Desde o seu lançamento no Brasil, ele mexeu com o mercado, e com essa versão mais apimentada, tem o Jeep Compass Limited como “alvo”, líder no segmento premium entre os SUVs compactos.
O interessante é que no Japão ele foi apresentado em 1999 e sua produção foi encerrada em 2005. Em 2015, o modelo passou a ser produzido no Brasil e, desde então, vem disputando o mercado com os concorrentes.
Apesar de estar na categoria de compacto, o HR-V esbanja espaço, com 2,61 de entre-eixos, mas em comprimento não é o maior da categoria. Porém, tem aproveitamento melhor do espaço e bancos mais ergonômicos, dando sensação de mais conforto. Por ter o teto mais baixo na parte traseira, pessoas com mais de 1,70 de altura podem ter dificuldades para entrar e sair do carro. Tomei essa estatura como exemplo, pois é a minha, e entrei e sai com a cabeça muito próxima do vão da porta.
O ponto chave fica por conta do powertrain, motor e câmbio, que são importados do Japão, com 173 cv, somente a gasolina e com 22,4 kgfm de torque. Por ter a transmissão CVT, que simula 7 marchas, o HR-V Touring não tem aquela pegada de esportivo, mas a resposta é rápida, e faz de 0 a 100 km/h em pouco mais de 8 segundos. Não tivemos a oportunidade de testá-lo na estrada e o nosso teste foi 100% urbano, com o consumo ficando na casa dos 8,7 km/l, que não é dos melhores, tendo em vista que a versão aspirada chega a fazer 11km/l, mas também não tem a pegada agressiva.
Foram mais de 400 quilômetros a bordo do HR-V, com o conforto e o silêncio a bordo se destacando como pontos positivos. O Honda se saiu bem, mesmo com todas as irregularidades do asfalto, pois apresentou rodar suave e macio.
A versão vem com partida no botão, chave presencial, teto solar panorâmico, o que dá charme a parte, retrovisor fotocrômico, e acabamento mais refinado, podendo ser em dois tons.
Se você optar pela carroceria em branco Estelar (avaliada), cinza Barium ou azul Cósmico (três das sete cores disponíveis), o interior vem em preto e bege. Tudo para dar impressão maior de requinte. Nas outras cores, a cor preta é predominante na parte interna. Esses equipamentos se juntam a multimídia de 7 polegadas, câmera de ré, seis airbags, freio de mão eletrônico, sensor de estacionamento dianteiro e rodas aro 17.
A multimídia poderia ser mais avançada, pois não tem resolução muito boa e não é muito interativa, mas funciona bem quando está conectada a um smartphone. Entretanto, é ultrapassada se comparada com o que alguns dos concorrentes oferecem, com interface que acessam dados do veículo, inclusive o ar condicionado.
Por se tratar de um carro mais “família”, sentimos falta das saídas de ar na parte traseira, assim como entradas USB. O HR-V tem vasta lista de equipamentos, entre eles, o Lane Watch, câmera que, ao ser acionada a seta, exibe a lateral direita do veículo na tela do multimídia, para aumentar o campo de visão do motorista.
As mudanças no exterior são quase imperceptíveis: apenas faróis full LED, a sigla “Turbo” na tampa traseira e a saída dupla de escapamento, que afetou o tamanho do porta-malas, que de 437 litros das outras versões, foi para 393 litros. Destaque para o Magic Seat, o sistema de rebatimento dos bancos, que deixa um super “assoalho” plano. O valor da versão turbo tem preço sugerido no site de R$ 139.990.
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