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Morto em SP

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"Enterro meu filho sem saber o que aconteceu", diz pai de campo-grandense

Resultado do laudo que aponta as causas da morte não deve sair tão cedo

RENAN NUCCI

08/02/2018 - 10h20
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O pastor Roberto Lopes da Silva, de 57 anos, sepulta nesta quinta-feira, em Campo Grande, o filho Bruno Lima da Silva, 30, sem saber as causas da morte. O corpo do rapaz foi encontrado na última terça-feira, na Praça da República, em São Paulo. A Polícia Civil investiga o caso, mas o resultado do laudo necroscópico, que vai ajudar a descobrir o que aconteceu, deve sair dentro de 30 dias.

As informações iniciais eram de que a vítima apresentava sinais de violência, porém, Roberto afirmou não ter visto ferimentos no corpo de Bruno, tanto que o boletim de ocorrência foi registrado como morte a esclarecer. "A polícia não me deu detalhes do que aconteceu ou sobre qual tipo de investigação será feita. Enterro meu filho hoje sem saber o que aconteceu", disse.

Bruno estava em São Paulo há seis meses para acompanhar o pai que foi submetido a transplante de fígado e fazia tratamento. Eles viviam em apartamento na Rua Herculano de Freitas, no Bairro Bela Vista, com ajuda de custo de R$ 1.400 por parte do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Como o dinheiro não era suficiente, o rapaz trabalhava como tosador em um pet shop na Mooca. "Era um rapaz batalhador", lembrou o pai.

O CASO

Às 16h15 de domingo, Bruno saiu de casa avisando que iria pular carnaval. Ele estava sem celular porque seu aparelho havia sido roubado um mês antes. Anoiteceu e ele não voltou, fato que preocupou Roberto. No início da madrugada, o pai recebeu em seu telefone mensagens de compra de R$ 3 mil e tentativa de compra de R$ 1 mil no cartão de crédito do filho. "O aplicativo do banco dele tinha sido instalado no meu celular por causa da compatibilidade", explicou.

Desconfiado, logo pela manhã de segunda-feira, Roberto denunciou o desaparecimento do filho no 4º Distrito Policial. No dia seguinte, foi informado que o corpo de Bruno havia sido encontrado na Praça da República. "Fui lá saber o que aconteceu, mas disseram que ainda não tinham informações. Então fui para o IML [Instituto Médico Legal] onde fiz o reconhecimento e soube que o resultado do laudo demoraria".

Roberto não faz ideia do que houve com o filho, mas não descarta que possa ter sido alvo das mesmas pessoas que roubaram o celular dias antes. "Ele contou que não lembrava do roubo, disse apenas que acordou em um motel sem nada. Acho que foi vítima de um boa noite Cinderela e que o mesmo grupo, sabendo que ele seria alvo fácil, porque era uma pessoa muito aberta, o atacou desta vez. Mas é só minha opinião, não sou investigador".

DESPEDIDA

Abatido com a perda do filho "do meio", Roberto lembra que Bruno se comportava bem e estava apegado à religião. "Andava com a bíblia na mão e estava parando de fumar". Dias antes da morte, tinha levado a mãe para o Estado de São Paulo, para conhecer a praia. "Todos diziam que ele estava diferente, iluminado, parecia estar prevendo o pior e se despedindo da gente".

Como lembrança, relata o pai, ficam os momentos de companheirismo. Segundo ele, o filho era um verdadeiro amigo, pois sempre esteve a seu lado em todos os momentos, principalmente durante o tratamento. "Éramos brothers mesmo, como dizem na gíria. Sempre que eu caía, ele me levantava. Sempre que pensava em desistir, ele me motivava. Sou feliz por termos passado bons momentos juntos".

O velório acontece Cemitério Parque das Primaveras, e o sepultamento está previsto para hoje à tarde.

MEIO AMBIENTE

Em MS, Marina Silva assina acordo para preservação do Pantanal e sugere pacto com prefeitos

Ambos estados uniram esforços para uniformizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do bioma, com foco na sustentabilidade, conservação e proteção

18/04/2024 12h45

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assina Termo de Cooperação de Proteção do Pantanal, ao lado de autoridades de MS e MT Marcelo Victor

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Termo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal foi assinado pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O acordo tem o objetivo de unificar a política de proteção, conservação, preservação e sustentabilidade do bioma Pantanal.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a importância do pacto entre os dois estados é conservar, preservar e proteger o Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense.

“É importante porque acontece no contexto da elaboração do plano de prevenção e controle do desmatamento e queimado do Pantanal. É uma ação que deve ser feita de forma compartilhada entre o governo federal e os governos estaduais. Nesse caso, já temos até uma parceria entre os dois governos que compartilham o mesmo bioma. Então, esse pacto feito pelos dois estados é uma demonstração de que algo dessa magnitude não tem como ser enfrentado por um ente federado de forma isolada”, explicou Marina Silva.

Na ocasião, a ministra ainda sugeriu que o próximo passo seria elaborar um pacto pelo Pantanal. “O segundo passo talvez seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia, com os 70 municípios que mais desmatam. Não mais para a ação de comando e controle, mas para financiar atividades produtivas sustentáveis, para incentivar a pesquisa, o acesso à tecnologia, inovação e assistência técnica”, finalizou a ministra.

MS e MT uniram esforços para uniformizar e compatibilizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, elaborar o Plano Integrado de Prevenção, Preparação, Resposta e Responsabilização a Incêndios Florestais para o bioma Pantanal, promover o fomento da produção sustentável, monitorar a fauna silvestre e fomentar o turismo na região.

O documento tem validade de cinco anos, ou seja, vai até 2029. Além disso, será gerido por um grupo de trabalho integrado por representantes dos dois estados, em número paritário.

Também assinaram o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (MS); secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti (MT); secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira (MS) e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto de Camargo Roveri (MT).

A assinatura ocorreu durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, evento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, por intermédio do Governo Federal.

De acordo com o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), satélites, videomonitoramento e inteligência de ambos estados estarão alinhados para preservação do bioma.

“Na prática é uma capacidade operacional maior, mais inteligência, mais cooperativa de ações. medida que temos bases instaladas em 13 pontos do Pantanal, O Mato Grosso também detém uma força preparada e podemos atuar em conjunto. Se é lá e o Mato Grosso precisa, nós estaremos lá, se o Mato Grosso do Sul precisar, o Mato Grosso estará presente conosco. Além de toda a inteligência, temos monitoramento de vídeo, temos acompanhamento de satélite, o Mato Grosso também. Então, isso coordenado dá muito mais capacidade operacional para que a gente atuar mais rápido e de maneira mais eficaz no combate a eventuais incêndios”, afirmou o chefe do executivo estadual de Mato Grosso do Sul.

Segundo o governador de MT, Mauro Mendes (DEM), as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Segurança Pública de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estarão unidos para preservar o bioma e evitar queimadas.

“Precisamos unir nossos esforços para continuar um trabalho já feito há algum tempo, pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, para preservar esse grande patrimônio ambiental que é o Pantanal. A partir de agora, vamos melhorar todas as ações que já vimos fazendo, criar mais sinergia entre nossas equipes e, por isso, produzir o melhor resultado na proteção e preservação do nosso Pantanal. Nós vamos cooperar na segurança pública, vamos cooperar através de nossas equipes técnicas de corpo de bombeiros, Secretaria Estatual do Meio Ambiente e juntos vamos estabelecer ações que possam dar mais efetividade no combate a todos os tipos de ilegalidade que possam se praticar, desde crimes ambientais quanto às queimadas ilegais ou mesmo queimadas acidentais”, disse o chefe do executivo estadual de Mato Grosso.

INÍCIO DA TARDE

Helicóptero do governo, com quatro pessoas, cai em Campo Grande

Queda ocorreu no Aeroporto Santa Maria e todas as vítimas sobreviveram

18/04/2024 12h32

Helicóptero da Casa Militar do governo de MS caiu no Aeroporto Santa Maria Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Um helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul caiu, no início da tarde desta quinta-feira (18), no Aeroporto Santa Maria, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, após uma pane no motor.

O helicóptero era da Casa Militar do Governo do Estado e, no momento da queda, quatro servidores vinculados ao órgão estavam dentro da aeronave e foram socorridos com vida, sendo dois pilotos e dois tripulantes.

Equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas ao local para prestar os primeiros socorros.

Em avaliação inicial, todas as vítimas estavam conscientes e não tinham ferimentos graves, apresentando apenas escoriações.

Apenas uma das pessoas foi encaminhada para o Hospital da Cassems, apresentando dor lombar.

Em nota, o governo informou que o acidente ocorreu na cabeceira da pista de pouso aeroporto e foi causado por uma pane.

"A aeronave envolvida no acidente é um helicóptero matrícula PT-HBM, modelo Bell 206. O mesmo estava há 20 minutos no ar, em um voo semanal de giro realizado para preservação do equipamento. Durante o voo feito nas redondezas do Santa Maria, o motor sofreu uma pane", diz a nota.

Ainda segundo o governo, uma manobra de emergência, chamada autorrotação foi realizada pelos pilotos, para que o pouso ocorresse na lateral do aeroporto, mas houve o incidente.

"Ao tocar o solo, o helicóptero pironou - nome para uma espécie de capotagem - e acabou ocasionando o acidente. Como já estava em solo, a gravidade do ocorrido foi reduzida consideravelmente", conclui a nota.

A Polícia Militar também está no local, assim como a Civil, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), para investigações e trabalhos de praxe.

* Matéria atualizada às 13h15 para acréscimo de informações

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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