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Saúde garante construção de unidade de trauma no Regional

Com a iniciativa, será retomado o projeto de implantação do Centro de Reabilitação e Readaptação

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) garantiu a construção de um anexo no Hospital Regional, em Campo Grande, onde funcionará uma unidade de traumato-ortopedia. A informação é do secretário de Saúde, Geraldo Rezende, que anunciou a disponibilização de R$ 125 milhões em recursos federais, montante vinculado a projetos e emendas encaminhadas pelo governo do Estado por meio da SES.

O dinheiro, conforme Geraldo Rezende, será utilizado em investimentos na compra de equipamentos para diversos hospitais, custeio de ações de média e alta complexidades nos municípios e na ampliação do HRMS.

Somente para o Hospital Regional sairão investimentos de R$ 38.602.982,00, que serão utilizados na compra de mais de 1.100 equipamentos, como: mamógrafo, aparelhos de raios-X móvel e digital, eletrocardiógrafo, sistema de hemodinâmica, endoscópio flexível, eletroencefalógrafo, computadores, autoclaves, lavadoras termodesinfectoras, aparelho de anestesia com monitor multiparâmetros, arco cirúrgico, sistemas de videoendoscopia, entre outros.

TRAUMA

Ainda de acordo com o secretário, a SES conseguiu R$ 13.401.850,00 com o Ministério da Saúde para as obras de ampliação do HRMS na construção do Centro de Reabilitação e Readaptação Estadual (CRE-MS), valor que somado a um convênio assinado em 2015 (de R$ 8.874.908,25) totaliza R$ 22.276.758,25. Com isso, o Estado vai investir, com recursos próprios, R$ 10.408.190,00, somando investimentos de R$ 32.684.948,25.

Segundo Geraldo Rezende, o projeto prevê anexo que deverá abrigar uma nova ala para o serviço de traumato-ortopedia, que terá oito mil metros quadrados e vai abrigar o Centro de Reabilitação, o ambulatório e a farmácia. A expectativa é a de que o novo setor tenha pelo menos 60 leitos, unidades de terapia intensiva e mais seis salas cirúrgicas.

O secretário destacou que a intenção da Saúde é a de que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano. O início do empreendimento fica dependente do processo licitatório e de outros entraves de natureza burocrática.

OUTROS INVESTIMENTOS

O dinheiro – R$ 125 milhões – que o governo federal vai repassar ao Estado por meio do Ministério da Saúde está dividido em recursos para equipamentos (somando emendas parlamentares individuais e de bancada, além de recursos de programação do Ministério), para custeio de média e alta complexidades e para obras.

A compra de equipamentos para diversas unidades hospitalares de Mato Grosso do Sul neste ano vai demandar um aporte de R$ 85.159.746,00. O Hospital Regional de Três Lagoas, cujas obras devem estar concluídas em março, terá um repasse de R$ 34.890.428,00, possibilitando a compra de todos os equipamentos necessários para o funcionamento daquela unidade – desde ressonância nuclear magnética até mobílias hospitalares, em um total de mais de 3.600 itens.

Também estão programadas aquisições de aparelhos para o Hospital Regional José de Simone Netto, de Ponta Porã (R$ 5.471.397,00); Hospital de Cirurgias da Grande Dourados, com R$ 3.556.173,00; e para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que terá R$ 541.120,00.

O Hemocentro Coordenador também será contemplado com recursos federais. A Rede Hemosul MS também receberá investimentos no valor de R$ 1.732.990,00. Destes, R$ 1.283.000,00 para o Hemocentro Coordenador em Campo Grande e R$ 449.990,00 para as demais unidades da rede. Para o banco de leite humano, haverá um repasse de R$ 79.890,00. Essas conquistas são resultados de emendas parlamentares individuais, da bancada federal e de recursos de programação do Ministério da Saúde.

A média e alta complexidades em Mato Grosso do Sul vão receber R$ 26.407.797,00 em novos investimentos para custear o Hospital da SIAS, de Fátima do Sul (R$ 1,3 milhão); o Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Glória, de Glória de Dourados (R$ 200 mil); e o Hospital Rachid Saldanha Derzi, de Sonora (R$ 250 mil). A Secretaria de Estado de Saúde, por sua vez, disporá de R$ 22,7 milhões para investir em outras ações neste setor.

Para o secretário, de um modo geral os recursos vão garantir melhorias em todas as áreas da saúde. “Essas conquistas se devem também a outros fatores, como as parcerias com os municípios, a atenção especial do ministro Luiz Mandetta para o nosso Estado e o apoio das bancadas federal e estadual”, destacou.

CIRURGIAS ELETIVAS

O Ministério da Saúde reservou R$ 250 milhões a mais para a ampliação do acesso de pacientes às cirurgias eletivas realizadas no SUS. O incentivo aos municípios é para zerar a fila de espera das eletivas de média complexidade e diminuir o tempo de espera de procedimentos agendados. São 53 tipos de procedimentos cirúrgicos que estão na lista, como catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, cirurgia de artroplastia (quadril e joelho), entre outras, com grande demanda reprimida identificada. Mato Grosso do Sul deve receber R$ 3,3 milhões.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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