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Capital firma acordo comercial com a Argentina

Parceria possibilitará convênios de importação e exportação entre países

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Com objetivo de internacionalizar as relações comerciais de Campo Grande, a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), viajou nesta semana para a Argentina. A missão foi para a assinatura de dois acordos de cooperação com outras entidades representativas do comércio, indústria e serviços das províncias de Jujuy e Tucumán.

O primeiro convênio foi firmado com a Câmara de Comércio Exterior de Jujuy, e o segundo, com a Federação Econômica de Tucumán. Ambos com o intuito de promover o desenvolvimento de investimentos e oportunidades de negócios entre a capital sul-mato-grossense e as províncias argentinas. Como resultado espera-se a comercialização de produtos de Tucumán e Jujuy no Brasil, e dos produtos brasileiros na Argentina.

De acordo com o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, um dos reflexos é facilitação do processo de importação e exportação, uma vez que possibilita que as operações de nacionalização e de saída de mercadorias sejam feitas em Campo Grande, onde existe um porto seco com grande ociosidade. “Haverá uma enorme redução dos custos de logística por conta da utilização de modais alternativos. As reduções de custos logísticos, aliadas à redução da burocracia e tempos de despacho aduaneiro trarão mais competitividade ao mercado local, além do desenvolvimento de um novo segmento de mercado, da operação logística, que é praticamente inexistente. Com isso, se ampliam os interesses em novos investimentos na cidade e no Estado”, destacou.

INTERCÂMBIO

Conforme o documento assinado, as câmaras de negócios vão promover um intercâmbio de informações e a realização de atividades conjuntas. O objetivo é tornar visível e aprimorar as oportunidades de negócios e as vantagens que ambas as regiões oferecem em termos de comércio exterior e atração de investimentos.

Segundo o presidente da ACICG a assinatura dos convênios potencializa o fechamento de negócios. “Essas parcerias vão permitir o intercâmbio de informações, a troca de conhecimento das potencialidades entre as três regiões e, consequentemente, o desenvolvimento empresarial de todas elas”, avalia o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro.

PROXIMIDADE

O economista-chefe da ACICG, Normann Kallmus, explica que somente a Federação Econômica de Tucumán é composta por mais de 50 associações representativas dos setores de comércio, serviço e indústria da região. “Esta é a região mais industrializada do norte da Argentina. Embora seja a menor província, ela é extremamente importante do ponto de vista estratégico, porque teremos aqui a possibilidade de encontrar fornecedores e clientes para os nossos produtos, assim como em Jujuy”.

Para o chefe da Câmara de Comércio Exterior da Jujuy, Jorge Gurrieri, a proximidade geográfica entre as regiões é uma vantagem inquestionável. “Estamos muito próximos da maior economia da América Latina, e isso oferece aos exportadores de Jujuy uma oportunidade muito interessante, já que o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking do poder de compra. Queremos fortalecer o relacionamento com o Brasil para obter maior integração e, assim, poder sair ao mundo em uma aliança estratégica do Mercosul. Vamos tentar avançar em uma agenda de trabalho bilateral séria, produtiva e pragmática”. Além de Gurrieri, Sebastián Lucero e Martín Llanos representaram a entidade internacional no ato de assinatura do convênio com a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, na Casa de Governo em Jujuy.

ZICOSUR

Durante os encontros, discutiu-se também a integração da ACICG à Zona de Integração do Centro-Oeste da América do Sul (Zicosur). O economista da associação campo-grandense diz que Mato Grosso do Sul faz parte do Zicosur deste o seu início. “A maioria das pessoas nem sabe o que é o Zicosur. A importância de a Associação Comercial ser incorporada a esse grupo é muito grande, em função da possibilidade de fazer com que os associados se integrem mais entre o nosso grupo de empresas e, evidentemente, também com outras associações. O que fizemos nesta viagem não foi simplesmente estreitar laços comerciais, mas firmamos convênios que vão efetivamente facilitar a troca comercial entre províncias argentinas e Campo Grande, além que conquistamos o apoio dos governadores de Jujuy e Tucumán, para sermos integrados ao Zicosur”, comemora Kallmus.

A zona de integração é administrada pelo governador de Tucumán. “O acordo assinado entre a Província, a Federação Econômica de Tucumán e a ACICG vai iniciar uma integração regional pelo comércio e turismo. Essa missão surgiu como resultado das conversas promovidas há muito tempo sobre o corredor bioceânico entre Brasil, Argentina e Chile”, explica o subsecretário de Integração Regional da Secretaria de Relações Internacionais de Tucumán, Mariano Fernández.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

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