Cidades

ARSENAL DE GUERRA

Secretário promete concluiur até setembro relatório de guardas milicianos

Trio foi preso com R$ 500 mil em armamento restrito

BRUNA AQUINO E RAFAEL RIBEIRO

31/07/2019 - 13h28
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O secretário municipal da Segurança e Justiça Social, Valério Azambuja, disse nesta quarta-feira (31), durante o evento de certificação para porte de armas de guardas municipais de Campo Grande que no início de setembro o prefeito Marcos Trad (PSD) já estará em mãos com o relatório disciplinar feito pela corregedoria e comando da corporação sobre os três integhrantes acusados de integrarem uma milícia após o encontro de forte armamento com eles.

Segundo Azambuja, a previsão é de que o relatório seja concluído até o dia 31 de agosto. Depois disso, a decisão sobre o futuro do trio na corporação será tomada em conjunto com Trad. "Mas é claro que não há tolerância com desvios de conduta", repetiu o secretário, enfatizando que deverão ser demitidos. 

Na útlima segunda-feira (29), os guardas Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski, suspeitos de formarem uma milícia e que tinham um arsenal de armas avaliados em mais de R$ 500 mil, tiveram a prorrogação do afastamento dos seus serviços na corporação. O anúncio foi feito através do Diário Oficial de Campo Grande. 

Segundo a publicação, o afastamento preventivo é por 30 dias com efeito a contar no dia da publicação até o Procedimento Administrativo Disciplinar da Secretaria Municipal de Segurança e Justiça Social for concluído.  

Antes, os dois e Marcelo Rios, o único do bando que segue preso, na Penitenciária federal de Mossoró (RN), já haviam tido o direito ao porte e uso de armas suspenso pela Polícia Federal.

A informação foi publicada pela Secretaria Municipal da Segurança e Defesa Social, através do Diário Oficial do Município, nesta terça-feira (16). Segundo o texto, o trio teve o direito ao porte e uso de arma suspenso por conta de "ausência de demonstração ou requisito de idoneidade."

Marcelo Rios foi preso em 19 de maio deste ano, depois de ter sido flagrado com um arsenal em vários endereços. A maior parte das armas estava em uma casa localizada no Bairro Monte Líbano, na região central. No local, havia seis fuzis (dois AK-47 de calibre 762 e quatro de calibre 556), um revólver 357, 11 pistolas 9 milímetros, quatro pistolas .40, uma pistola de calibre 22 e outra pistola de calibre 380, além de duas espingardas, sendo uma de calibre 12 e outra de calibre 22. Também foram encontradas 1.753 munições, 392 para os fuzis AK-47. O guarda, de 42 anos, está detido na Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Os outros dois respondem ao processo em liberdade.

No último dia 19, o Ministério Público Estadual (MPE/MS) pediu pela terceira vez a prisão dos dois guardas municipais supostamente envolvidos em crime de pistolagem, além do motorista de aplicativo Flavio Narciso Morais. A justificativa do pedido de prisão da procuradora de Justiça Sara Francisco Silva é de que esposa do guarda municipal, Marcelo Rios que foi preso depois de ter sido flagrado com arsenal em vários endereços, está sendo ameaçada de morte porque os guardas temem uma delação da parte dela. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pleiteou o restabelecimento da prisão preventiva dos recorridos.

A justificativa da procuradora de Justiça Sara Francisco Silva, que assinou o pedido de prisão dos autores, alegou nos autos a importância de se destacar que a testemunha Eliane Benitez Batalha dos Santos - esposa do guarda municipal que está preso por suposto crime de pistolagem, Marcelo Rios - corre perigo de vida por ser alvo da suposta organização criminosa em questão e que os três guardas municipais passaram a persegui-la em razão de ser esposa do denunciado. De acordo com o documento, os outros suspeitos temiam uma espécie de delação da parte da testemunha. 

Os três guardas municipais estariam ameaçando Eliane de morte e teriam controlado todas as atividades dela. Ainda de acordo com os autos, os três guardas estariam selecionando até mesmo os lugares que Eliane poderia frequentar e as pessoas que conversariam com ela, bem como mantiveram vigia permanente em sua residência.

A procuradora alegou que apenas as medidas cautelares impostas pela Justiça não são suficientes para assegurar que a vida de Eliane seja resguardada e por esse motivo, pede a prisão dos guardas. “ A citada decisão merece reforma, a fim de ser estabelecida a prisão cautelar dos recorridos para assegurar a ordem pública, a aplicação da lei penal e por conveniência da instrução criminal, sendo insuficiente a aplicação das medidas cautelares”, diz parte do documento assinado pela procuradora.

No dia 31 de maio a Justiça determinou que a prisão preventiva dos autores fosse substituída por medidas cautelares, como o comparecimento ao juízo para detalhar atividades, bem como proibindo contato com Eliane, alegando que a prisão era desnecessária porque a paz social havia sido restabelecida.

Na conclusão do documento, a procuradora declarou que a decisão proferida pela juíza da 3ª Vara criminal deve ser reformada a fim de ser restabelecida a prisão preventiva dos recorridos.

PORTE DE ARMA

A expectativa do secretario municipal Segurança Pública, Valério Azambuja, é armar 570 guardas municipais até setembro deste ano, o que equivale a mais da metade do efetivo de 1.050 atuante em Campo Grande. Nesta quarta-feira, 97 servidores receberam as armas cal. 38 em cerimônia.

Iniciaram esta etapa da capacitação 120 guardas, no entanto, apenas 97 foram considerados aptos. 

Ao todo, 27 guardas ao todo tiveram negado o pedido ao porte ou suspenso de vez o direito de andarem armados pela Superintendência da Polícia Federal.

Além dos três guardas afastados da corporação e acusados, outros dez tiveram o pedido para portarem um revólver calibre ponto 38 negado "em razão de inaptidão/desligamento do curso ou da corporação."

Também além do trio, outros dez integrantes da força municipal de segurança tiveram o pedido negado porque tem contra si ocorrências criminais recentes “pendentes de melhor esclarecimento ou ainda sem encaminhamento por parte da Justiça”. Para isso, a PF dá prazo de 15 dias para que eles apresentem explicações por escrito dos fatos.

Ao todo, 98 pedidos de porte de arma por guardas municipais foram aprovados. 

Azambuja revelou nesta manhã que além do trio miliciano, cinco guardas estão afastado de suas funções por responderem procedimentos administrativos, mas "de menor potencial, administrativos", como disse.

TJMS

Adolescente que foi embriagado no palco por Munhoz e Mariano será indenizado

Rapaz de 15 anos foi convidado a subir ao palco para competição de dança e premiação consistiu em despejar whisky várias vezes na boca do jovem, que passou mal e precisou ser internado

17/12/2025 12h45

Munhoz e Mariano deram bebida alcoólica a adolescente em palco

Munhoz e Mariano deram bebida alcoólica a adolescente em palco Foto: Divulgação

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O juiz Ricardo Achutti Poerner, da 2ª Vara de Jardim, condenou os responsáveis pela produção de um show sertanejo da dupla Munhoz e Mariano a indenizar, em R$ 15 mil, um adolescente que foi convidado a subir ao palco e foi embriagado com whisky.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o adolescente, que na época dos fatos tinha 15 anos, participou de um show aberto ao público em Porto Murtinho, em junho de 2023.

Durante o evento, o jovem foi convidado a subir ao palco para participar de uma competição de dança, sem ter conhecimento prévio da dinâmica que seria adotada como forma de premiação.

A suposta premiação consistiu no despejo repetido de whisky diretamente na boca do adolescente, o que resultou na perda de seus sentidos.

Logo após descer do palco, o adolescente passou mal, caiu desacordado e precisou ser socorrido pelo pai, sendo encaminhado ao hospital, onde permaneceu em observação até o dia seguinte.

O caso deu origem a uma ação indenizatória, ajuizada pela vítima.

Em defesa, os responsáveis pelo evento alegaram que o adolescente já estaria embriagado antes de subir ao palco e que teria concordado espontaneamente com a “brincadeira”, sustentando que haveria culpa exclusiva da vítima ou, ao menos, culpa concorrente.

O magistrado, no entanto, apontou que as provas produzidas no processo demonstraram que o adolescente foi chamado ao palco sem saber que a premiação envolveria ingestão de bebida alcoólica e que os artistas despejaram o whisky diretamente em sua boca, de forma reiterada.

Na fase de depoimentos, o próprio produtor artístico reconheceu que no evento em questão não houve checagem da maioridade dos participantes, classificando o episódio como uma falha da produção.

Ao analisar o caso, o juiz aplicou as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC), reconhecendo a existência de relação de consumo entre o público participante e os fornecedores do serviço de entretenimento. Com isso, foi estabelecida a responsabilidade objetiva dos réus.

A sentença também destacou a proteção especial conferida a crianças e adolescentes pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que criminaliza o fornecimento de bebida alcoólica a menores de idade, entendimento consolidado na Súmula 669 do Superior Tribunal de Justiça.

Para o magistrado, a conduta dos responsáveis pelo evento configurou ato ilícito e apresentou nexo causal direto com o dano sofrido.

Segundo a decisão, a criação de uma dinâmica de palco envolvendo consumo de álcool, aliada à ausência de controle etário, representou um risco objetivo e proibido, que se concretizou no colapso físico do adolescente.

Quanto à alegação de culpa concorrente, o juiz entendeu que eventual embriaguez prévia do menor ou eventual falha de vigilância do responsável legal não são suficientes para romper o nexo causal, uma vez que a ingestão adicional de bebida alcoólica, ministrada no palco, foi o fator imediato que desencadeou a perda de sentidos.

"Esses elementos poderiam, no máximo, influenciar a dosimetria da responsabilidade, mas não afastar o dever de indenizar", considerou o magistrado.

Assim, o magistrado concluiu que o conjunto probatório evidenciou violação direta e grave aos direitos da personalidade do adolescente, ressaltando que ele foi exposto publicamente a situação vexatória e de risco à integridade física, com necessidade de socorro médico, caracterizando grave falha na prestação do serviço de entretenimento.

Cidade morena

Prefeitura libera R$1,3 milhão para novo centro esportivo no Jacques da Luz

Espaço viabilizado através do Novo Pac contará com campo de Futebol Society; seia quadra de basquete; playground; pista de caminhada e jardim

17/12/2025 12h12

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados

Projeto atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte e terá uma área total de 3 mil metros quadrados Reprodução

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Através da publicação de um aviso de licitação de ampla concorrência, publicado recentemente por meio do Diário Oficial de Campo Grande, a Prefeitura Municipal anunciou a liberação de pouco mais de R$1,3 milhão para a construção de um novo Centro Esportivo no parque Jacques da Luz. 

Essa concorrência está com abertura de disputa de preços agendada somenta o próximo ano, marcada para acontecer em 09 de janeiro de 2026, em busca de empresa especializada para construção do dito centro esportivo padronizado. 

Na modalidade menor preço, a concorrência pública prevê um montante de R$1.388.286,51 para a construção de um novo centro esportivo no Parque Jacques da Luz, que fica localizado na região do Bandeira, no extremo sul da Capital. 

Novo Parque

Conforme os documentos expostos no Portal da Transparência Municipal, o projeto para espaço esportivo comunitário tipo A e tipo B integram Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério do Esporte. 

Segundo consta em memorial descritivo, o projeto que atende as necessidades destacadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)/Ministério do Esporte terá uma área total de 3 mil metros quadrados. 

Essa área deverá compreender os seguintes ambientes:

  • Campo de Futebol Society;
  • Meia Quadra de Basquete;
  • Playground;
  • Pista de Caminhada;
  • Jardim;  

Das especificações, o campo de futebol society, por exemplo, será coberto por um gramado do tipo sintético e contará com fechamento com emprego de alambrado. 

Além disso, para a meia quadra de basquete é previsto um piso em concreto polido, bem como toda a devida  demarcação esportiva. 

O parque infantil deverá contar com brinquedos seguros, além de uma estrutura que seja adequada para as mais diferentes faixas etárias, aliada com uma pista de caminhada com o piso e sinalização apropriados e uma área de paisagismo, o que deixa claro o ar convidativo do novo projeto. 

Em complemento, conforme consta no projeto básico disponível no portal da transparência, toda a estrutura física em si precisa cumprir uma garantia mínima e durar cinco anos, enquanto os equipamentos instalados devem ter a segurança de serem funcionais por pelo menos um ano completo. 

Importante frisar que, toda a manutenção das estruturas e gestão do espaço ficará a cargo da administração municipal. Pela adesão ao Novo Pac do Governo Federal, esses recursos destinados são específicos para implantação de equipamentos esportivos padronizados em todo o território brasileiro. 

O Executivo espera com isso criar um novo espaço recreativo seguro, que acima de tudo seja acessível e multifuncional, servindo para integração comunitária em estímulo à práticas saudáveis; atividades educativas; etc. 

Para tal, é necessária apresentação dos devidos estudos socioambientais, mesmo que os serviços a serem prestados não possuam relevantes impactos ambientais, bem como o uso de materiais reciclados, recicláveis e de baixo impacto. 

 

 

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