Economia

PECUÁRIA

A+ A-

Arroba do boi cai 20%, mas para o consumidor reflexo é pequeno

Em açougues e supermercados a redução nos preços da carne ainda não apresenta grandes diferenças

Continue lendo...

Após quase dois meses da alta a arroba do boi reduziu 20% em Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o preço praticado no Estado em novembro oscilava em torno de R$ 220. Conforme dados da Scot Consultoria, nesta segunda-feira (20) o valor praticado no Estado era de R$ 175,50. Apesar da diferença de R$ 44,50, nos açougues e supermercados a redução do preço ainda é pequena.

Conforme pesquisa realizada pela reportagem do Correio do Estado, entre os cortes de carne bovina pesquisados em supermercados, açougues e casas de carne de Campo Grande houve redução no preço máximo praticado, mas o mínimo continuou igual. De acordo com a pesquisa realizada no dia 29 de novembro, o quilo da picanha variava de R$ 39,90 a R$ 71,98. Nesta segunda-feira o menor valor permaneceu em R$ 39,90  e o maior valor praticado foi de R$ 65,98.

Entre os cortes de primeira, o filé mignon também reduziu o valor máximo praticado e manteve o preço mínimo. Enquanto em novembro o quilo custava de R$ 39,90 a R$ 62,98, nesta semana foi de R$ 39,90 a R$ 59,98. A maminha teve o mínimo mantido em R$ 29,80 e o máximo caiu de R$ 39,90 para R$ 34,98. 

O quilo da capa de contra filé aumentou o preço mais baixo e reduziu considerando o maior valor cotado nesse período de quase dois meses. Em novembro o quilo do corte ia de R$ 21,90 a R$ 28,90. Nesta segunda-feira o quilo variou de R$ 23,90 a R$ 26,90.

Segundo a proprietária de uma casa de carnes na região do Pioneiros, Luiza Dias da Silva, os frigoríficos já sentiram a redução do preço da arroba, mas ainda não houve mudanças para os empresários. “Dezembro foi bom para as vendas, mesmo com o preço alto, mas janeiro ainda está parado. Para nós ainda não houve redução, mas para os frigoríficos já, estamos aguardando esse repasse”, disse.

QUEDAS

Houve redução do preço do quilo de alguns cortes durante o período. O quilo do coxão mole custava entre R$ 28,80 e R$ 34,90 no dia 29 de novembro. Já na penúltma semana de janeiro o corte foi encontrado entre R$ 27,99 e R$ 29,98. O mesmo ocorrido com a costela que ia de R$ 14,35 a R$ 15,98 no mês de novembro e agora varia de R$ 13,50 a R$ 15,98.

Ainda entre os cortes com queda estão o patinho que ia de R$ 27,90 a R$ 34,90 e está de R$ 22,99 a R$ 28,98. O quilo do miolo de paleta partia de R$ 23,80 e chegava a R$ 25,98. Nesta segunda, o quilo do corte foi de R$ 19,99 a R$ 24,90.

CADEIA PRODUTIVA

A queda no preço da arroba do gado foi devido a aumenta da oferta, mas de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Alessandro Coelho, a oferta de gado continua retraída. “A demanda diminuiu na ponta do consumo, o que faz com que os preços baixem. O reflexo demora um pouco para o consumidor, mas, dentro em breve teremos ofertas nos açougues e supermercados”, disse.

Conforme a economista, Adriana Mascarenhas, disse em entrevista ao Correio do Estado, o mercado é muito cíclico e varia conforme a demanda de oferta e procura. “A partir do momento que a carne sobe muito o consumidor tem essa tendência de buscar uma proteína de menor valor. Eu acredito que o consumo reduziu, o que aumentou foi a oferta e o mercado vai se ajustando”.

Variação da carne e feijão

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que os produtos que apresentaram a maior variação em 2019 foram feijão e carne. Em 12 meses o produto que teve mais alta em Campo Grande foi o feijão, com variação anual de 39,77%, seguido da carne que teve o maior impacto com o aumento de 26,41% no ano. 

 

DATA COMEMORATIVA

Dia das Mães tem mais adeptos, mas gasto menor previsto para 2024

Pouco criativo, grande parte do sul-mato-grossense deve presentear pela "escolha da mãe", com foco em roupas e perfumaria

15/04/2024 12h37

Há uma preferência de 77% do público considerando o desconto à vista como principal atrativo na hora da compra Marcelo Victor/ Correio do Estado

Continue Lendo...

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS) e o Sebrae MS mostram que para o próximo 12 de maio, - quando é celebrado o Dia das Mães - o campo-grandense pretende gastar menos com as matriarcas neste ano, enquanto o número de adeptos às celebrações registra alta. 

Ou seja, ainda que os percentuais de quem deve comemorar e aqueles que vão às compras para o Dia das Mães tenham crescido neste ano (4,17 e 6,51%, respectivamente), a movimentação total tem previsão de queda estimada em 7%. 

Dos R$ 478,82 milhões previstos a serem movimentados no total, as comemorações representam maior parte desse volume (R$ 254,93 mi), enquanto os gastos com presentes devem movimentar quase 224 milhões de reais em 2024. 

Além da Capital, essa pesquisa da Fecomércio teve coleta nos municípios de Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá-Ladário e Três Lagoas, realizada na primeira semana de abril com 1994 pessoas, revelando algumas características do perfil de gastos do sul-mato-grossense para com as matriarcas. 

Economista do Instituto, Regina Dedé de Oliveira esclarece que, entre os motivos dessa retração, aparece principalmente a previsão dos gastos médios com presentes e comemorações menores, considerando o valor real.

Gastando em média R$ 211,79 com presentes e R$ 219,22 nas celebrações, há uma preferência de 77% considerando o desconto à vista como principal atrativo na hora da compra, que sinaliza uma tendência para o setor do comércio. 

“O comerciante precisa ficar atento à tendência de pagamento à vista, mediante descontos e também levar em conta em suas estratégias que o bom atendimento, condições de parcelamento e variedade são itens importantes para a decisão de compra”, explica Regina Dedé. 

Criatividade em falta? 

Apesar do aumento entre quem já demonstrou que deve valorizar sua matriarca nesse 12 de maio, alguns pontos indicam quase um "cumprimento de protocolo" por parte dos consumidores, com a maioria se resumindo a presentear pela "escolha da mãe" (39,97%), em uma loja física (87,26%) do centro (65,10%), tendo "roupas" como o principal alvo de compras (29%). 

Fechando o "Top 5" produtos na mira de compra para o Dia das Mães, aparecem os seguintes itens: 

  • Perfumes e cosméticos - 26%
  • Calçados - 18%
  • Bolsas e acessórios - 12%
  • Flores - 10% 

Com o comércio dos bairros figurando como o segundo mais visado por quem pretende comprar para o Dia das Mães (15,72%), sendo que a aquisição virtual de produtos inclusive de lojas físicas (6,76%) aparece logo após a presencial, a preferência por compras online aparece até mesmo na frente das escolhas pelos shoppings. 

Reprodução/IPF-Fecomércio

Parte dessa "falta de criatividade" ainda fica sinalizada no indicador de que pouco mais de um porcento dos entrevistados demonstrou apreço para além do dinheiro gasto e indicou que pretende fazer o presenta a ser dado nesse dia das Mães. 

Considerada como uma das principais datas que impulsionam o comércio, até mesmo o movimento dos supermercados deve sentir a vontade do sul-mato-grossense em celebrar as mães, já que 80,85% das comemorações são descritas como "um dia reunido em família, comprando ingredientes para uma refeição". 

Analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel comenta a chance dos comerciantes em "prospectar novos clientes", justamente pelo apelo emocional que vem junto do Dia das Mães.

"É uma oportunidade das pessoas expressarem o seu o reconhecimento pelas suas mães... e isso foi refletido nos resultados da pesquisa de intenção de consumo. Então, essa data acaba sendo uma grande oportunidade para o empresário fortalecer os seus laços com seus clientes e adquirir novos clientes também", complementa o profissional em nota. 

Enquanto quase onze porcento não possui o hábito e 7,65% está sem dinheiro, há quem destaca que "acha uma data inventada pelo comércio" (5,91%), mas a maioria esmagadora entre quem não deve presentar nessa data (71,13%) já passou pelo falecimento da própria mãe. 

 

Assine o Correio do Estado

TRÊS LAGOAS

Petrobras anuncia retomada das obras da UFN3 para o fim do ano

Na última sexta-feira, Eduardo Riedel pediu ajuda ao presidente Lula para a conclusão da obra

15/04/2024 12h00

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas Reprodução

Continue Lendo...

As etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano, segundo a Petrobras. A estatal anunciou que o processo licitatório para o reinício das obras deve ser aberto em dezembro de 2024.

A expectativa é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na última sexta-feira (12), o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, em entrevista a CNN, que as obras serão retomadas. 

Na entrevista, ele rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia a realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano”, disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).