Cidades

Aquidauana

Rio baixa só 3 cm em 12 horas, mas ribeirinhos começam a planejar volta

Famílias vão receber cestas básicas e produtos para limpeza das residências

RENAN NUCCI e JONES MÁRIO

23/02/2018 - 10h37
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Depois da segunda maior cheia da história, que atingiu 10,45 metros, o Rio Aquidauana começou a baixar. Porém, entre às 22 horas de ontem e às 10 horas de hoje, a água desceu apenas três centímetros, de 9,25 metros para 9,22 metros. Mesmo assim, segundo Márvio Ravaglia, diretor da Defesa Civil do município, ribeirinhos já foram autorizados a voltar para a casa em regiões que não estão mais alagadas.

O saldo em Aquidauana é de 50 famílias desabrigadas, com 153 pessoas alojadas nos três abrigos do município. Na vizinha Anastácio foram 22 famílias desalojadas. Mário explica que a partir da tarde, moradores poderão voltar para fazer a limpeza de suas casas e, caso o cenário se mantenha estável, poderão voltar. "O rio se estabilizou de certa forma, mas o mais importante é que não subiu", disse.

A decisão de retorno foi anunciada há pouco, durante reunião no gabinete do prefeito Odilon Ribeiro, que contou com a presença da Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social, e outros órgãos envolvidos no atendimento. Foi decidido que cada família receberá um kit de limpeza para higienização do imóvel. 

O coordenador do abrigo deverá ser avisado que o imóvel já está limpo e pronto para receber a mudança. A Vigilância Sanitária e Controle de Vetores farão a vistoria do imóvel para liberação. Junto do coordenador do abrigo, a família agendará a mudança com a Secretaria de Obras. Cada família receberá uma cesta básica contendo alimentos.

Ontem, durante visita aos locais de enchente, o governador Reinaldo Azambuja anunciou liberação de recursos para as duas cidades afetadas. Aquidauana receberá R$ 500 mil e Anastácio R$ 300 mil, verba destinada para aplicação em saúde. Além disso, o Estado vai ceder também maquinários e combustíveis para limpeza e manutenção das vias. Hoje, o ministro Carlos Marun estará na cidade para avaliar a situação e tratar da liberação de mais fundos.

MIRANDA
Com nível de 7,15 metros, o Rio Miranda está acima da cota de emergência e ribeirinhos são retirados de suas casas pela manhã desta sexta-feira (23). De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Amarildo Argueiro, duas famílias foram removidas das margens do curso d’água. A perspectiva é de que mais ribeirinhos sejam resgatados durante o dia.

“O rio está enchendo muito, mas alguns estão resistindo e não querem deixar suas casas. Estão suspendendo os móveis”, detalha Argueiro.

Na quinta (22), a Sala de Situação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) emitiu Aviso de Evento Crítico, alertando para o risco iminente de alagamentos com potencial para provocar danos materiais e risco de vida em Miranda. O nível do rio começou a semana em 6,02 metros, na segunda-feira (19), e alcançou 6,87 metros na tarde de ontem.

O Imasul alega que o acumulado das chuvas na cabeceira da bacia foi de 217 milímetros nas últimas 48 horas. Na tarde de ontem, a Plataforma de Coleta de Dados (PCD) da Estrada MT-738, localizada a montante do rio, no km 21, chegou a 10,64 metros - maior valor da série histórica. O instituto afirma ainda que o nível segue em ascensão.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Isaías Bittencourt, o número de famílias desabrigadas em Miranda deve ser menor, quando comparado com as 153 pessoas de Aquidauana e Anastácio que precisaram deixar suas casas devido à cheia do Rio Aquidauana.

“Também não há nenhum alerta de chuvas para o Estado, por enquanto. Hoje, Mato Grosso do Sul está limpo de nuvens, segundo o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres [Cenad]. Os rios estão cheios por causa das chuvas de dias atrás”, garante.

COXIM
Por outro lado, a cidade de Coxim começa a se precaver contra possível transbordamento do Rio Coxim. Conforme Bittencourt, o nível do curso d’água segue em cota de alerta, com 4,11 metros. A cota de emergência é de 5 metros.

O Rio Coxim vem oscilando durante a semana. Alcançou 4,35 metros na segunda-feira (19), e baixou para 4,15 metros no dia seguinte. Na quarta (21), ascendeu para 4,44 metros.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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