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Hospitais desprezam exigências do Corpo de Bombeiros e pacientes correm risco

Universitário e Regional precisam concluir requisitos feitos por bombeiros

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Recebendo centenas de pessoas diariamente, nenhum dos hospitais públicos de Campo Grande possui o alvará definitivo, emitido pelo Corpo de Bombeiros, para prevenção de incêndio e pânico. A negligência dura anos, entretanto, nesse tempo todo, nenhuma das unidades hospitalares chegou a ser interditada pela corporação.

O documento é concedido pelos bombeiros a todos os empreendimentos, sejam públicos ou privados, que têm circulação de pessoas. No caso de prédios empresariais, a cobrança costuma ser mais rígida, com a possibilidade de fechamento do local caso as exigências necessárias não sejam cumpridas.

No Hospital Regional a situação é caótica. No fim de semana, os elevadores estavam estragados, obrigando os servidores a transportar os pacientes que foram a óbito pelas escadas. Aliado a todos os outros problemas da unidade, os funcionários marcaram para hoje a definição de uma greve geral.

No caso da Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, o documento temporário foi conquistado em outubro deste ano, após seis anos funcionando sem alvará. Entretanto, a validade é de apenas 90 dias e venceu ontem. O centro médico necessita ainda de algumas adequações para conseguir o alvará definitivo, que tem validade de um ano.

Desde 2013, a corporação alerta o hospital sobre as irregularidades, quando foi apontada a necessidade de implantação de medidas de segurança e sistema preventivo de combate a incêndio, pânico e outros riscos, além do certificado de vistoria da corporação para o funcionamento do local.

Prova da necessidade de alvará são os constantes casos que poderiam resultar em tragédia. Em julho de 2017, um princípio de incêndio que ocorreu em uma sala de descanso da equipe – no terceiro andar do prédio, setor da maternidade – mobilizou funcionários e acompanhantes. Em fevereiro deste ano, outro princípio de incêndio assustou pacientes do Prontomed, que atende usuários de planos de saúde. 

O hospital foi questionado sobre a situação, mas não respondeu os questionamentos da reportagem sobre o assunto. Reportagem publicada pelo pelo Correio do Estado, na edição do dia 17 de outubro, mostrou que o hospital não tem rampas entre os andares, o que pode impossibilitar a retirada dos pacientes nas macas, já que o uso dos elevadores não é recomendado em caso de incêndio. 

Outro problema grave apontado é que as portas corta-fogo, usadas para impedir que incêndios avancem ou que a fumaça se alastre para outros locais, ficam constantemente abertas. A Santa Casa tem dois andares no subsolo, térreo e mais seis andares superiores.

O hospital passou por vistoria em outubro e deve passar por nova verificação para confirmar se as adequações foram feitas. E só então, caso seja aprovado o processo, a unidade recebe o certificado anual. Se não tiver êxito, será notificado novamente para a regularização. A única estrutura dentro do complexo hospitalar que tem liberação é a Unidade do Trauma, inaugurada em março de 2018, mas que começou a funcionar há aproximadamente um ano.

OUTROS CASOS

No caso do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) a situação é ainda mais antiga. Desde sua inauguração, em 13 de maio de 1971, o centro médico nunca teve alvará dos bombeiros. A falta do documento foi motivo de recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que acompanha a situação.

Até hoje a unidade não conseguiu se adequar totalmente para receber o documento da corporação. Atualmente, conforme a assessoria de imprensa do hospital, está sendo feito um plano de combate a incêndio e pânico. O próximo passo será a abertura de licitação para adquirir placas de sinalização. 

“Os técnicos estão mapeando para ver onde será o uso das placas e depois deste estudo é que será lançada a licitação. A expectativa do setor é que no primeiro trimestre do próximo ano esse processo esteja concluído”, afirmou a assessoria do hospital.

A unidade já realizou, inclusive, um curso para formação da brigada de incêndio. Conforme a assessoria, a especialização é feita há três anos, porém, apenas em 2019 a unidade conseguiu atingir o número de pessoas exigidas pelo Corpo de Bombeiros, que seria 10% do corpo de funcionários, ou seja, 200 pessoas.

Já o Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS) informou, por meio de nota da assessoria de imprensa, que o “Corpo de Bombeiros aprovou projeto de adequação do prédio para a concessão do alvará, mediante os ajustesnecessários”. A assessoria não soube informar, entretanto, desde quando a unidade está sem o documento. 

A reportagem solicitou posicionamento do Corpo de Bombeiros sobre a situação das unidades de saúde pública, porém, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada.

O titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, afirmou que foi aberto processo administrativo para descobrir de qual funcionário era a responsabilidade em informar problemas registrados nos elevadores do HR. 

“Fiquei surpreso ao saber que esses problemas ocorrem rotineiramente, porque, em onze meses à frente da Secretaria, nunca havia sido informado. Vamos correr para resolver isso. Mas vamos abrir um processo interno para saber de quem era a responsabilidade por nos informar sobre os defeitos”.

Hospital não tem alvará definitivo

A Santa Casa está há mais de seis anos sem alvará, conforme noticiado pelo Correio do Estado em fevereiro deste ano. A única estrutura dentro do complexo hospitalar que tem liberação é a Unidade de Trauma, inaugurada em março de 2018 e que passou a receber pacientes em setembro do ano passado.

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

Dia do exército

Riedel, secretários e policiais recebem honrarias nos 376 anos do Exército

Cerca de mil militares das Forças Armadas participaram de solenidade no CMO

19/04/2024 13h00

Marcha e desfile de militares do Exército Brasileiro MARCELO VICTOR

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Cerca de mil militares das Forças Armadas comemoraram os 376 anos do Exército Brasileiro (EB), na manhã desta sexta-feira (19), em solenidade realizada no Comando Militar do Oeste (CMO), localizado na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Homens e mulheres fardados, de 13 grupamentos/batalhões, marcharam e desfilaram em alusão ao Dia do Exército, comemorado anualmente em 19 de abril.

Durante a solenidade, foram entregues medalhas, diplomas, certificados e honrarias militares ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); comandante-geral da Polícia Militar (PMMS), Renato dos Anjos; comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Frederico Reis; secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira; presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul); entre outras autoridades.

Os convidados foram homenageados em reconhecimento aos serviços que contribuíram para progresso, defesa e segurança de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador do Estado, Eduardo Riedel, a parceria entre o governo de MS e EB garante ganhos na infraestrutura, sociedade e segurança pública.

“Estou muito honrado de receber uma homenagem do Exército Brasileiro, é uma instituição que orgulha a todos nós. E para o Mato Grosso do Sul, é fundamental, um estado que faz fronteira com dois países, faz divisa com mais outros cinco estados da federação e a sede do Comando Militar do Oeste é aqui no estado de MS. É uma parceria extremamente efetiva, diante de todas as situações que nós temos no estado, o Exército Brasileiro traz ao estado tranquilidade e parceria grandes em diversas áreas, social, infraestrutura, segurança pública. E a gente fica muito honrado em receber essa homenagem aqui hoje”, disse o governador de MS, em coletiva de imprensa.

Segundo o general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, a missão do EB é a de contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social.

“São 376 anos de dedicação à Pátria, ao nosso povo, ao nosso Brasil, trabalhando dentro dos nossos princípios de disciplina, hierarquia, valores e ética. Nosso papel é a garantia dos direitos constituídos, a defesa da Pátria, colaborar para o desenvolvimento nacional e estar junto a sociedade, tornando esse Brasil cada vez maior”, ressaltou o general.

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril, data que relembra o aniversário da Batalha de Guararapes, travada em 1648, quando brasileiros de diversas origens se uniram pela primeira vez em defesa do território contra o domínio holandês.

Neste dia, são realizadas diversas atividades para celebrar e reconhecer o trabalho e a importância do Exército na defesa da nação e na manutenção da ordem e segurança interna.

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