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Cientistas dos EUA desenvolvem
adesivo antigripe com microagulhas

Cientistas dos EUA desenvolvem
adesivo antigripe com microagulhas

FOLHAPRESS

27/06/2017 - 22h00
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Cientistas dos EUA desenvolveram aquela que pode ser a melhor solução para quem tem medo de agulha mas quer se vacinar contra a gripe.

Trata-se de uma vacina em forma de adesivo. Olhando de pertinho, veem-se 100 microagulhas prontinhas para perfurar a pele e lá permanecer. Enquanto são dissolvidas pelo organismo, elas liberam os vírus inativados (mortos), que compõem a vacina.

Cem pacientes participaram dos primeiros testes, conduzidos por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia e da Universidade Emory (ambas nos EUA).

Os voluntários foram divididos em quatro grupos:

1) vacina injetável tradicional;

2) vacina em adesivo aplicada por um profissional de saúde;

3) vacina em adesivo aplicada pelo próprio paciente e

4) placebo (só o adesivo, sem as microagulhas).

O resultado empolgou os cientistas: com relação à capacidade de gerar resposta imunológica dos pacientes (adultos), o adesivo antigripe teve performance equiparável à vacina injetável.

O efeito colateral mais relevante da nova modalidade vacinal, segundo o estudo, publicado na revista científica inglesa "The Lancet" é a coceira no local da aplicação, algo que acometeu cerca de 80% dos pacientes adesivados. Houve vermelhidão da pele em cerca de 40% das vezes. Com relação à dor, houve 50% menos queixas em comparação à injeção.

Como ainda se trata de um estudo clínico inicial, de fase 1, não foi divulgada uma estimativa de preço do dispositivo. No entanto, segundo os autores, os adesivos colecionam vantagens que podem acarretar preços baixos.

Para começar, o resíduo é descartado como lixo comum (e não infectante), pelo fato de as microagulhas ficarem retidas na pele). Outro ponto positivo é a capacidade de estocagem: de até um ano em temperaturas de 5°C até 40°C.

Para comparação, as vacinas hoje disponíveis devem ser conservadas também até um ano, só que em geladeira, entre 2°C e 8°C. Em temperatura mais alta, elas perdem a potência.

Segundo a médica Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia, países pobres e localidades distantes, mesmo sem possuir uma "rede de frio" (instalações para manter os imunizantes), poderiam receber campanhas de vacinação.

"Pelos resultados, parece uma vacina de fácil aplicação, imunogênica e estável", diz. "A gente sabe que a resposta de vacinas intradérmicas tende a ser tão boa quanto as de via intramuscular ou subcutânea ou até melhor."
Além disso, segundo a infectologista, é desejo dos pacientes que o reinado das injeções chegue ao fim.

Deve-se tomar cuidado com as conclusões precipitadas, porém: não está comprovado que a vacina é capaz de prevenir a doença. Esse martelo só deve ser batido após estudos de fase 2 e 3, que devem contar com milhares de voluntários.

Para o imunologista da USP Jorge Kalil, o adesivo pode ter boa procura em farmácias, por causa da autoaplicação e da demanda de vacinas na rede privada. Para ele ainda há dúvidas, no entanto, se seria uma boa ideia para grandes campanhas nas quais é necessário garantir que os grupos de risco sejam vacinados em uma mesma janela de tempo.

O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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