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Turismo em casa: conheça cachoeiras e trilhas incríveis em municípios de MS

Passeios com baixo custo e muita aventura em cidades próximas da Capital

TERO QUEIROZ

12/01/2019 - 14h30
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Rota turística em casa, conheça trilhas com diferentes níveis de dificuldade, que Mato Grosso do Sul abriga. Além de sítios arqueológicos, belezas históricas e culturais, somadas ao grande potencial de ecoturismo de inúmeros municípios.

Trilhas por todo o Estado contam com cursos de água em seu trajeto e muitas oferecem o bônus de várias cachoeiras. A oportunidade de se refrescar no meio do passeio auxilia principalmente aqueles que não possuem condicionamento físico para longas caminhadas.

Selecionamos algumas das melhores opções de trilhas espalhadas pelas regiões sul-mato-grossenses:

Trilha da Usina Abandonada (Campo Grande)

 Apontada como a mais indicada para iniciantes, possui cerca de cinco quilômetros de extensão e quatro cachoeiras. Além do contato com a natureza tem valor histórico, pois abriga as usinas da primeira usina hidrelétrica da Capital. A trilha inclui escalada e travessia do Córrego Ceroula. 

Inferninho (Campo Grande)

Apesar do nome pouco atrativo, o local possui uma bela cachoeira com cerca de 30 metros de altura utilizada para a prática de rapel. Aberto à visitação, mas sem infraestrutura.  
 
Morro do Ernesto (Campo Grande)

Situado na Fazenda Córrego Limpo, propriedade privada a 20 quilômetros Capital, o local é aberto à visitação mediante pagamento de uma pequena taxa. O trajeto é de 8km passando por uma cachoeira de quatro metros e duas corredeiras. O trajeto pode ser feito a pé ou bicicleta e o diferencial é a permissão para animais de estimação participarem do passeio.
Trilha da Conquista (Sidrolândia) – Distante 40 km de Campo Grande, o trajeto é de 4,5 km em meio à mata nativa onde existem duas nascentes. O passeio passa por uma cachoeira de dois metros e termina com duas corredeiras.

Trilha da Pintura Rupestre (Rio Negro)

Temporariamente desativada, possui cerca de 10 quilômetros incluindo ida e volta e abriga um sítio arqueológico. Situada em propriedade privada, oferece opção de rapel na cachoeira Rio do Peixe.

Trilha do Los Pagos (São Gabriel do Oeste)  Com uma cachoeira de 70 metros em propriedade particular, tem fácil acesso e é um dos pontos turísticos mais visitados do município.

Trilha do Córrego Rico (Rio Negro)

Com caminhada sobre pedras, apresenta nível de dificuldade médio por exigir equilíbrio. Também exige conhecimento prévio do local devido ao risco de enchente repentina. Mas tomados os devidos cuidados, recompensa os visitantes com duas cachoeiras sobrepostas e um pequeno cânion de um quilômetro.

Caminho das Antas (Piraputanga) – Trilha contemplativa sobre um dos morros da Serra de Maracaju.


Trilha dos Mirantes (Piraputanga) – Situada em uma propriedade rural chamada Chácara dos Mirantes, possui sítio arqueológico e trilha com acesso a quatro mirantes, além de outras trilhas secundárias.

Morro do Paxixi (Piraputanga) – Com acesso pela Estrada Parque de Piraputanga, a trilha leva a vários mirantes e em sua maior parte oferece opção de acesso com motocicleta.

Segurança

Vale lembrar que planejamento é essencial para garantir a segurança nos passeios que devem, sempre que possível, incluir a presença de um profissional no esporte. Os cuidados necessários começam na preparação com a vestimenta adequada (calças compridas, tecidos leves e tênis), passando pelos equipamentos de segurança (lanternas, cordas e até antialérgicos em alguns casos) e a presença de alguém com conhecimento prévio do local.

“Temos uma grande preocupação em evitar a exposição dos clientes ao perigo. Quando a trilha tem um trajeto de risco muito acentuado, normalmente fazemos outra rota”, explica Gustavo de Castela Andrade, de 27 anos, que atua no turismo de aventura do Estado.

Mensalmente, Gustavo atende cerca de cem pessoas que procuram por atividades de trilha com rapel. O número de participantes é sempre limitado. 

“Levamos as pessoas para conhecerem com a intenção de preservar e para contemplar a natureza. Quando vai um grupo grande perde essa finalidade. E também não podemos expor os locais a uma quantidade exorbitante de pessoas para não prejudicar o manejo”, ressalta, sobre a preocupação dos profissionais em proporcionar interação sempre preservando os atrativos naturais do Estado. (Com assessoria) 

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Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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Prefeita prevê conclusão das obras de saneamento básico na Homex em 60 dias

Segundo a Águas Guariroba, as obras iniciaram há 10 dias e até o momento foram instalados 3,5 km de rede de esgoto.

27/03/2024 16h45

Fotos: Gerson Oliveira

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Após anos de luta, cerca de 1,5 mil famílias que residem na comunidade Homex, localizada no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, terão acesso ao sistema de saneamento básico de água e esgoto. A prefeita Adriane Lopes (PP) e o presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, realizaram uma visita técnica para inspecionar o andamento das obras iniciadas há dez dias. Segundo o cronograma, a previsão de conclusão é de 60 dias. 

Até o momento, foram instalados 3,5 km de rede de esgoto na Comunidade do Homex. O investimento, proveniente de uma parceria público-privada com a concessionária Águas Guariroba, é de aproximadamente R$8 milhões

De acordo com o diretor executivo das Águas Guariroba, Gabriel Brum, foram instalados 8,7 quilômetros de rede de água e outros 12 km de rede de esgoto na comunidade. 

"Esta é uma obra bem complexa por causa de diversas instalações que acabamos encontrando debaixo das casas. Infelizmente agora é uma dor de cabeça aos moradores, mas em breve será de muita alegria, porque o nosso objetivo é terminar em 60 dias",  relatou ao Correio do Estado.  

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A prefeita Adriane Lopes destacou que o saneamento básico é fundamental para a qualidade de vida das pessoas. Ela ainda ressaltou que a disponibilidade de água tratada nas torneiras irá reduzir as filas nas unidades de saúde e, consequentemente, promover o bem-estar dos moradores

"Estamos avançando nessa obra de grande importância para a comunidade. São mais de 1,5 mil famílias, e cerca de 5 mil pessoas que terão saneamento que é vida", afirmou. 

Durante a apresentação do mapa das obras para a imprensa, o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, anunciou que, no primeiro mês após a instalação, não será cobrada tarifa de água e esgoto dos moradores.

"Além de não pagarem água e esgoto no primeiro mês, as famílias serão cadastradas na tarifa social. Vamos passar pela comunidade ensinando as famílias a consumir a água", explica Themis Oliveira.


Qualidade de vida 

Observando de longe o trabalho dos funcionários da Águas Guariroba, Clair Lopes, de anos, é residente da Comunidade do Homex há 8 anos, tentava entender o que estava acontecendo. Após a imprensa relatar que seria instalada uma rede de esgoto e água, ela ficou extremamente animada com a expectativa de ter água limpa na torneira. Junto com ela, moram quatro pessoas: seu marido, seu filho e uma filha que está grávida. 

"Nossa, que alegria ouvir isso. Será uma benção, é tudo que a gente queria, ter água limpa em casa. Meus netos todos já tiveram diarreia e agora vamos ter uma água boa para nós consumir", relatou.

Clair ainda expressou sua ansiedade por poder tomar um banho demorado, já que a família atualmente precisa se banhar com baldes.

"Não vejo a hora de poder tomar banho de verdade, ninguém merece ter que usar baldinho", relatou Clair.

 

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