Economia

R$ 756 mi em bens

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Ação contra JBS está suspensa por
120 dias e Sefaz fará auditoria em dívida

Dois frigoríficos estão bloqueados, além de outras áreas em Campo Grande

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O novo acordo da JBS com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) e o governo do Estado, que foi assinado nesta terça-feira (24), suspende por 120 dias a ação movida contra a empresa.

Segundo o advogado que representa os parlamentares, Luiz Henrique Volpe, o prazo é para que uma nova auditoria seja feita nos débitos do grupo com a administração estadual.

“A empresa contesta o valor de R$ 730 milhões que está sendo cobrado. Esse prazo é para que a Secretaria de Fazenda e a empresa apurem o valor devido. Se não houver o pagamento ou parcelamento, seguindo critérios legais, volta com a ação”, destacou Volpe.

O novo acordo deve garantir o emprego dos 15 mil funcionários diretos e 60 mil indiretos, além de manter as operações de abate normalmente.

Em contrapartida aos compromissos da empresa, os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS e o presidente da Casa de Leis, Junior Mochi, concordaram em bloquear apenas dois frigoríficos da empresa em Campo Grande e não oito unidades no Estado.

De acordo com a ALMS, além dos frigoríficos a empresa também deve ficar com áreas bloqueadas. Os locais podem ser usados pela JBS, mas não podem ser vendidos ou arrendados.

Ao todo, são R$ 756 milhões em valor contábil dos imóveis, sendo dois frigoríficos e três matrículas de terreno localizados ao fundo do Aeroporto Internacional de Campo Grande, que somam 391 hectares, além das edificações.

No dia 5 de outubro, a Justiça Estadual bloqueou oito investimentos do grupo J&F através dos frigoríficos JBS. As unidades bloqueadas na época foram quatro em Campo Grande, uma em Ponta Porã, duas em Naviraí e uma Anastácio.

Essas propriedades estão em nome da J&F, JBS S.A e Agropecuária Friboi Ltda. O grupo chegou a paralisar os abates e comprar por uma semana, retomando hoje (24).

AÇÃO POPULAR

Na tentativa de barrar a ação popular que está sendo movida paralelamente aos atos da CPI, o advogado Luiz Henrique disse que ingressou com um agravo de instrumento pedindo para o juiz avaliar ação, pois ela tem o mesmo objetivo que o processo dos parlamentares.

“Tem uma sobreposição de atividade. Eu nunca conversei com a pessoa que ingressou com a ação popular. O que a assembleia fez foi questionar uma sobreposição, pois tem dois pedidos com o mesmo objeto. O recurso foi ingressado na ação popular, mas ainda não foi julgado. Estamos aguardando o julgamento”, destacou.

Economia

Lula diz que não quer criticar taxa de juros, mas que 'está difícil'

Presidente afirma que crescimento da economia neste ano vai surpreender os 'pessimistas'

22/04/2024 18h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil/

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (22) que não iria repetir as tradicionais críticas às taxas de juros, para não ofuscar as medidas que são anunciadas pelo seu governo. No entanto, acrescentou que "todo mundo sabe que está difícil".

"Eu não quero nem falar mal de juros, de outras coisas, se não a manchete do jornal será essa e não o programa Acredita", afirmou o presidente Lula.
"Você veja que ninguém falou mal de juro, que ninguém falou mal. Todo mundo sabe que está difícil, mas hoje, aqui, a gente tomou a seguinte decisão: a gente não ficar lamentando o que é difícil, o que a gente não controla. A gente vai fazer aquilo que a gente pode", completou.

Lula participou na manhã desta segunda-feira (22) de cerimônia de lançamento do Acredita, no Palácio do Planalto. Trata-se de de um programa estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

A MP (medida provisória) que institui o programa prevê ainda medidas para impulsionar o mercado imobiliário e facilitar atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
O mandatário acrescentou que está otimista com o desempenho da economia brasileira. Disse que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), em 2,9%, surpreendeu já os críticos e analistas, mas que ainda não é o índice ideal. Acrescentou que "ainda é pouco".
"Um crescimento de 2,9% em 2023 é claro que é pouco, mas, diante da expectativa do mercado, foi excepcional. Não sou eu ou o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad acreditando na economia, são os empresários acreditando na economia", afirmou.
Lula então acrescentou que o crescimento da economia neste ano vai surpreender os "pessimistas".

"Eu quero alertar aos pessimistas: esse país vai crescer neste ano mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora. A massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora", completou.
O presidente então exaltou o programa lançado nesta segunda-feira, acrescentando que o desenvolvimento do país está necessariamente atrelado à criação de oportunidades e oferta de crédito para a população. E então disse que o principal benefício do programa é atender uma parcela da população que necessita de uma ordem menos de recursos, mas que não são atendidos pelos bancos privados.

"As pessoas que precisam de R$ 1.000, R$ 500, de R$ 1.500, de R$ 2.000, para curar uma dor qualquer que tenham dentro de casa. Banco não foi preparado para receber pobre, que chegue lá de sandália, não vou dizer o nome da sandália para não fazer propaganda", disse o presidente.
 

Economia

Bolsa sobe com impulso da Petrobras; dólar passa a cair

Investidores aguardam divulgação de índice de inflação acompanhado pelo Fed

22/04/2024 17h00

Arquivo/Agência Brasil

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A Bolsa brasileira engatou alta no início da tarde desta segunda-feira (22) com apoio das ações da Petrobras, que avançavam quase 2%.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos sobre o pagamento dos dividendos da petroleira. Na sexta (19), a Folha noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.

A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.

Em comunicado ao mercado, a estatal disse que a maioria do conselho considera satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da empresa no curto, médio e longo prazo de modo que a eventual distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

"Eventual distribuição dos 50% remanescentes pela companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do exercício corrente", disse a Petrobras.


No câmbio, o dólar registrou alta durante a manhã, mas passou a registrar queda ante o real, num movimento de correção após forte alta na última semana.

Investidores estão à espera dos dados do índice de inflação americano PCE, o preferido do Federal Reserve (banco central americano), na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Às 13h50, o Ibovespa subia 0,61%, aos 125.88 pontos, enquanto o dólar recuava 0,32%, cotado a R$ 5,182. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras subiam 1,87%.
Investidores também seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.
No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

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