Cidades

TEMPORAL EM CAMPO GRANDE

Tempestade termina deixando rastro de enchente e destruição pela cidade

Bairros sofreram com inundações e falta de energia elétrica

RAFAEL RIBEIRO

03/10/2018 - 19h30
Continue lendo...

As quase duas horas de um forte temporal que caiu sobre Campo Grande na tarde desta quarta-feira (3) foram o suficiente para deixarem a cidade com inúmeros problemas, seja de carros arrastados, ruas e casas inundadas e até serviços públicos, como atendimento em hospitais, suspensos por conta do mau tempo.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choiveu entre 30 e 60 mm/h, além dos ventos intensos, de até 100 km/h, receita pronta para orquestrar o caos, com suspensão do fornecimento de energia elétrica e outras atitudes para impedir acidentes ainda mais graves.

Foram pelo menos três picos de vento: de 61,2 km/h e 61,6 km/h, entre 14h40 e 16h, quando foi o ápice, de 70,9 km/h. O total de chuvas foi de 35,6 mm, em período de 1 hora e 15 minutos, o que configura enchente.

Conforme o Correio do Estado relatou, os problemas começaram logo pela região central. Fiação elétrica energizada caiu na frente de um ônibus e vários passageiros ficaram ilhados dentro do coletivo, na rua 13 de Junho com a Barão do Rio Branco. Corpo de Bombeiros foi ao local para retirar os passageiros em segurança. Conforme os militares, um galho caiu e derrubou parte da fiação, mas o ônibus não foi atingido, no entanto, os socorristas foram chamados por segurança e nenhum passageiro sofreu ferimentos. O trecho ficou interditado para retirada do galho.

Vários carros foram arrastados por conta dos alagamentos provocados pela chuva, principalmente na avenida Nelly Martins, a Via Parque, e na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. 

Na via Parque, o córrego transbordou e alagou a via. Vários carros que estavam estacionados foram alagados e outros que passavam pelo local foram arrastados pela enxurrada.

Alguns motoristas se arriscaram a passar pelo trecho e ficaram presos no alagamento. Agentes da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) foram ao local para orientar os motoristas a pegar desvios e evitar passar pelo trecho.

No Parque das Nações Indígenas, o lago também transbordou e se juntou as águas da região do Sóter. Um funcionário do local, que não quis ser identificado, disse que nunca viu “algo assim antes”. Duas árvores caíram no parque, sendo uma dentro da reserva e outra no estacionamento.

Na avenida Ernesto Geisel, o rio Anhanduí também transbordou e vários carros ficaram quase submersos ou foram arrastados pelas águas. Não há informações de vítimas.

Também houve alagamento na avenida Rachid Neder, avenida Fernando Correa da Correa, Mascarenhas de Moraes.

Na Rua 25 de Dezembro, no São Francisco, também na região central, o asfalto que havia sido colocado na via em serviços de recapeamento realizados na última terça-feira (2) saíram quase que inteiro, abrindo verdadeiras crateras.

Com o temporal, os principais hospitais de Capital ficaram prejudicados com o estrago. O Hospital Universitário localizado na Avenida Ipiranga ficou quase três horas sem energia elétrica em parte do prédio. Na Santa Casa, os ventos e a chuva forte danificaram o centro cirúrgico e oito leitos estão parados por tempo indeterminado, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.

Em nota, a assessoria do HU informou que a energia ficou suspensa desde às 14h40 em alguns setores. Os atendimentos que puderam ser feitos sem a necessidade de energia foram realizados, mas o que necessitavam do auxílio de aparelhos foram suspensos temporariamente.

Ainda no Hospital Universitário, outros setores não foram prejudicados. “O centro cirúrgico teve metade das salas sem energia elétrica e a outra metade funcionando porque a rede é diferente. Os pacientes que necessitam de equipamentos para se manterem vivos não foram prejudicados porque o gerador destes setores está funcionando normalmente”, dizia a nota.

Nas enfermarias, o gerador funcionou e os laboratórios chegaram a parar, mas voltaram 1 hora depois com o restabelecimento da energia elétrica. Atendimentos fonoaudiológicos e ultrassonografias tiveram atrasos de mais de 1 hora.

No centro cirúrgico da Santa Casa o estrago foi maior. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, as calhas não suportaram a intensidade da chuva e atingiram a ala principal do centro cirúrgico que tem atualmente 16 leitos.

Ao Correio do Estado, a assessoria informou que dos 16 leitos, metade foram danificados e estão parados por tempo indeterminado. Será feito uma avaliação no local, porque a parte elétrica e equipamentos molharam e há muita água no forro do departamento. Uma parede falsa que escondia dutos de ar condicionado que era de gesso desabou.

Nenhum paciente ficou ferido. No momento da chuva uma criança estava sendo levada para a sala de cirurgia, mas precisou ser encaminhada para outra sala com urgência. 

Na Maternidade Cândido Mariano, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal a energia ficou suspensa por um minuto mas logo foi restabelecida. Nos corredores havia algumas goteiras, mas não houve maiores estragos.

Ao todo, 58 cirurgias que não são de emergência foram suspensas. 

Também por conta do temporal, o Parque das Nações Indígenas foi fechado mais cedo, por conta de estragos provocados pela forte chuva que atingiu Campo Grande na tarde de hoje. O local, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, fechará às 18h30. O horário normal de fechamento é Às 21h30.

Conforme informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado, o temporal derrubou árvores e provocou danos na rede de energia elétrica do parque, impossibilitando o funcionamento do sistema de iluminação do local.

Por nota, a Energisa, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na Capital, disse que a quantidade de ocorrências superou em três vezes o volume dos atendimentos realizados por conta da chuva. Outro fato importante é que 40% das solicitações feitas por falta de energia são decorrentes de árvores e galhos em contato com a rede elétrica e 30% em razão de objetos lançados à rede em virtude dos ventos fortes. Vale lembrar que plantios inadequados da vegetação ou a falta de poda preventiva comprometem o sistema elétrico no período chuvoso.

RESPOSTA

Pouco após o término da chuva, a prefeitura emitiu uma nota, onde diz que por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), mantém equipes nas ruas para conter e recuperar os estragos causados pela forte chuva que caiu na tarde desta quarta-feira (3). Com a ajuda de um caminhão pipa e pás-carregadeiras, os trabalhadores executam, neste momento, o serviço de limpeza da Avenida Nelly Martins (Via Parque), na proximidade do Parque das Nações Indígenas, onde houve o transbordamento do lago.

De acordo com a Sisep, até esta quinta-feira (4) será executada a obra para reconstituição da encosta do gabião em um trecho do Córrego Prosa, que rompeu com a força da enxurrada.

Os mesmos serviços serão feitos na Avenida Rachid Neder com a Avenida Ernesto Geisel, cujo local teve parte do asfalto arrancado. A equipe vai fazer a limpeza no local e reconstituir a pista.índice

A prefeitura já mobilizou a Solurb para reforçar o serviço de limpeza nas ruas e desobstrução dos bueiros.  Além disso, diversas vias da cidade tiveram os semáforos desligados após a queda de energia. O serviço já foi restabelecido na maior parte dos equipamentos.

A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) irá manter equipes de plantão para garantir a segurança no trânsito, principalmente nos locais em que os estragos foram maiores, com quedas de árvores ou transbordamentos.

De acordo com a Defesa Civil, um total de seis quedas de árvores foram registrados através do número 199.

Segundo dados preliminares do Cemtec/MS – Semagro, em uma hora e meia foram registrados aproximadamente 55 mm de chuva na Capital, com rajadas de vento que chegaram a 71 km/h e cerca de 180 raios por hora – das 13h30 às 16h. No mês passado, conforme o Inmet, foram registrados 84 mm durante todo o período de setembro.

TRANSPORTE

Motoristas de ônibus param em Campo Grande 10 dias antes do Natal

Manifestação acontece porque categoria não recebeu o salário corretamente e há possibilidade de também não receber o 13º

15/12/2025 08h10

Terminal em funcionamento ontem, antes da greve de hoje iniciar

Terminal em funcionamento ontem, antes da greve de hoje iniciar Marcelo Victor

Continue Lendo...

Os motoristas de ônibus de Campo Grande entraram em greve a partir de hoje sem previsão para retomar o serviço. A 10 dias do Natal, época de muita movimentação no comércio, a categoria reclama por ainda não ter recebido o salário referente ao mês de novembro, que deveria ter sido pago até o quinto dia útil, e também pela possibilidade de não ser pago o 13º salário.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas, o Consórcio Guaicurus realizou o pagamento de parte do salário dos funcionários, porém, não cumpriu com o pedido da categoria, que aprovou em assembleia que apenas o pagamento do salário, do 13º e do “vale” fariam a greve ser cancelada.

“Não aconteceu nada de novo, e nem tem como no fim de semana, então a greve está mantida até que o consórcio efetue os pagamentos. Foi pago só 50% do valor que deveria ter sido pago no dia 5 de dezembro, então a greve está mantida”, declarou Demétrio ao Correio do Estado.

A paralisação foi aprovada na quinta-feira, uma semana após o anúncio feito pelo Consórcio Guaicurus de que não pagaria o salário dos funcionários e também que não tinha recursos para cumprir com o 13º salário.

O não pagamento, segundo a concessionária responsável pelo transporte coletivo, ocorre por conta de um atraso alegado por eles do repasse do poder público referente a gratuidades e ao passe do servidor público.

Em ofício encaminhado pelo Consórcio Guaicurus à Prefeitura Municipal de Campo Grande, o grupo de empresas cobra o repasse do subsídio e da passe do servidor com o valor da nova tarifa técnica, que foi decretada em outubro, aumentando de R$ 6,17 (valor colocado em março deste ano) para R$ 6,57.

Segundo o consórcio, mesmo com o aumento, não teria sido feito o repasse da diferença. As empresas cobram também um repasse extra pela diferença da tarifa técnica com a tarifa pública, que é de R$ 4,95.

“O atraso e a iminente ameaça de paralisação são causados pela grave crise financeira imposta ao Consórcio, decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo poder público. O poder público não tem efetuado a regularização dos pagamentos contratuais essenciais. Estes repasses englobam o vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários definidos para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema”, disse o Consórcio Guaicurus em nota, na sexta-feira.

Terminal em funcionamento ontem, antes da greve de hoje iniciarMotoristas de ônibus trabalharam ontem normalmente, mas a partir de hoje entram em greve por tempo indeterminado na Capital - Foto: Marcelo Victor

Por outro lado, a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado, que pagam subsídio referente às gratuidades do transporte coletivo, declararam que não estão em dívida com as empresas de ônibus da Capital.

“A Prefeitura de Campo Grande reafirma que todos os repasses previstos em lei referentes à subvenção Municipal estão rigorosamente em dia, inclusive com antecipação de 57% do valor correspondente a novembro, sendo inaceitáveis quaisquer alegações de que eventual paralisação do serviço esteja relacionada a questões financeiras envolvendo a Administração Municipal”, disse o Poder Executivo, em nota.

Conforme reportagem do Correio do Estado, a possibilidade de greve levou a Prefeitura a ameaçar a aplicação de sanções contra o Consórcio Guaicurus.

De acordo com a Prefeitura, a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) notificou o Consórcio Guaicurus, “solicitando posicionamento do consórcio quanto a medidas a serem adotadas de forma a evitar prejuízos à população, após comunicado de greve pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande”.

A Administração Municipal também afirmou que, caso a greve se confirmasse, poderia aplicar “sanções contratuais previstas”, sem especificar quais medidas seriam adotadas.

O contrato de concessão, assinado entre Prefeitura e Consórcio Guaicurus em outubro de 2012, prevê uma série de sanções em caso do não cumprimento do acordo, entre elas, advertência, multa e até a decretação da caducidade do contrato.

Em outro trecho, o documento assinado em 2012 aponta que a Prefeitura pode também optar por uma intervenção no serviço de transporte público, “com o fim de assegurar a adequação da prestação dos serviços, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais”.

DÍVIDA

Matéria do Correio do Estado de semana passada trouxe que documentos do Consórcio Guaicurus apontam uma dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários.

O deficit maior é relacionado ao pagamento da folha salarial de novembro e do 13º salário dos funcionários, valores que as empresas do grupo alegam que não têm condições de pagar. Por causa disso, a concessionária pede que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ampliado.

A maior parte se refere às despesas com o pessoal (funcionários), somando R$ 8,2 milhões, resultado da folha salarial e do 13º inadimplente. Ainda segundo o documento, há R$ 6,5 milhões de tributos em atraso, além de débito com fornecedores, de R$ 454,1 mil.

*SAIBA

A paralisação dos motoristas não tem previsão para ser encerrada e acontece pouco mais de uma semana antes do início das festividades de fim de ano.

Assine o Correio do Estado

SEM LOCOMOÇÃO

Motoristas ignoram decisão judicial e deixam Campo Grande sem ônibus

Capital amanheceu sem transporte coletivo e com terminais fechados pela 2ª vez no ano

15/12/2025 07h28

Terminal Morenão

Terminal Morenão "sem uma alma viva" na manhã desta segunda-feira (15) ARQUIVO PESSOAL

Continue Lendo...

Campo Grande amanheceu sem ônibus nesta segunda-feira (15). Esta é a segunda vez no ano em que o transporte coletivo para na Capital.

Os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva". Em contrapartida, as garagens amanheceram lotadas de ônibus estacionados. 

O transporte coletivo está em greve por tempo indeterminado e deixou usuários “na mão” em pleno início de semana. A greve foi alertada antecipadamente, estava prevista e não pegou passageiros de surpresa.

As pessoas que dependem do transporte coletivo tiveram que recorrer a caronas, transporte por aplicativo, táxi ou bicicleta para chegar ao trabalho na manhã desta segunda-feira (15).

A greve ocorre por falta de pagamento: os motoristas do Consórcio Guaicurus estão sem salário há 10 dias. Com isso, reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

DECISÃO JUDICIAL

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, sob multa diária de R$ 20 mil.

A decisão foi desrespeitada, pois 100% dos motoristas estão em casa e declararam greve nesta segunda-feira (15).

Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, intimou o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano para que cumpra com urgência a decisão judicial em questão.

Audiência de conciliação, entre TRT e sindicato, será realizada nesta terça-feira (16), às 15h45min, na sede no tribunal.

Veja a decisão judicial na íntegra:

Terminal Morenão "sem uma alma viva" na manhã desta segunda-feira (15)

O QUE DIZ O CONSÓRCIO GUAICURUS

O Consórcio Guaicurus, em nota enviada ao Correio do Estado na quinta-feira (18), informou que está sem dinheiro para honrar com:

  • Folha salarial
  • 13º salário
  • Custos Operacionais Básicos (combustível, manutenção da frota e encargos)

Segundo a concessionária, a ameaça de greve é causada pela crise financeira, decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público (Prefeitura de Campo Grande). Os repasses abrangem o vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários definidos para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema.

"É crucial destacar que, apesar do acordo estabelecido com a participação e anuência do Poder Concedente (Município), a tarifa não está sendo praticada, pois os repasses necessários não estão sendo efetuados de maneira adequada e nos valores devidos. A falta de regularização imediata desses pagamentos críticos ameaça diretamente a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços. Sem o fluxo de caixa necessário, o Consórcio está impossibilitado de honrar obrigações financeiras essenciais com vencimento iminente. O sistema opera atualmente no limite de suas capacidades, e a ausência destes repasses torna a operação inviável a curto prazo. O Consórcio Guaicurus reitera o apelo para que as autoridades competentes ajam com a máxima urgência para regularizar os débitos em atraso. A manutenção da inadimplência nos repasses inviabiliza o cumprimento dos pagamentos salariais. Desta forma, o Consórcio alerta que os trabalhadores poderão interromper legalmente suas atividades em razão do não cumprimento destas obrigações, conforme previsto no Artigo 624 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O não cumprimento destas obrigações contratuais e salariais, que derivam de um compromisso que envolvia o Poder Concedente, pode resultar na interrupção total dos serviços, o que afetará drasticamente a mobilidade urbana e a vida dos cidadãos de Campo Grande".

O Correio do Estado entrou em contato com o Consórcio Guaicurus para saber se há previsão de pagamento, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

PARALISAÇÃO

Não é a primeira vez que Campo Grande fica sem ônibus. Em 22 de outubro de 2025, quarta-feira, Campo Grande amanheceu sem ônibus, com terminais fechados e pontos vazios.

Os motoristas do transporte coletivo paralisaram atividades por duas horas, das 4h30min às 6h30min, o que refletiu em atrasos o dia todo.

O fato pegou usuários de surpresa, que acordaram para ir trabalhar e não tinham meio de locomoção.

Em 25 de novembro de 2025, terça-feira, o vale atrasou de novo e os motoristas cogitaram nova paralisação. Mas, o pagamento foi efetuado e não houve greve.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o atraso o ocorreu pela falta de pagamento de R$ 9 milhões, sendo R$ 6 milhões do Governo de MS e R$ 3 milhões da Prefeitura de Campo Grande, ao Consórcio Guiacurus.

O Governo do Estado estava com o dinheiro disponível em caixa, mas não conseguiu repassá-lo à prefeitura porque a administração municipal deixou de emitir uma certidão, que é exigida para que o convênio seja cumprido. 

Em nota enviada à imprensa em 22 de outubro de 2025, a Prefeitura afirmou que está em dia com o pagamento ao Consórcio Guaicurus. 

"A Prefeitura de Campo Grande informa que está rigorosamente em dia com todas as suas obrigações de pagamento junto ao Consórcio Guaicurus. É importante destacar que o financiamento do transporte coletivo urbano envolve também outros entes públicos e a própria sociedade, por meio da tarifa paga pelos usuários. No que compete ao Município, todos os compromissos estão sendo cumpridos. A administração mantém diálogo constante com o Consórcio para buscar as melhores soluções e assegurar a continuidade e a qualidade do serviço, evitando prejuízos à população".

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).