Apesar da redução no número de casos de feminicídio registrados em Mato Grosso do Sul no ano passado, a governadora em exercício Rose Modesto (PSDB) afirmou que não há motivos para comemoração. Segundo ela, o problema é considerado sério porque não se resolve “colocando mais policiais nas ruas”.
Em agenda pública na manhã de hoje para apresentação de balanço da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Rose disse que em casos de femicídio e violência contra a mulher, o crime é cometido, na maioria das vezes, pelo companheiro da vítima ou uma pessoa de confiança, de dentro de casa. Por este motivo, além do trabalho policial, é importante investir em trabalho preventivo na comunidade.
“É importante que a polícia esteja nas ruas. Agora nós não vamos nos acalmar e não vamos parar de trabalhar incansavelmente enquanto a gente de fato não reduzir ao ponto de poder comemorar e dizer: 'olha, nenhuma mulher morreu mais aqui no Estado somente pelo fato de ser mulher'”, disse a governadora em exercício.
Conforme Rose, o efetivo policial será aumentado, com lançamento de concurso onde serão acrescidos aproximadamente 600 novos servidores para as forças de segurança do Estado, além de investimentos em armamentos e equipamentos.
No entanto, nos casos de violência contra a mulher, também é realizado trabalho preventivo, desenvolvido pelas secretarias de Segurança, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) e de Educação (SED).
“Isso [prevenção] não depende só dos governos, depende de toda a sociedade. Precisamos difundir a cultura da paz, investir mais em educação, na área social, os programas sociais que formam o carater das nossas crianças, dos nossos meninos. Ao mesmo tempo vamos trabalhar a prevenção e vamos também combatendo o crime”, avaliou Rose.
Conforme dados apresentados pela Sejusp, na comparação entre 2017 e 2016, queda nos registros de feminicídio foi de 21%. Secretário da pasta, Antônio Carlos Videira, disse que apenas 1 dos 27 casos registrados ainda não foi solucionado. O crime aconteceu no fim do ano passado e está em investigação.