Quase três anos depois do início da instalação das lâmpadas de LED na rede de iluminação pública em Campo Grande, nova compra foi feita pelo município para retomada do serviço. Nesta semana, o prefeito Marcos Trad começou a homologar o resultado da licitação aberta em setembro do ano passado. No entanto, mesmo com as novas instalações, 40% dos postes da Capital continuarão funcionando com lâmpadas de vapor de sódio, consideradas menos econômicas.
São 110 mil lâmpadas nas vias e praças públicas da Capital. Deste total, 16.500 são de LED, instaladas desde 2016, quando foi realizada a primeira e última compra deste artigo. Na época, 20 mil lâmpadas deste tipo foram adquiridas, porém, com o cancelamento do processo de aquisição pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), devido a indícios de irregularidade, apenas uma parte foi instalada.
Com a substituição de outras 46.250 lâmpadas previstas na última licitação aberta, com valor global de R$ 55.013.050, serão 62.750 trocas por LED e 47.250 ainda serão de vapor de sódio. Aberta desde setembro do ano passado, a compra contou com diversos recursos. Os últimos foram indeferidos neste mês. A prioridades serão as vias do quadrilátero da regõ central da Capital e vias de acesso aos bairros.
A concorrência, na modalidade registro de preços, garantiu uma redução de 54,52% no custo final, gerando uma economia de R$ 29.944.537,50. Nesta semana, o prefeito homologou a licitação para a escolha da empresa que será responsável pela instalação destas lâmpadas. A concorrência foi vencida pela Construtora B&C Ltda com o orçamento de R$ 6.025.757,44, redução de aproximadamente R$ 600 mil sobre o valor de referência (R$ 6,6 milhões).
Em um dos lotes ( o de número de 3), por exemplo, para aquisição de 15 mil lâmpadas com potência máxima de 120 w, a economia será de R$ 12 milhões, já que o valor de cada conjunto de lâmpadas caiu de R$ 1.372,92 para R$ 540,39. No lote 5, de lâmpadas de 50 w, o preço caiu de R$ 944,20 para R$ 594,4. Em vez de R$ 10,6 milhões, a Prefeitura vai pagar R$ 6,6 milhões.
De acordo com secretário municipal de Serviços Públicos, Rudi Fiorese, para garantir a qualidade das lâmpadas que serão adquiridas, os participantes tiveram de encaminhar amostras que passaram por rigorosos de testes de especificação técnica e resistência. Uma das exigências é que as lâmpadas tenham garantia de cinco anos, período em que o fornecedor vai arcar com os custos da eventual substituição por queima ou qualquer dano.
A compra das lâmpadas é feita com recursos da Contribuição de Iluminação Pública (Cosip). Até o final do ano passado, o fundo contava com R$ 97.714.014,25, entre valores arrecadados junto à população e rendimentos. No ano anterior, o fundo fechou com R$ 61.287.205,20.
TELEMETRIA
A compra e instalação destas 46.250 tele gerenciáveis abre caminho para no futuro a iluminação de Campo Grande se modernizar com telegestão e telemetria, um sistema de monitoramento inteligente. Quando estiver implantado na sua plenitude, com cabeamento, vai permitir detectar por computador onde há uma lâmpada queimada, sem precisar de ronda nas ruas ou que o morador tenha que ligar para informar o problema. O contribuinte terá acesso ao sistema de controle da iluminação, podendo relatar via internet qualquer defeito observado.
Cada ponto de iluminação terá um Controlador Outdoor de Luminária (COL) que irá monitorar, controlar e dirigir o reator ou o driver de lâmpadas LED. O diferencial da telemetria é que o sistema realiza, periodicamente, medições de corrente, tensão, potência, vida útil e consumo de energia. Após a análise dos dados, sinaliza ao usuário sobre possíveis falhas no sistema ou, individualmente, em cada um dos pontos de iluminação. Permitirá a instalação de câmeras de monitoramento e servirá também para regular o sincronismo de tempo dos semáforos.