Economia

R$ 600

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Auxílio emergencial foi pago a 1,1 milhão de pessoas no Estado

Governo federal anunciou ontem que o benefício será prorrogado por mais dois meses

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O auxílio emergencial do governo federal chegou a 40,3% da população em Mato Grosso do Sul. O benefício de R$ 600 foi disponibilizado para desempregados, trabalhadores informais e microempreendedores individuais (MEIs) para auxiliar na renda durante a pandemia do novo coronavírus. O governo federal anunciou nesta terça-feira que prorrogará por mais dois meses o benefício.

Conforme a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem, dos 2,734 milhões de moradores do Estado, 1,101 milhão recebeu o benefício. A pesquisa é um novo detalhamento da PNAD Covid-19, um recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua).

O foco da divulgação é a renda per capita das famílias, com o objetivo de compreender quais faixas de renda foram beneficiadas e em que proporções. A renda per capita é o valor total da renda bruta de um domicílio dividida pelo número de moradores. Por exemplo, se uma mãe recebe R$ 1.200 por mês e vive com dois filhos, a renda per capita do domicílio será de R$ 400.

O levantamento dividiu a população em fatias formadas por cerca de 1/10 da população. A primeira faixa mostra o valor máximo de ganhos dos 10% mais pobres de MS, cuja renda por pessoa é de R$ 228,24. Entre as 272.807 pessoas de MS que tinham renda per capita estimada em menos de R$ 228,24, cerca de 207.686 receberam o auxílio, 76,1% dessa faixa.  

RENDIMENTOS

A faixa de rendimentos que recebe (per capita) entre R$ 228,25 e R$ 364,23 registra 271.893 pessoas, das quais 186.447 receberam o benefício (68,6% da faixa). Já a maior renda per capita no Estado que recebeu o benefício ganha mais de R$ 2.338,22. São 273.956 pessoas nesta faixa de renda, das quais 12.750 (4,7%) receberam o auxílio emergencial. “Os beneficiados podem ter recebido eventualmente o auxílio em razão do caráter flutuante de seus rendimentos, da mesma forma que ocorre com os trabalhadores por conta própria”, informou o IBGE.

PRORROGAÇÃO

O benefício foi criado para ter três parcelas. Na tarde de ontem, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio com mais duas parcelas, que serão divididas em quatro pagamentos. O decreto foi assinado em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Também estavam presentes: o vice-presidente, Hamilton Mourão; o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni; o chefe da Casa Civil, Braga Netto; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Durante a cerimônia, transmitida pela TV Brasil, o presidente disse que a prorrogação “só foi possível dada a sensibilidade de nosso ministro Paulo Guedes e do nosso Congresso” e reforçou que o benefício não é só para manter a economia viva. “Mas também para dar o sustento a essas pessoas. Sabemos que R$ 600 é pouco, mas para quem não tem nada é muito”, afirmou o presidente.

Conforme informado durante o evento, os beneficiários receberão os valores em quatro parcelas durante os dois meses, que somarão R$ 600 por mês, totalizando R$ 1,2 mil. Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o cronograma de pagamento das novas parcelas ainda será divulgado.  

De acordo com o ministro da Economia, os pagamentos poderão ser divididos da seguinte maneira: em julho, serão R$ 500 no início do mês e R$ 100 no fim do mês; e em agosto, serão pagas duas parcelas de R$ 300, uma no início e outra no fim do mês.

A lei que instituiu o auxílio emergencial autoriza a renovação do benefício desde que o valor concedido mensalmente seja mantido. “Se nós tivermos a percepção quanto à possível duração um pouco mais extensa dessa crise, nós podemos perfeitamente pegar os dois pagamentos de R$ 600 de uma foram que eles cubram três meses. É mais inteligente”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.  

O ministro ainda disse que acredita que a pandemia deve retroceder nos próximos meses. “Estamos contando com que este seja o quadro: ao longo desses três meses, a pandemia deve retroceder com algum vigor, e nós, então, estaremos fazendo o nosso retorno seguro ao trabalho – a verificar à frente”, disse Guedes.

VALORES

Os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 começaram a ser realizados no dia 9 de abril. De acordo com a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul, até meados de junho foram creditados R$ 940 milhões para os beneficiários do Estado.

De acordo com a economista Daniela Dias, os valores disponibilizados tendem a movimentar a economia. “Todo recurso é importante para dinamizar a economia. Neste momento, podemos dizer que estamos com resultados menos piores que os que tínhamos em abril. Mas isso não significa que a gente já tenha superado a crise, estamos no meio dela. Algumas intenções de consumo já melhoraram. O consumidor precisa ser consciente ao utilizar recursos desta natureza”.

Conforme o último balanço divulgado pela Caixa, 64,1 milhões de beneficiários já receberam o auxílio emergencial no País, totalizando R$ 90,8 bilhões: R$ 40,9 bilhões para inscritos no Bolsa Família; R$ 14 bilhões para inscritos no CadÚnico; e R$ 35,9 bilhões para inscritos pelo app/site do auxílio.  

IRREGULARES

Levantamento feito por Controladoria-Geral da União (CGU) e Controladoria-Geral do Estado (CGE) aponta que 1.126 servidores públicos ativos e inativos de Mato Grosso do Sul receberam de forma irregular pagamento do benefício. O montante chega a R$ 719,4 mil.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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