eventual reabertura do mercado norte-americano a partir do segundo semestre do ano”, ressaltou o economista.

Para o grupo óleos vegetais, a receita alcançou US$ 46,3 milhões no trimestre, crescimento de 2% na comparação com o mesmo período de 2018, com destaque para farinhas e pellets da extração de óleo de soja, que somaram US$ 43,9 milhões, tendo como principais compradores a Indonésia, com US$ 13,4 milhões, o Reino Unido, com US$ 10,5 milhões, e a Polônia, com US$ 8,26 milhões.

“Neste ano, as exportações brasileiras de derivados de soja devem ter maior concorrência com a Argentina. Nesta safra 2018/19, o país vizinho deve colher 55,5 milhões de toneladas de soja, 46,8% a mais que na temporada passada. Além disso, os Estados Unidos colheram volume recorde do grão”, pontuou Barrigosse.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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