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Cadastro positivo: veja os prós e contras para o consumidor que busca credito

Projeto aprovado no Senado ainda precisa de sanção do presidente Bolsonaro

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Cadastro Positivo é confiável? 

O Cadastro Positivo foi pensado para ser um aliado do seu CPF e com isso você poderá fazer empréstimos com melhores condições.

Ele funciona como um histórico de pagamento ou muito parecido com um boletim escolar, que registra os pagamentos que você fez no seu histórico de vida creditícia e transforma esse histórico de crédito em nota (ou pontuação).

Dependendo da sua nota, sua análise de crédito é mais justa na hora que você pedir crédito no seu banco, financeira ou cooperativa, pois sua capacidade de pagamento também vai ser considerada na hora de solicitar o empréstimo.

O que é o cadastro positivo 

É um banco de dados que reúne as informações de crédito dos bons pagadores, e deve agora passar a ser automático. 

Vantagens

Para o consumidor simples o cadastro promete reduzir o custo dos empréstimos e financiamentos mediante uma melhor avaliação do risco.

Para as empresas as vantagens seriam, maior visibilidade sobre a capacidade de endividamento das pessoas e avaliação de crédito. 

Do lado dos defensores estão os bancos, as empresas de crédito e varejo que vislumbram a possibilidade de tornar o acesso ao crédito mais fácil e com juros menores para consumidores e empresas que honram seus compromissos financeiros.

Desvantagens

A lei que criou o cadastro positivo não estabeleceu nenhum benefício concreto ao consumidor positivo, como, por exemplo, a redução dos juros. 

Em geral, os juros são os mesmos para todos, em especial nos grandes bancos, financeiras e cooperativas, onde a capacidade de negociação é praticamente inexistente.

O mesmo ocorre com o financiamento diretamente com os lojistas.

Não se sabe ao certo como funcionam os critérios desse cadastro, e, especial, qual é o peso de cada item tem para se estabelecer a “capacidade de financiamento” do consumidor positivo.

Outra situação é se o consumidor já foi negativado um dia ou se atrasar algum pagamento, como isso irá pesar em seu histórico. 

Como cada banco de dados adota o seu próprio cálculo, o consumidor poderá ter um score positivo baixo no Serasa e alto no Boa Vista, gerando uma grande instabilidade no sistema positivo.

Do lado contrário, especialistas alegam que o sistema pode expor dados financeiros dos consumidores e prejudicar sua segurança digital. 

Quanto tempo que as informações ficam no cadastro positivo?

No cadastro negativo como no caso do nome no SPC/Serasa, a anotação é excluída após 5 (cinco) anos.

Já no cadastro positivo, se o consumidor tiver seu nome incluído no SPC (cadastro negativo) essa informação pode permanecer em seu currículo financeiro por 15 (quinze) anos. 

Até os pequenos atrasos nos pagamentos vão permanecer por todo esse tempo registrados no histórico do cadastrado.​

Por que o Cadastro Positivo pode fazer a diferença?

O Cadastro Positivo irá auxiliar a instituição financeira, ou cooperativa analisar seu histórico de pagamento e você poderá ser reconhecido como um bom pagador.

Com seu histórico de pagamento favorável a você os credores podem avaliar o que você paga e com isso conceda o crédito mais vantajoso e não analisa somente as dívidas que você possa ter.

Se por acaso tiver alguma dívida, a instituição financeira, cooperativa, loja ou prestador de serviço poderá consultar as operações e se por acaso perceber que foi somente um imprevisto pequeno esse poderá lhe conceder o crédito, ou prestar o serviço.

Com isso suas operações de crédito poderão se tornar menos onerosa, pois poderá ser consultado o cadastro e seja concedido o crédito.

O que tem no Cadastro Positivo?

O Cadastro Positivo nada mais é que gestor de banco de dados que guarda as informações das contas que você paga, como empréstimos, financiamentos e contas de serviços continuados (como energia, água, telefone, etc.)

Quem pode consultar minhas informações no Cadastro Positivo?

Você poderá consultar gratuitamente seus pontos ou score. Empresas como bancos, financeiras, cooperativas e prestadores de serviços podem ter acesso ao banco de dados para avaliar se você é ou não um bom pagador, com isso poderá ser concedido o crédito solicitado ou a venda que você pretende com melhores condições de juros e prazo.

CONSULTE


Serasa

Boa Vista
 

Economia

Exportação de industrializados de MS atinge US$ 1,361 bilhão no primeiro trimestre de 2024

Crescimento foi de 14% frente ao mesmo período do ano passado

17/04/2024 13h29

Valdenir Resende/Arquivo Correio do Estado

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No primeiro trimestre de 2024, a exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul atingiu US$ 1,361 bilhão, o maior valor de exportação já alcançado pela indústria estadual no período de janeiro a março.

O crescimento foi de 14% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando o valor ficou em  US$ 1,194 bilhão

No mês de março, a receita com a exportação de produtos industriais alcançou US$ 434,7 milhões, indicando recuo de 13% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o valor ficou em US$ 501 milhões. Os dados são do levantamento do Radar Industrial Fiems, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul.

“Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 54% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação está em 62%”, destacou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.

Ainda de acordo com o economista, os segmentos industriais que apresentaram maior participação nas receitas de exportação foram “Celulose e papel”, “Complexo frigorífico” e “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, respondendo por 74% das exportações no período entre janeiro e março.

No grupo “Celulose e papel”, a receita com exportações de industrializados alcançou no acumulado de janeiro a março o valor de US$ 439 milhões. Os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeiras e os principais compradores foram China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Turquia.

Com relação ao grupo “Complexo frigorífico”, o valor com exportações no acumulado do ano foi de US$ 354 milhões. Os principais produtos comercializados foram carnes desossadas congeladas de bovino, carnes desossadas refrigeradas de bovino e pedaços e miudezas congelados de frango. Os principais importadores foram China, Estados Unidos, Chile, Emirados Árabes e Hong Kong.

Já quanto ao grupo “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, a receita com exportações foi US$ 218,6 milhões entre os meses de janeiro e março. Os principais produtos exportados foram bagaços e resíduos da extração do óleo de soja, farinhas e pellets da extração do óleo de soja, óleo de soja bruto, óleo de soja refinado e óleo de milho bruto. Os principais países compradores foram Holanda, Indonésia, Polônia, Índia e Alemanha.

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PROJETO

Importação de gás natural da Argentina por Corumbá teria impacto positivo para MS

Governo federal estuda formas de aumentar a oferta do combustível no País e de realizar a operação utilizando o Gasbol

17/04/2024 08h30

Governo federal estuda importar o combustível da Argentina Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Com o objetivo de aumentar a oferta de gás natural (GN) no Brasil, o governo federal estuda importar o combustível da Argentina.

Entre as opções estudadas, há a possibilidade de trazer o gás por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) entrando por Corumbá (MS). A entrada do combustível por Mato Grosso do Sul pode ser positiva para o Estado. 

Em fase de estudo, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia importar gás natural da reserva de Vaca Muerta, na Argentina.

Ação tem como objetivo garantir o abastecimento das indústrias brasileiras uma vez que existe uma forte preocupação em termos de oferta, após a Bolívia, principal fornecedor, apresentar uma produção decrescente.

Por meio de nota ao Correio do Estado, a Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás), destaca que embora ainda em estágio de estudos de viabilidade técnica e econômica, a proposta de importação de gás natural pode ter vários impactos positivos para o Estado, tendo em vista a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) sobre o gás na entrada.

“Vai gerar um aumento nas receitas, possibilitando mais investimentos em infraestrutura e serviços públicos”, avalia a MS Gás, destacando que com o aumento da oferta possivelmente haverá melhores preços, atraindo novos investimentos para Mato Grosso do Sul e automaticamente expandindo as operações, promovendo o crescimento econômico e geração de empregos e renda para a população.

O mestre em Economia Lucas Mikael explica que quando há importação através do gasoduto, o Estado onde ocorre a entrada do produto tem direito a recolhimento sobre essa operação.

“Essa arrecadação adicional de ICMS pode impactar positivamente as finanças públicas do estado, possibilitando investimentos em infraestrutura, saúde, educação e outros setores”, reforça.

O diretor-presidente da MSGás, Rui Pires dos Santos pontua que ao diversificar as fontes de importação de gás natural, o País pode reduzir a dependência de um único fornecedor, o que aumenta a segurança.

“Quero reforçar ainda que o aumento do uso de gás natural vai ajudar no cumprimento de metas ambientais, reduzindo emissões de gases de efeito estufa”, frisa

Apesar de todos os benefícios apontados, o diretor da instituição enfatiza que é preciso reforçar que esta possibilidade está em fase de discussão e depende de série de medidas para ser concretizado, tendo em vista altos valores de investimentos em logística na Argentina e Bolívia.

“Além é claro, de antever que tal projeto requer planejamento cuidadoso e colaboração entre governos do Brasil, Bolívia, Argentina e entidades privadas para garantir que os benefícios sejam garantidos e maximizados”, finaliza Pires.

TRAJETO

Enfrentando uma carência no fornecimento de gás natural, atualmente os bolivianos enviam ao Brasil 15 milhões de metros cúbicos (m3) por dia, quando deveriam entregar 20 milhões m³/dia. A capacidade do Gasbol é de 30 milhões de m³/dia.

As duas possibilidades em estudo para trazer o gás argentino  ao Brasil dependem da conclusão da segunda parte do Gasoduto Néstor Kirchner, que liga a região de Vaca Muerta, a partir da província de Buenos Aires, até Uruguaiana (RS).

Concluída a segunda etapa do duto argentino, o gás poderia chegar ao Brasil por dois caminhos. O primeiro seria usando uma parte ociosa do Gasbol, inclusive pagando um pedágio aos bolivianos pela passagem. O gás viria ao Brasil por meio de uma conexão entre os gasodutos Norte e Néstor Kirchner.

A segunda possibilidade seria via Rio Grande do Sul. O gás entraria no estado, mas para isso seria necessário construir um gasoduto de Uruguaiana até Porto Alegre.

A obra foi considerada prioritária no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo governador Eduardo Leite. 

Maior empresa privada de energia da Argentina e maior produtora privada do gás de Vaca Muerta, a Pan American Energy (PAE) vê como importante os investimentos na ampliação da malha de gasodutos do país vizinho.

Conforme Alejandro Catalano, diretor-geral da PAE no Brasil, o gás de Vaca Muerta, segunda maior reserva de gás não convencional do mundo, tem ainda um grande potencial de crescimento.

Catalano lembra ainda outro investimento importante que será feito este ano: a inversão do Gasoduto Norte na Argentina. Isso permitirá direcionar o gás para a Bolívia, cuja molécula, então, poderá ser integrada ao Gasbol.

No ano passado, quando o país era presidido por Alberto Fernández, a previsão era que as obras fossem concluídas até o fim de 2024 ou início de 2025.

Mas o novo presidente argentino, Javier Milei, ainda não sinalizou se há interesse na obra ou em manter o prazo estimado.

No caso da ligação entre Uruguaiana e Porto Alegre sair do papel, uma questão importante além do investimento orçada entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão é que seria preciso ajustar o Gasbol. 

Hoje, o gasoduto é uma “via de mão única”, que segue de  Mato Grosso do Sul em direção ao Rio Grande do Sul. Esse fluxo também teria que subir, passando a levar o gás da Região Sul para cima, para atender Minas Gerais, por exemplo, tornando-se uma espécie de "pista dupla".
 

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